Duas empresas relataram à Justiça terem sido pagas em dinheiro vivo. Uma delas recebeu o dinheiro em frente a um quartel do Exército
247 - Duas empresas contratadas para levarem os terroristas bolsonaristas a Brasília para os ataques às sedes dos Três Poderes no último dia 8 disseram à Justiça terem recebido o pagamento pelo serviço em dinheiro vivo, segundo o jornal O Globo. Uma empresa recebeu R$ 18 mil e a outra R$ 20 mil.
Os ônibus em questão pertencem à Sidcar Transportes, de Franscisco Beltrão (PR), e à Naldo Locadora e Turismo, de Lins (SP). Os veículos foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal.
"No caso da Sidcar Transportes, o dono da empresa, Sidinei Carlos Ghidini, disse em depoimento à Polícia Federal ter sido procurado no último dia 4, via aplicativo de mensagem, por uma pessoa que pediu informações sobre locação de veículos. Segundo ele, o pagamento combinado, de R$ 18 mil, foi feito em dinheiro em frente ao Quartel-General do Exército de Francisco Beltrão, cidade a cerca de 1.600 km de Brasília. Quem recebeu, porém, foi sua mulher e sócia, Cátia Daiana Grohs Ghidini", diz a reportagem.
Já a Naldo Locadora afirmou em e-mail ao Ministério Público ter recebido o pagamento em dinheiro em espécie. William Bonfim Norte, funcionário da empresa, afirmou ter recebido dois pagamentos de R$ 10 mil em dinheiro em espécie. "Os dois pagamentos foram feitos pela mesma pessoa. As contratações, ainda de acordo com o relato do funcionário no e-mail, foram feitas de última hora, no mesmo dia da viagem a Brasília, uma sexta-feira, dia 6 de janeiro", segundo o texto.
As empresas relataram à Justiça terem informado equivocadamente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quem eram os responsáveis pela contratação das viagens. Por consequência, estes foram citados na ação da AGU como financiadores dos atos terroristas e tiveram os bens bloqueados. "A Naldo Locadora e Turismo afirmou que, como o contrato foi fechado de última hora, o funcionário da empresa, William Bonfim Norte, colocou o próprio nome como se fosse o pagador. Como resultado, ele foi incluído na ação da AGU como suposto financiador dos atos. "A Sidcar, por sua vez, informou que, devido a um 'erro material', uma cliente frequente da empresa apareceu como tendo pago pelo veículo que levou golpistas de Francisco Beltrão para Brasília".
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