Encontro será marcado pelo retorno do Brasil à Celac, depois de ser excluído pelo governo de extrema direita de Bolsonaro
247 - A 7ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) reunirá hoje na Argentina delegações de 33 países com a premissa de fortalecer a integração e garantir a paz.
O encontro, que acontecerá no Hotel Sheraton da capital, será presidido pelo presidente argentino, Alberto Fernández, e será marcado pelo retorno do Brasil a esse mecanismo, três anos depois de ter sido afastado dele pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.
Em comunicado, a Presidência argentina indicou que o evento terá como foco promover um trabalho coordenado para enfrentar os desafios existentes e contribuir para que a voz dos países membros seja ouvida no cenário global, informa a Prensa Latina.
O texto oferece um resumo das ações realizadas pela Argentina à frente da Celac desde janeiro de 2022 e lembra que elas foram guiadas pelos princípios de unidade na diversidade, respeito à democracia e preservação da área como zona de paz.
Além disso, indica que o Governo de Fernández trabalhou com base em 15 objetivos vinculados à estratégia de saúde, recuperação econômica e produtiva, gestão de riscos em situações de desastre e segurança alimentar.
Também abordou a revalorização da ciência, tecnologia e inovação como ferramentas a serviço do desenvolvimento e da inclusão, da igualdade de gênero e da importância da educação e da cultura, com o objetivo de reduzir as lacunas e proteger o meio ambiente.
Em declarações recentes, o coordenador nacional da Celac, Gustavo Martínez, afirmou que a cúpula vai analisar as preocupações dos povos e também a necessidade de aprofundar o diálogo com a União Europeia e a União Africana, a Associação das Nações do Sudeste Asiático, a China e aÍndia.
Queremos mostrar uma Celac muito unida internamente e muito aberta para o resto do mundo, afirmou.
Segundo a porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, o evento desperta muito interesse e acontecerá em um contexto marcado pelas consequências das políticas de extrema direita aplicadas em alguns países, a recente intentona de golpe de Estado no Brasil, a situação no Peru e ações da oposição para desestabilizar o governo de Luis Arce na Bolívia.
Em outubro passado, Buenos Aires sediou a XXIII Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Celac, que concluiu com um apelo à unidade, à paz, à segurança dos povos, à eliminação da pobreza e das desigualdades e ao fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos Estados Unidos para Cuba.
Além disso, os chanceleres exigiram a exclusão da ilha de uma lista de supostos patrocinadores do terrorismo elaborada por Washington e expressaram seu apoio aos legítimos direitos da Argentina à soberania sobre as Malvinas, Geórgia do Sul, Ilhas Sandwich do Sul e espaços marítimos circundantes.
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