sábado, 10 de dezembro de 2022

Mauro Vieira, futuro chanceler do governo Lula, diz que 'Brasil esteve ausente do mundo' e sua missão será 'trazê-lo de volta'

 "Todas as medidas que se tomam são importantes nesse sentido, de trazer de volta o Brasil para o cenário internacional", disse Mauro Vieira

Ex-chanceler Mauro Vieira, que voltará ao cargo em janeiro - 11/11/2015 (Foto: Faisal Al Nasser/Reuters)

247 - O embaixador Mauro Vieira, indicado nesta sexta-feira (9) para assumir o Ministério das Relações Exteriores no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que sua missão principal será recolocar o Brasil no centro das grandes decisões internacionais. 

“Política externa é um instrumento da afirmação internacional do País e de defesa da soberania, da presença no mundo. O Brasil esteve ausente do mundo e dos grandes centros de decisão nos últimos anos. Todas as medidas que se tomam são importantes nesse sentido, de trazer de volta o Brasil para o cenário internacional”, disse Vieira ao jornal O Estado de S. Paulo

A declaração do diplomata embute uma crítica à política externa adotada pelo governo Jair Bolsonaro (PL), que resultou no isolamento internacional do Brasil e colocou “em segundo plano a agenda do multilateralismo - o termo chegou a ser vetado em documentos e discursos”.

Aloizio Mercadante tem nome cotado para presidir o BNDES no governo Lula

 Assunto será discutido neste final de semana durante uma reunião entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e Aloizio Mercadante

(Foto: Divulgação)

247 - O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT),é um dos principais nomes cotados para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de Mercadante disse que o tema será discutido por Lula durante o final de semana.

“Haverá uma reunião no domingo para definir. Há outras possibilidades e Aloizio Mercadante vai falar pessoalmente com o presidente Lula sobre o assunto”, disse a assessoria, segundo a reportagem. 

Nesta semana, Mercadante disse que o BNDES terá um papel decisivo na política econômica do governo Lula e que a instituição deverá ser vinculada ao novo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Somos contra a visão de um BNDES acanhado e sem capacidade de financiamento. O BNDES precisa ser uma fábrica de projetos e estimular startups”, disse na ocasião. 

Além de Mercadante, o nome do economista Gabriel Galípolo também é cotado para presidir o BNDES. “ Galípolo é ex-presidente do banco Fator e interlocutor na campanha com o mercado financeiro. É próximo de Haddad”, finaliza a reportagem.

Flávio Dino: “quem agiu fora da lei será responsabilizado”

 Na primeira entrevista após anúncio de que será o novo ministro da Justiça, Dino defendeu ao 247 a responsabilização de quem pregou o golpe

Lula e Flávio Dino (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


247 - Anunciado na sexta-feira (9) o novo ministro da Justiça do governo Lula, o senador eleito e ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) concedeu à TV 247 sua primeira entrevista à imprensa depois da confirmação de seu nome. 

Na conversa durante o Boa Noite 247, ele defendeu uma polícia “que se paute exclusivamente pela legalidade” e reforçou as qualidades do delegado Andrei Rodrigues, indicado por ele como diretor-geral da Polícia Federal durante a coletiva em que ele próprio foi indicado ministro. 

“Quem estiver fora dessa regra, será responsabilizado”, assegurou. “Não há vingança, mas Justiça. Ninguém vai fazer perseguição. Mas se não houver responsabilização, estaremos aplicando a desautoridade”.

Questionado sobre a Polícia Rodoviária Federal, cujo diretor-geral, Silvinei Vasquez, foi acusado de omissão na tentativa de desmobilizar os bloqueios golpistas nas estradas após as eleições e também de articular uma ação para atrapalhar eleitores de Lula no segundo turno, Dino disse que a indicação para a PRF também “levará em conta o critério de que a polícia não pode estar a serviço de nenhuma facção, e sim do país”.

Segurança de Lula

Uma preocupação para o dia da posse do presidente eleito, em 1º de janeiro, é a segurança. Bolsonaristas inconformados com o resultado do pleito têm se mobilizado em Brasília em número crescente nas últimas semanas e ameaçado não deixar o petista subir a rampa. 

Para Dino, quanto mais povo na “festa” que celebrará a democracia, mais segurança. 

“Posso afirmar sem medo algum: todos podem e devem - quem puder, claro - se dirigir a essa belíssima festa democrática. Esses pequenos grupos vão se dissipar até lá. Aqueles que insistirem serão contidos pela força legítima
exercida pela Polícia Federal quanto pelo Governo do Distrito Federal, que tem sido colaborativo”, afirmou.

“A principal segurança do presidente da República é a junção desses mecanismos institucionais com o povo. As pessoas ali na Esplanada, isso também tem uma força dissuasória entre aqueles que podem eventualmente ter um delírio. Eu não vejo isso no horizonte, mas todas as providências estão sendo tomadas para que não haja nenhum tipo de ação violenta”, prosseguiu o futuro ministro.


Margareth Menezes aceita convite para assumir Ministério da Cultura de Lula

 Cantora baiana deve assumir pasta, mas há reações contrariadas do PT

Margareth Menezes e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – "A cantora Margareth Menezes aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o futuro Ministério da Cultura, a ser refundado em sua gestão. No entanto, a artista tem enfrentado resistências no setor cultural e em alas do PT", segundo informa o jornalista Claudio Leal, da Folha de S. Paulo.

"Emocionada, a artista aceitou o convite, que partiu de uma sugestão da socióloga Rosângela Silva, a Janja, mulher de Lula. Seu nome, entretanto, não foi a primeira opção do petista. A princípio, a atriz Marieta Severo e o rapper Emicida foram procurados, mas não aceitaram a proposta. O próprio Lula sondou Severo", acrescenta o jornalista.


Bolsonaro volta a incitar o golpe: “nada está perdido”

 Em discurso a apoiadores no Alvorada, Jair Bolsonaro incitou movimento golpista contra o resultado da eleição

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

247 - Jair Bolsonaro (PL) estimulou nesta sexta-feira (9) seus apoiadores a não reconhecerem a derrota no segundo turno da eleição presidencial em 30 de outubro, quando teve 49,1% dos votos e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 50,9%.

"Nada está perdido", disse em discurso na porta do Palácio da Alvorada, segundo informações publicadas no Twitter pelo jornalista Igor Gadelha, no site Metrópoles. Em reportagem no portal do veículo, outra frase de sua fala é destacada: “Eu me responsabilizo pelos meus erros”.

Histórico golpista
Nos últimos anos, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. O ocupante do Planalto defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos
de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe.

No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões depois que o partido questionou a confiança das urnas eletrônicas.

Desde a derrota, no entanto, Jair Bolsonaro vinha se mantendo calado e saiu poucas vezes do Palácio da Alvorada.

Steve Bannon
Críticas ao Judiciário são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que, na última década, tentou fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o
então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista de Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.


'Uma vergonha como treinador', diz o comentarista Neto sobre Tite

 "Você é o pior treinador da história do País`", disse o ex-jogador

Neto (à esq.) e Tite (Foto: Reprodução | Reuters)


247 - O comentarista esportivo Neto, 56 anos, criticou o ex-treinador da seleção brasileira Tite, 61 anos, depois que o Brasil foi eliminado pela Croácia nesta sexta-feira (9) em partida válida pelas quartas de final da Copa do Mundo, realizada no Catar, no Oriente Médio. "Você é o pior treinador da história do país, da seleção brasileira, uma vergonha como treinador", disse Neto, de acordo com relatos da ESPN. O agora ex-técnico anunciou que não vai comandar mais a seleção brasileira.

"Eu falei que era o Neymar para bater. A culpa é do Tite. O Neymar deixou de bater o pênalti! O maior batedor de pênalti do mundo, seu sem vergonha. Você não merece estar aí, deveria deixar o Neymar bater o pênalti agora. Porque não teria chance. Se o Neymar faz o gol, você ainda teria a chance de o Alisson pegar e, depois, o Marquinhos fazer. Seu burro, acaba com um país, país sofredor, em que as pessoas pagam R$ 300 por uma camisa", disse.

"Você levou sua família, você não pensa no povo, nas pessoas que estão na rua, seu idiota. Você perdeu a Copa do Mundo mais fácil. Era só pensar: primeiro pênalti, deixa o Neymar. Não deixou, nós erramos. Aí, no último pênalti, os caras fizeram os 4, ele coloca o Marquinhos. Não! Deixa o Neymar, faz o gol, seu imbecil", acrescentou.

Repercussão

Usuários do Twitter e o narrador Galvão Bueno criticaram o ex-treinador, que foi direto para os vestiário após a eliminação do Brasil. Os jogadores Neymar e Thiago Silva lamentaram o resultado.