Bolsonaro acompanhou a cerimônia, em Rezende, ao lado do vice-presidente, Hamilton Mourão, e de ministros, como o titular da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Confira os lotes atendidos:
Bolsonaro acompanhou a cerimônia, em Rezende, ao lado do vice-presidente, Hamilton Mourão, e de ministros, como o titular da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Desde que o atendimento às rodovias estaduais e federais voltou a ser responsabilidade do Governo do Estado e da União, o investimento está sendo intenso em programas de obras, conservação, segurança e prestação de socorro. Foram 47 mil atendimentos via Centro de Operações Integradas.
AEN - O Paraná completa nesta semana um ano do fim da concessão dos pedágios do antigo Anel de Integração. Desde que o atendimento às rodovias estaduais e federais voltou a ser responsabilidade do Governo do Estado e da União, o investimento está sendo intenso em programas de obras, conservação, segurança e prestação de socorro.
O governo estadual, através do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), tem garantido até 2023 a aplicação de R$ 222.425.887,78 previstos em contratos para as rodovias que eram pedagiadas. Deste montante, já foram investidos R$ 88.164.283,17, o que representa cerca de 40% do valor total.
O principal programa de conservação é o Integra Paraná, que está dividido em cinco regionais (Campos Gerais, Norte, Oeste, Leste e Noroeste), e contempla uma malha de 964,52 quilômetros das rodovias estaduais antes concedidas. O investimento total nessa linha é de R$ 119.500.889,98.
“Para todas as regiões temos contratos de dois anos, o que garante a manutenção das nossas rodovias estaduais até dezembro de 2023. Nesta licitação, também deixamos a possibilidade de rescisão contratual sem penalidade para as partes envolvidas, caso a conservação não seja mais necessária após o novo programa de concessões do governo federal”, explica o diretor-geral do DER/PR, Alexandre Castro Fernandes.
Os serviços são realizados diariamente pelo DER/PR. Os contratos garantem conservação do pavimento, incluindo remendos superficiais e profundos, reperfilagem e microrrevestimento, conservação da faixa de domínio, como controle da vegetação próxima ao pavimento, limpeza e recomposição de elementos de drenagem, limpeza e recomposição da sinalização, entre outros.
ATENDIMENTO – Outro serviço fundamental realizado pelo Governo do Paraná é a prestação de socorro através da Operação de Tráfego Rodoviário. É um investimento necessário para atendimento a todos os paranaenses e brasileiros que cruzam o Estado, com aporte de R$ 102.924.997,80. O serviço abrange guinchos, monitoramento e central de atendimento, permitindo a fluidez do tráfego e da produção e venda de produtos.
Em março, o DER/PR estruturou o Centro de Operações Integradas (COI), que é um serviço de atendimento gratuito através do telefone 0800-400-0404. Basta o usuário entrar em contato com a central, que funciona 24 horas por dia, sete dias da semana, para solicitar socorro ou mesmo informar incidentes nas rodovias.
Desde a criação do COI, já foram mais de 47 mil atendimentos de todas as naturezas. Além disso, todos os dias equipes específicas de atendimento percorrem 100% da malha, três vezes por dia, prestando auxílio e reforçando a sinalização em locais com incidentes, como baixa visibilidade na pista e engarrafamentos.
Estão disponíveis gratuitamente guinchos leves e pesados, atendimentos para pane mecânica, seca ou elétrica, problemas com pneus, desobstrução de pistas, remoção de veículos e objetos da pista. O COI também realiza o direcionamento da chamada caso o atendimento caiba a outros órgãos, como Polícias Rodoviárias, Polícia Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, SAMU, DNIT e Instituto Água e Terra (IAT).
Além, disso, o DER/PR disponibiliza veículo de apoio ao Corpo de Bombeiros, e veículo-boiadeiro para atendimento com incidentes envolvendo animais soltos na pista.
HISTÓRICO – Quatorze praças de pedágio da Econorte, Viapar e Ecocataratas foram desativadas no dia 26 de novembro de 2021, às 23h59min59s. No dia seguinte, 27 de novembro de 2021, às 23h59min59s foram desativadas treze praças de pedágio das concessionárias Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia. Os contratos foram assinados em 1997, com a cobrança de pedágio tendo início no ano seguinte.
Nesse momento o governo federal conduz o processo da nova concessão. Os dois primeiros lotes já foram liberados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativa do Estado do Paraná é que o novo programa de concessões rodoviárias tenha tarifas justas e um grande pacote de obras necessárias para consolidar o Paraná como hub logístico da América do Sul. A iniciativa foi discutida junto à sociedade civil e ao Poder Legislativo ao longo dos últimos anos e bateu recorde de contribuições do público interessado, o que deu origem à modelagem atual.
Competição acontece neste sábado e domingo nas principais praças esportivas de Apucarana
O prefeito Junior da Femac recepcionou nesta
sexta-feira (25), em seu gabinete, uma comitiva de dirigentes da Paraná
Esporte. O grupo está novamente na cidade para coordenar a realização da fase
final dos Jogos Abertos do Paraná, categoria “A”, neste fim de semana.
A competição terá nesta última etapa, a decisão das
modalidades coletivas: Basquetebol, Voleibol, Handebol e Futebol de Salão.
Também serão realizados os torneios de Xadrez, Tênis de Mesa, Tênis de Campo,
Handebol de Praia e Futebol de 7.
Participaram da reunião com o prefeito Junior da
femac, Emerson “Milico” Venturini, coordenador de esportes de rendimento;
Adalberto Bueno, coordenador técnico (Paraná Combate); Richard Salvador,
coordenador técnico dos JAPs; Marcelo Neves, coordenador do Paraná Bom de Bola;
e Vilmar Klaus, chefe do Escritório Regional de Londrina da Paraná Esporte.
No encontro, o prefeito Junior da Femac, destacou
que, desde de 2013, com o ex-prefeito Beto Preto, e na sequência em sua gestão,
Apucarana recebeu o título de “capital do esporte” no Paraná, pelo apoio
constante ao esporte e investimentos na estrutura física destinada a todas as
modalidades.
“Temos muito prazer em receber mais uma competição
de âmbito estadual, que irá movimenta a cidade, o comércio e a rede hoteleira,
com a presença de 4 mil atletas e dirigentes esportivos”, avaliou o prefeito e
reiterando as boas parcerias firmadas com a Paraná Esporte.
O coordenador de Esportes de Rendimento, da Paraná
Esportes, Émerson Luis Venturini de Oliveira “Milico”, enalteceu a estrutura
das praças esportivas locais. “O prefeito e sua equipe da Secretaria de
Esportes já têm experiência e expertise para organizar e sediar competições de
alto nível como os Jogos Abertos do Paraná”, avaliou Milico.
Ex-ministra enfatiza necessidade de reconstruir políticas públicas: "queremos enfrentar a pobreza nas suas múltiplas dimensões; garantir o acesso à água e alimentos de qualidade"
247 - Em entrevista à TV 247, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello falou sobre o desafio da reconstrução das políticas públicas que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que enfrentar, após quatro anos de "destruição muito grande" provocada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Questionada sobre quanto tempo será necessário para tirar o Brasil do mapa da fome novamente, Campello, que também integra o Grupo de Trabalho da Assistência Social da equipe de transição do novo governo, afirmou: "Nós temos um tempo da reconstrução da política pública que é importante a gente colocar nessa conta, porque a destruição foi muito grande e reconsruir não será trivial. É importante que a população saiba do esforço que teremos que fazer para entrar em rota de voo mais uma vez."
A ex-ministra ressaltou que a ideia do governo Lula não é apenas fazer a transferência de renda ao povo mais pobre, mas também garantir melhorias estruturais nas condições de vida: "Não queremos só que a pessoa tenha um cartão com dinheiro (em referência ao Bolsa Família), nós queremos muito mais: queremos enfrentar a pobreza nas suas múltiplas dimensões; garantir o acesso à água, a alimentos de qualidade."
Apesar do desafio, Campello acredita que será mais rápido do que nos primeiros governos Lula: "Então, responder, assim, na lata, quanto tempo vai demorar, certamente não vamos levar o tempo que levamos de 2003 a 2013 para sair do mapa da fome. Eu tenho muita convicção de que, como nós conhecemos esse caminho, como a máquina pública também viveu essa experiência, e eu acredito que nós vamos contar agora com um conjunto de forças olhando para isso."
"Qual o principal ativo que nós temos, além do Estado brasileiro, com toda sua capacidade, apesar da destruição? É a capacidade do presidente Lula de mobilizar a sociedade, os governadores, prefeitos... não é só programa do Lula passar os 600 reais. Não! O programa é: como vamos chamar governadores, prefeitos, rede de assistência social, a agricultura familiar e camponesa, essa grande rede, para que de largada a gente tenha políticas postas na rua", acrescentou.
"E acho que temos que ter como parâmetro o que nós fizemos, com muito sucesso: a grande questão do Brasil não foi só ter saído do mapa da fome; é como um país de 215 milhões de habitantes, com tamanho território, tenha saído do mapa da fome em tão pouco tempo, em 10 anos", concluiu a ex-ministra.
O jurista ainda chamou de “decisão civilizacional” o despacho de Alexandre de Moraes que indeferiu o pedido do PL que questionou o resultado das urnas
247 - O jurista e professor de Direito Constitucional Lenio Streck participou do programa Giro das Onze, da TV 247, e analisou a conjuntura política do Brasil e do mundo.
Questionado se estamos vivendo uma crise das democracias, o jurista discordou e explicou: “Todos falam que a democracia está em crise. Eu diria que a democracia não está em crise. Está em crise as condições de possibilidade pelas quais a democracia se forma. Está em crise a opinião pública, que já não é uma opinião pública porque a democracia sobrevive da esfera pública”.
O professor ainda falou sobre o ambiente da Copa e a referência que o futebol gera para os povo.
“O futebol é o local da democracia. Na sociedade, o direito não funciona. As pessoas não conhecem as regras. No futebol todos conhecem as regras. No futebol eu posso xingar o juiz, influenciar, torcer e posso torcer no sentido de distorcer a própria verdade. Então, o espaço da democracia é o futebol”, disse.
Moraes e o PL
Lenio chamou de “decisão civilizacional” o despacho do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indeferiu o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições e condenou o partido de Jair Bolsonaro a pagar uma multa de R$ 22 milhões.
“A decisão de Alexandre de Moraes está diante do simbólico que eu chamo de decisão civilizacional.
Ela simboliza aquilo que o direito tem de ser: prevenção geral”, argumentou.
E acrescenta: “Não tínhamos valores no direito eleitoral do tipo ‘está condenado em tantos honorários ou multa’. Só que até hoje também não tínhamos ações temerárias e de má fé. No momento que tem uma ação temerária e de má fé que quer invalidar 259 mil urnas, a própria parte inaugura um novo modo do tribunal examinar. Portanto, abre-se uma nova jurisprudência dizendo que a partir de agora o sujeito que meter uma ação de má fé vai ser feito um cálculo e vai ter multa”.
O Brasil lidera o Grupo G do Mundial do Catar e jogará desfalcado de Neymar e Danilo contra Suíça e Camarões
DOHA (Reuters) - O atacante Neymar e o lateral-direito Danilo estão fora dos jogos restantes do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo depois de sofrerem lesões na vitória por 2 x 0 sobre a Sérvia na quinta-feira, disse à Reuters uma fonte próxima à seleção nesta sexta-feira.
O Brasil lidera o Grupo G do Mundial do Catar e jogará desfalcado de Neymar e Danilo contra Suíça e Camarões, embora o médico do time tenha confirmado apenas que eles estão fora do próximo jogo contra a Suíça.
"Os exames mostraram uma lesão ligamentar lateral no tornozelo direito do Neymar, junto com um pequeno edema ósseo, e uma lesão ligamentar medial no tornozelo esquerdo do Danilo", disse o médico da seleção, Rodrigo Lasmar.
"Já podemos adiantar que não teremos os dois jogadores para o nosso próximo jogo, mas eles permanecem em tratamento com o nosso objetivo de tentarmos recuperá-los a tempo para essa competição", acrescentou.
Raphinha compartilhou texto que dizia que 'o maior erro de Neymar foi nascer brasileiro' e que 'esse país não merece seu talento'
247 - O ex-atleta e comentarista Walter Casagrande criticou o atacante da seleção brasileira Raphinha, que compartilhou uma mensagem com críticas à torcida brasileira.
Raphinha ficou insatisfeito com a parcela da torcida que comemorou a lesão sofrida por Neymar na Copa do Mundo. Ele, então, compartilhou um texto que dizia: "como é triste, o maior erro da carreira de Neymar é nascer brasileiro, esse país não merece seu talento e seu futebol. Torcedores da Argentina tratam Messi como um 'Deus'. Torcedores de Portugal tratam Cristiano Ronaldo como um rei. Torcedores brasileiros torcem para Neymar quebrar a pena".
Casagrande se revoltou com a postagem: "fiquei muito revoltado com o Raphinha, é um desrespeito ao povo brasileiro ele falar isso. Desculpa, Raphinha, chutou para fora, além das 10 dancinhas que você ensaiou e não fez porque jogou um jogo e perdeu dois gols, começa a jogar bola, é hora de jogar bola".
"O Novo, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais", declarou Amoêdo
247 - João Amoêdo, ex-candidato à Presidência da República, anunciou nesta sexta-feira (25) pelo Twitter sua desfiliação do Novo, partido que ajudou a fundar.
Em outubro, Amoêdo foi suspenso pelo Novo após anunciar voto em Lula (PT) no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). Nesta quinta-feira (24), ele criticou a iniciativa do partido de instalar uma CPI mirando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja o texto em que Amoêdo anuncia sua desfiliação do Novo:
"Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010. Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível. Infelizmente, o NOVO, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais. Ao longo dos últimos 33 meses, sob a atual gestão, o NOVO foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política. O NOVO atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia. O partido, mesmo com o péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados, a saída de inúmeros dirigentes, não esboça qualquer sinal de retomar o caminho original. Ao contrário, a direção da instituição prefere ignorar as evidências, busca silenciar as vozes divergentes, transfere responsabilidades e segue prometendo que 'agora será diferente'. Esse NOVO, definitivamente, não me representa. Neste cenário, seria incoerente permanecer em um partido com o qual tenho diferenças de visão, de propósito e de conduta. A minha saída do NOVO em nada muda a vontade de ajudar o Brasil. Espero levar os aprendizados desse projeto e, junto com aqueles que conheci e que compartilham dos mesmos valores, trabalhar pelo que sempre foi meu objetivo: contribuir para melhorar a vida dos brasileiros".
Vasques responde na Justiça por improbidade administrativa por pedir votos para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro
247 - O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e pediu o afastamento imediato do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bolsonarista Silvinei Vasques.
Nesta sexta-feira (25/11), a Justiça tornou réu Vasques por improbidade administrativa por pedir votos para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), segundo o Metrópoles.
O juiz José Arthur Diniz Borges deu 30 dias para que Vasques se manifeste. Ele, no entanto, não decidiu sobre o afastamento pelo período de 90 dias porque o diretor-geral está de férias até o início de dezembro.
Para o MPF, Vasques deve ser afastado porque o cargo de diretor da PRF extrapola o ambiente físico de trabalho.”O diretor-geral não deixa de ser diretor-geral porque está em férias; não deixa de ter ascendência sobre seus comandados, especialmente numa organização policial fardada; não deixa de ter o poder de causar temor reverencial”.
"Deve-se estar atento, ainda, que no patamar tecnológico em que nos encontramos, as relações de poder desenvolvem-se não apenas nos espaços físicos de convivência, mas também, quiçá com mais vigor, nos ambientes digitais das redes sociais e privadas", complementa.
Perseguição judicial é usada para roubar e quebrar empresas, derrubar governos e destruir soberania, afirma criador do projeto Lawfare Nunca Mais; veja vídeo na íntegra
Opera Mundi - O lawfare, guerra jurídica em português, é a arma geopolítica alternativa às guerras tradicionais, utilizada para roubar e quebrar empresas, derrubar governos e destruir soberanias, na avaliação de Henrique Pizzolato, ex-diretor de seguridade da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e um dos réus da Ação Penal 470, conhecida popularmente como Mensalão. O bancário, sindicalista e político conversou com o jornalista Haroldo Ceravolo Sereza no programa 20 MINUTOS desta terça-feira (22/11), sobre a iniciativa de criar o projeto Lawfare Nunca Mais, nos moldes do Brasil: Nunca Mais, idealizado nos anos 1980 para trazer à tona os crimes praticados pela ditadura civil-militar de 1964 e para tentar blindar o país de novas aventuras golpistas.
Para Pizzolato, na prática o lawfare reeditou na América Latina a Operação Condor, promovida clandestinamente pelos Estados Unidos na década de 1970, com foco em repressão política, terror de Estado e assassinato de opositores às ditaduras de direita implantadas na região: “Naquela época se preparavam os generais sangrentos na Escola das Américas, no Panamá, e eles chegavam com tanques, matando, prendendo e torturando. Agora, não, criaram o Projeto Pontes, que treina juízes, promotores e policiais federais, e criou o conceito da guerra sem sangue. Assim derrubaram governos de 13 países da América Latina”.
O Lawfare Nunca Mais acumula informações e experiências sobre os efeitos causados pelo uso da Justiça como arma de guerra no Brasil das últimas duas décadas, incluindo número de vítimas, ações, consequências e danos provocados a indivíduos e ao país.
“Nos surpreendemos, porque a quantidade de pessoas atingidas é muito maior que 2.000, desde mãe de secretária de executivo da OAS ou Odebrecht que perdeu até a casa, pessoas que tiveram a vida completamente sequestrada e destruída e chegaram ao limite do suicídio ou de tentar suicídio”, documenta.
Na avaliação de Pizzolato, o Partido dos Trabalhadores (PT), cujas administrações foram os alvos centrais do lawfare, a partir do Mensalão e chegando à Operação Lava Jato, não dimensionou até hoje o tamanho do prejuízo desse processo ao país.
“Não caiu a ficha que esse tipo de ação tinha nome, endereço, organograma, hierarquia e ficha de pagamento. Quando a gente percebeu, já estavam levando a nossa Petrobras, roubando nosso Pré-Sal”, lamenta.
“Saímos papagaiando que descobrimos o pré-sal e temos o melhor petróleo do mundo, e não ficou ninguém cuidando. Aí os caras vieram e assaltaram”, completou Pizzolato.
Alçado à direção da Previ durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o executivo diz que o lawfare começou a ser gestado já na chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em 2003, a partir da determinação de Lula de implementar políticas de valorização do conteúdo nacional, ou seja, de soberania nacional.
“Aí acende a luz vermelha, e eles começam. A gente estava numa lua de mel, e o governo com uma visão um pouco estreita de geopolítica”, critica o ex-diretor, que lançou neste ano o livro Verdades Incômodas: O caso Pizzolato - O Mensalão como tubo de ensaio da lawfare (ed. Kotter), a partir de depoimento dado a Salvio Motter.
Condenado no processo do Mensalão por peculato e lavagem de dinheiro, ele nega todas as acusações e denuncia: “Sabe quantas vezes fui ouvido durante todo o processo do Mensalão? Nenhuma. Nunca. Eu era diretor de marketing do Banco do Brasil, diziam que eu era o cara do dinheiro da Visanet. Nunca fui da Visanet, nem sabia onde era”.
Eleito pelos funcionários do Banco do Brasil em votação direta à época, Pizzolato atribui a perseguição às barreiras que ele teria imposto aos “donos da senzala”, instituições como o banco Opportunity, na administração de aposentadorias e pensões. “Isso tem endereço, CPF e culpado, mesmo que agora queiram lavar o currículo”, afirma.
Refere-se, por exemplo, ao juiz da Ação Penal 470, o então ministro do Joaquim Barbosa, e ao Supremo Tribunal Federal (STF) de modo geral. “Quando viram o que tinham feito, tentaram começar a esconder, e terceirizaram para os escalões abaixo, para Sergio Moro”, argumenta, descrevendo a gênese da Lava Jato.
“O que Moro, Marcelo Bretas, Joaquim Barbosa e companhia limitada fizeram foi trabalho de traição à pátria. Um dia vamos ter que acertar contas com esses caras. Se botarmos pano quente eles vão se recriar”, previne.
Pizzolato interpreta a declaração de voto de Joaquim Barbosa em Lula em 2022: “Mesmo que queiram dizer agora que são Lula desde criancinhas, não podemos cair nesse conto do vigário. O pessoal que criou esses monstrinhos agora foi xingado no encontro em Wall Street. Não sei se não foram lá planejar o próximo golpe. Criaram os corvos”. Encontra-se ali, também, a gestação do país intoxicado pelo ódio que prevalece até o presente: “Quem criou o bolsonarismo? Quem deu espaço? Quem impediu a candidatura de Lula em 2018 com uma liminar? (O ministro Luís Roberto) Barroso. Olha o que ele gerou”.
Pizzolato classifica o lawfare como ferramenta de pirataria menos dispendiosa que as guerras tradicionais. “Quanto vai custar a reconstrução da Ucrânia?”, pergunta. “Preferem ocupar um país como fizeram aqui com o manequim de funerária (Michel Temer). Em poucos dias tomaram a nossa Petrobrás, o pré-sal, passaram a privatizar tudo, com o referendo do STF. É muito mais eficiente do que entrar com tanques e bombardear, como na Ucrânia.”
"Os senhores da guerra, seja de sangue ou híbrida, já planejam o próximo bote", sustenta Henrique Pizzolato, que agrega que a esquerda não pode cometer os mesmos erros do passado recente. “Posso até adiantar uma especulação: vão vir atacar agora pela área de meio ambiente, ecossistemas, biodiversidade e água. Vão dar um jeito de nos roubar isso, o restante já nos roubaram”, arrisca-se a prever a próxima frente de batalha.
Para o cartunista, o “corpo-mole” e “colaboração” que golpistas têm do poder público é que explica a manutenção desses protestos
247 - O cartunista Carlos Latuff, em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, falou sobre os atos de bolsonaristas inconformados com o resultado das urnas que deram vitória a Lula.
“O governo Lula vai ter que enfrentar com pulso forte essas manifestações de terroristas. E as pessoas terão que ser punidas por isso”, afirmou Latuff.
Segundo ele, o ambiente político após as eleições ainda é tenso. “Se tivermos em outro país teríamos as condições perfeitas para uma guerra civil”.
“Tem até a demarcação do Brasil do Norte e do Sul. É que o Brasil sempre resolveu as suas pendengas no ‘jeitinho’”, enfatizou.
Para ele, o “corpo-mole” e “colaboração” que esses golpistas têm do poder público é que explica a manutenção desses protestos.
“Isso é o resultado do aparelhamento do estado pelo bolsonarismo e também das forças de segurança, o que é muito perigoso”, advertiu o cartunistas, lembrando que “durante quatro anos tivemos comandantes das forças militares vociferando contra as instituições e essa galera continua fazendo isso”.