Colaboração
Manifestantes bolsonaristas já bloqueavam a distribuidora de combustível da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana em Curitiba, na noite deste domingo (8).
Dois caminhões despejaram terra na portaria para impedir a entrada de saída de caminhões. No local, há um grande efetivo de agentes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal de Araucária. Os manifestantes afirmam que não há previsão para desbloquear os portões da distribuidora, mas os órgãos de segurança fizeram uma reunião com os líderes do protesto e pediram que eles liberem a entrada da Repar. Os ataques, anunciados pelos bolsonaristas em suas redes sociais, teriam por objetivo impedir o fornecimento de combustíveis à população.
Alguns deles com rostos cobertos chegaram a ameaçar um repórter do perfil Araucity, que trabalhava no local: “Pode embora senão vai apanhar”, afirmou um dos manifestantes, como mostra um vídeo. Há vários bolsonaristas chegando ao local. Em outro vídeo, um manifestante mascarado diz: “Precisamos de homens e mulheres corajosos, acabaram as quatro linhas da constituição”.
A “convocação” foi feita nos grupos no Telegram dos acampamentos do Pinheirinho, Boqueirão e Bacacheri logo após os atos terroristas em Brasília, quando foram invadidos os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Mais cedo, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou em contato com o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobrás; com o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da estatal; e com órgãos federais da área de segurança pública, alertando para possíveis atos terroristas também em refinarias da Petrobrás em todo o país.
Em documento enviado neste domingo (8), à Gerencia Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa (ISC) da Petrobrás, a Federação manifesta preocupação com a segurança dos trabalhadores e da população e cobra medidas de segurança imediatas.
“Estes possíveis atos podem colocar em risco os ativos da Petrobras, a integridade física dos trabalhadores destas unidades assim como o entorno destes ativos e comprometer o fornecimento de combustíveis para a população”, alerta a FUP.
“Neste sentido entendemos ser fundamental que a empresa se prepare e acione todos os meios necessários para garantir a segurança dos trabalhadores e das unidades produtivas da empresa e o abastecimento dos mercados”, cobra a entidade. Veja abaixo a íntegra do documento.
Um dos primeiros alvos anunciados pelos vândalos seria a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro (RJ).
“Gravíssimos os atos terroristas hoje (8) em Brasília dos fascistas bolsonaristas, que atacaram a democracia brasileira. Enquanto isso, o então secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, agora exonerado, estava nos Estados Unidos reunido com Jair Bolsonaro. Torres, o conivente, tem que ser preso, assim como todos os responsáveis pelos crimes”, ressaltou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Fonte: Bem Paraná
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