sábado, 29 de outubro de 2022

Bolsonaro mentiu sobre salário mínimo, ao prometer R$ 1,4 mil sem previsão orçamentária

 Jair Bolsonaro se notabilizou como um dos maiores propagadores de mentiras da história do País

(Foto: Reprodução | Alice Marko de Souza | ABR)

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o último debate antes do segundo turno para fazer uma promessa de aumento do salário mínimo após o vazamento de estudos que projetavam que seu governo poderia deixar de reajustar o valor, enquanto o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o candidato à reeleição por sua atuação na pandemia de Covid-19 e pela política pró-armas do governo.

Pressionado pelas notícias de que a equipe econômica estudava desindexar os aumentos do salário mínimo da inflação em caso de reeleição, Bolsonaro afirmou logo na abertura do debate realizado pela TV Globo na noite de sexta-feira que vai aumentar o valor para 1.400 reais por mês se vencer a eleição no domingo, apesar de o valor previsto no Orçamento ser menor.

"Tanto é verdade que acertamos a economia que eu posso anunciar que o novo salário mínimo será de 1.400 reais", disse o candidato à reeleição, que aparece entre cinco e seis pontos percentuais atrás de Lula nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de domingo.

O valor prometido por Bolsonaro, entretanto, não consta sequer da peça orçamentária de 2023, que prevê um mínimo de 1.302 reais. Neste ano, o salário mínimo está em 1.212 reais

A polêmica dos últimos dias sobre o salário mínimo causou estragos na campanha de Bolsonaro, disseram fontes do QG bolsonarista à Reuters, daí a pressa dos estrategistas em divulgar mensagens nas redes sociais com a nova promessa enquanto o debate da Globo ainda estava no ar.

Reportagens na imprensa contam que há estudos na mesa do Ministério o da Economia que cogitam adotar medidas duras como o não reajuste do salário mínimo pela inflação e cortes em programas como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em caso de reeleição para equilibrar o orçamento.

Guedes negou a intenção de adotar tais políticas, atribuindo a supostos petistas infiltrados em sua pasta essas declarações à imprensa. A campanha de Bolsonaro divulgou vídeos do ministro nos quais ele destaca dados da economia e responde a perguntas sobre as supostas medidas, afirmando se tratar de mentiras.

Ao comentar sobre o salário mínimo, Lula questionou Bolsonaro pela falta de aumento real de valor durante seu governo, comparando com aumentos concedidos durante seus dois mandatos (2003 a 2010).

"A massa salarial caiu, o salário mínimo não teve um aumento real, e agora vem com a cara de pau dizer que vai aumentar salário mínimo. Não vai", afirmou o petista. "Você já viu esse país crescer, gerar emprego, não pode ficar acreditando em fantasia".

Bolsonaro também voltou a se dizer vítima do sistema, e chegou a reclamar nominalmente do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmando que a corte estaria trabalhando para favorecer o adversário.

"O sistema todo está contra mim, grandes redes de televisão, como aqui. O Tribunal Superior Eleitoral, quase todas as queixas dão a seu (Lula) favor, inclusive a questão das inserções das rádios. O TSE toma conta de tudo, mas quando chega numa hora de me atender, por inserções que seu partido em parte roubou... o TSE inclusive vai investigar a mim e ao partido."

Bolsonaro referiu-se à suposta falta de equilíbrio na veiculação de inserções em rádios, medida que motivou uma denúncia movida por sua campanha que foi rejeitada, por falta de provas, por Moraes.

Apesar do discurso, o presidente afirmou em entrevista após o debate que aceitará o resultado das urnas. Até então, Bolsonaro costumava dizer sempre que aceitaria o resultado de eleições que considerasse "limpas".

"Não há a menor dúvida, quem tiver mais voto leva", afirmou Bolsonaro, que passou meses atacando sem provas as urnas eletrônicas apontando possibilidade de fraude -- rejeitada tanto por autoridades eleitorais como por especialistas.

PANDEMIA E ARMAS

O formato do debate permitia que os dois adversários circulassem pelo palco e administrassem seus tempos, em boa parte sem qualquer tema definido. Lula e Bolsonaro trocaram diversas acusações, chamando um ao outro de mentiroso em várias oportunidades, e se recusaram a responder perguntas.

A campanha de Lula considerou que o petista teve seu melhor desempenho entre todos os debates desta eleição e que venceu "com folga" a disputa na TV Globo, enquanto do lado de Bolsonaro aliados ficaram com a sensação de que o presidente, mais uma vez, não conseguiu falar para além da bolha bolsonarista.

Aparentando estar mais tranquilo do que o adversário, Lula usou oportunidades para voltar a criticar Bolsonaro pela gestão da pandemia de Covid-19, mencionando a demora do governo federal para comprar vacinas, a postura de Bolsonaro contra as recomendações científicas e as quase 700 mil mortes por coronavírus no Brasil.

"Bolsonaro não responde sobre a pandemia porque deve pesar na consciência dele. Se ele tivesse seguido o aviso dos governadores do Nordeste, teria evitado pelo menos 200 mil mortes. Ele, desumano como é, não foi visitar uma pessoa que perdeu um parente", afirmou.

O petista também criticou a política pró-armas de Bolsonaro, que já prometeu reverter caso seja eleito presidente. O petista lembrou a prisão no último domingo do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, que abriu fogo com um fuzil e lançou granadas de efeito moral contra a Polícia Federal ao ser preso, deixando dois policiais federais feridos.

"Sabe qual o modelo de cidadão pacífico do Bolsonaro? O Roberto Jefferson, armado até os dentes atirando na Polícia Federal", afirmou.

Bolsonaro rebateu a acusação negando ter relação com Jefferson, apesar de Jefferson ter inclusive o convidado para ingressar em seu partido e ter feito várias declarações em seu favor. O presidente lembrou que, no passado, Jefferson já fez parte da base aliada do governo Lula, tendo sido o delator do esquema conhecido como mensalão.

Pesquisa AtlasIntel feita com eleitores que não votaram nem em Lula nem em Bolsonaro no primeiro turno apontou que o petista sagrou-se vencedor do debate na avaliação de 51,5% dos entrevistados, enquanto 33,7% apontaram Bolsonaro e 14,9% não souberam.

Um levantamento da Quaest que monitorou as reações nas redes sociais durante o debate também apontou desempenho melhor de Lula. O petista teve 51% de menções positivas e 49% de negativas, enquanto Bolsonaro teve 64% de menções negativas e 36% de positivas.

Lula ganhou o debate também nas redes, mostra levantamento da Quaest

 Lula teve mais menções positivas que Bolsonaro em todos os quatro blocos do debate

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - No último embate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro, o petista registrou o melhor resultado nas redes sociais. É o que mostra levantamento da Quaest feito nas redes sociais durante o debate.

Durante o debate realizado pela TV Globo nesta sexta-feira, Lula registrou 51% de comentários positivos nas redes, contra 36% de comentários positivos feitos sobre Bolsonaro. 

O monitoramento da Quaest, feito em Twitter, Facebook, Instagram, sites e blogs durante os quatro blocos do debate, mostrou que, nas redes sociais, Lula registrou um desempenho melhor que Bolsonaro em todos os quatro blocos. No terceiro bloco, em que os candidatos tiveram 15 minutos cada para debate não moderado, foi registrada a maior diferença entre os dois: Lula registrou 62% de comentários positivos entre internautas, contra 41% com referências a Bolsonaro.

No segundo bloco, em que Lula e Bolsonaro debateram sobre a fome no país, o petista registrou o menor fluxo de comentários positivos (45%), enquanto Bolsonaro foi elogiado nas redes por apenas 34% dos internautas, ainda segundo levantamento. Na avaliação do diretor da Quaest, isso ocorreu porque houve embate entre os candidatos sobre os números da fome no país. Enquanto Bolsonaro reiterava números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a caracterização de linha da pobreza, Lula trazia informações sobre subnutrição trazidas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta semana.

Durante o primeiro bloco, também conduzido no modelo de debate não moderado com 15 minutos de fala por candidato, os pontos principais foram a discussão sobre o salário mínimo e acusações de "mentira" entre os presidenciáveis. Segundo a Quaest, os termos mais buscados no Google foram "Bolsonaro vai acabar com o 13", "Bolsonaro décimo terceiro salário", "Lula criou o G20" e "Lula absolvido".

Bolsonaro dá chilique após perder debate para Lula e encerra de forma abrupta a entrevista

 Ele não gostou de ser confrontado com suas mentiras e de ter sido chamado de candidato

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Reprodução)

Sputnik – "Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui", disse Bolsonaro após ser questionado sobre uma declaração sua — classificada pelo repórter como "mentira" — quanto à visita de Lula ao Complexo do Alemão.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) interrompeu bruscamente sua entrevista coletiva após uma pergunta de um repórter do jornal Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (28), ao final do último debate presidencial do segundo turno, na TV Globo, no Rio de Janeiro.

O jornalista questionava o presidente sobre uma declaração sua quanto à visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, durante a campanha.

Ao indagar por que Bolsonaro "insiste na mentira" de que Lula teria ido à comunidade a convite de traficantes, o presidente bateu na mesa e rebateu: "Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui".

O repórter afirmou que podia garantir que esta era uma "mentira", e Bolsonaro se despediu e deixou a sala de imprensa, onde concedia entrevista.

Durante a coletiva, o presidente esteve acompanhado do seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que voltou a se aliar a Bolsonaro nestas eleições, após deixar o governo em abril de 2020.

Lula optou por não conceder entrevista coletiva após o debate. O ex-presidente informou que falaria com a imprensa neste sábado (29).

O segundo turno das eleições ocorre no próximo domingo (30), entre às 8h e às 17h no horário de Brasília.

Integrantes da campanha de Lula comemoram vitória no debate, enquanto bolsonaristas acham que houve empate

 No comando da campanha de Lula, desempenho do presidente foi comemorado. Avaliação é de que Lula pode conquistar os “poucos indecisos”

Lula no último debate - 28/10/2022

247 - "Lula foi bem, colocou a pauta na maioria do tempo, falou da vida do povo, de propostas e do que fez. Nos grupos de pesquisa qualitativa, ganhou a maioria — disse a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann".

Foi consenso entre os petistas que esse foi o melhor desempenho do ex-presidente nos debates que participou no primeiro e no segundo turno, informa a jornalista Bela Megale no Globo.

Entre membros da campanha de Bolsonaro, a avaliação foi a de que o ocupante do Palácio do Planalto começou pior que Lula, com desempenho aquém do esperado na pauta econômica e mais nervoso. Os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foram apontados como “falhas”. A leitura, no entanto, é que ele conseguiu depois terminar o debate “empatado” com o petista.

O empate, no entanto, não é bom para Bolsonaro. A pesquisa do Datafolha desta quinta-feira (27)mostra Lula na dianteira, com 49% das intenções de voto e Bolsonaro, com 44%.

No debate da Globo, até Bonner usa "direito de resposta"

 "Eu de fato disse que Lula não deve nada a Justiça", afirmou o jornalista

Jornalista William Bonner (Foto: Reprodução (redes sociais))

(Reuters) - No debate da TV Globo na noite desta sexta-feira, até o apresentador William Bonner usou uma espécie de direito de resposta, provocado pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O mandatário disse que seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), só havia sido inocentado por Bonner, e não pela Justiça, citando processos de corrupção enfrentados pelo petista.

Foi uma referência à entrevista de Lula no Jornal Nacional, quando Bonner mencionou que o ex-presidente não devia mais nada à Justiça porque seus processos, no âmbito da operação Lava Jato, foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O apresentador da TV Globo repetiu isso no final do primeiro bloco do debate.

O antagonismo com Bonner faz parte da mensagem de Bolsonaro de que é um político perseguido pelo sistema e pela mídia tradicional.

 

"FICA AQUI" X "NÃO QUERO"

Durante o debate, Bolsonaro tentou intimidar Lula chamando o adversário para ficar perto dele no palco, mas o petista recusou. "Fica aqui, rapaz!", disse o presidente. "Não quero ficar perto de você, não quero ficar perto de você!", respondeu Lula.

No debate anterior entre os adversário no segundo turno, exibido pela Band, Bolsonaro chegou a colocar a mão no ombro de Lula ao adotar a mesma estratégia para pedir que o rival ficasse perto dele no palco.

Antes do debate começar, Lula estudou bastante a posição das câmeras para saber onde se posicionar melhor durante o confronto.

MORO

Bolsonaro conversou bastante antes do debate com seu ex-desafeto e atual aliado Sérgio Moro. O ex-juiz da Lava Jato, que se elegeu senador na eleição deste ano e declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno, tem ajudado Bolsonaro nos debates principalmente em relação ao combate à corrupção -- um dos principais temas usados pelo presidente para atacar Lula.

Depois de passar 580 dias preso condenado por corrupção no âmbito da Lava Jato, Lula atualmente não deve nada à Justiça, uma vez que suas ações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que viu parcialidade de Moro nos processos.

Placar final do debate na Globo: Lula venceu para 51,5% dos indecisos, enquanto Bolsonaro teve 33,7% da preferência

 Números foram apontados pela Atlas Intel

Lula no debate da Globo (Foto: Ricardo Stuckert)


SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação dentro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que seu desempenho no último debate do segundo turno, na noite de sexta-feira na TV Globo, foi o melhor até agora entre todos os que ele participou nesta eleição, mesmo com a dificuldade de encaixar falas sobre propostas.

"Foi muito bem, ganhou com folga o debate", disse uma das fontes ouvidas pela Reuters.

A análise é que Lula se manteve calmo mesmo frente às provocações do adversário Jair Bolsonaro (PL), que insistia em chamá-lo de mentiroso reiteradas vezes. Em seu treinamento para o debate, Lula trabalhou medidas para evitar perder a paciência ou se deixar perturbar, como aconteceu em debates anteriores.

Lula também conseguiu controlar bem o tempo das respostas, ao contrário do que havia acontecido no último debate, na Band, em que, incomodado com as acusações de corrupção, gastou tempo demais nas respostas e deixou Bolsonaro com um longo período para falar sozinho no final.

"Foi para isso que ele se preparou", disse uma segunda fonte. "Ele saiu feliz do debate. Apesar do Bolsonaro, ele até conseguiu encaixar algumas propostas."

Nas pesquisas qualitativas com eleitores indecisos feitas pelo PT durante o debate, de acordo com as fontes, o resultado foi majoritariamente positivo para Lula.

O resultado é o mesmo do tracking feito pelo instituto Atlas Intel. Para 51,5% dos entrevistados, Lula foi o vencedor do debate, enquanto 33,7% deram a vitória a Bolsonaro.

Após campanhas distintas, Fla e Athletico fazem final da Libertadores

 Duelo no Equador será neste sábado, às 17h

(Foto: Ag. Brasil)


Agência Brasil - Os rubro-negros Flamengo e Athletico Paranense duelam na tarde deste sábado (29), no Monumental,  às 17h, no Equador, pelo título mais importante da temporada do futebol no continente sul-americano: a Copa Libertadores da América.

De um lado do campo estarão os cariocas em  busca do tricampeonato (os dois primeiros foram em 1981 e 2019), e do outro lado os paranaenses sonha com a conquista inédita no torneio. 

A história do Flamengo na Libertadores começou no Grupo H. Os rubro-negros saíram quase com 100% de aproveitamento em uma chave que contava com o Talleres, da Argentina, o Universidad Católica, do Chile, e o Sporting Cristal, do Peru.

Nesta fase, o time comandado, na época, pelo técnico Paulo Sousa, obteve cinco vitórias e apenas um empate, que aconteceu no confronto com os argentinos.

Depois de assegurar a liderança do grupo, o Flamengo encarou o Tolima, da Colômbia. No primeiro jogo das oitavas de final, já sob a liderança do treinador Dorival Junior, os cariocas venceram com gol de Andreas Pereira, que deixou o clube logo após o triunfo por 1 a 0.

No duelo de volta, no Maracanã, o Flamengo conseguiu sua maior goleada na competição continental, 7 a 1, com direito a quatro gols de Pedro.

O Rubro-Negro enfrentou pela primeira vez uma equipe compatriota na Libertadores já nas quartas de final. Emplacou duas vitórias (ida e volta) contra o Timão: a primeira por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, e depois por 1 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Já nas semifinais o oponente foi o argentino Velez Sarsfield. Em Buenos Aires, os brasileiros praticamente selaram a classificação para a final, ao vencer por 4 a 0. No Maracanã, os rubro-negros voltaram a derrotar os argentinos, desta vez, por 2 a 1.

Logo após a confirmação da classificação, o técnico Dorival Junior falou em fazer de tudo para ser campeão.

"Acho que não tem preço nós chegarmos a um momento como esse. Vamos trabalhar e muito para que possamos fazer uma grande decisão. Enfrentaremos um adversário dificílimo. Não tenho dúvida que será uma partida com um grau de dificuldade muito alto". 

Invicto na Libertadores, o Flamengo chega à decisão com uma campanha de 11 vitórias e um empate, em 12 partidas disputadas. Foram 32 gols feitos e oito sofridos. Além disso, os rubro-negros contam com o artilheiro do campeonato, Pedro, com 12 gols marcados.

Diferentemente do Flamengo, o Athletico Paranaense teve alguns tropeços no Grupo B. Com uma campanha de três vitórias, duas derrotas e um empate, os paranaenses terminaram na vice-liderança, com os mesmos 10 pontos que o Libertad, do Paraguai, que se classificou em primeiro. Já o The Strongest, da Bolívia, e o Caracas, da Venezuela, foram eliminados.

Na quinta rodada, com vaga sob ameaça, o técnico Luis Felipe Scolari assumiu a equipe paranaense, após goleada por 5 a 0 contra os bolivianos, em La Paz, quando Fábio Carille ainda era o treinador do time. Na sequência, o Athletico venceu duas partidas e avançou às oitavas de final.

O adversário da vez foi o Libertad, que também enfentou na primeira fase. Na Arena da Baixada, os atleticanos venceram por 2 a 1, já em Assunção, quando a decisão para as quartas de final seria definida nos pênaltis, Rômulo, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação dos brasileiros.

Em seguida, o gol de Vitor Roque, com 17 anos de idade, contra o Estudiantes, da Argentina, aos 50 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 1 a 0, em La Plata, além do acesso às semifinais, já que na Arena da Baixada o duelo terminou 0 a 0.

Nas semis, o Athletico tinha a missão de bater o atual bicampeão da competição continental Palmeiras. Em Curitiba, a vitória com placar mínimo de 1 a 0 dava à equipe rubro-negra a vantagem de um empate no Allianz Parque.

E foi exatamente o que aconteceu, de maneira eletrizante. Mesmo após o time paulista abrir 2 a 0 no placar, os paranaenses reagiram e empataram de 2 a 2, aos 39 minutos do segundo tempo, com gol de David Terans.

Depois de o Furacão voltar à final da Libertadores após 17 anos, o auxiliar técnico Paulo Turra, que substituiu Felipão suspenso, falou sobre fatores que levaram o Athletico à decisão.

"Hoje foi mais um passo que foi dado para que o Athletico se consolide ainda mais do que já é: uma grande estrutura, Tem no seu comando o presidente e no comando técnico o professor Felipe, dois caras de peso". 

Em 12 partidas, o Athletico venceu seis, empatou quatro e perdeu duas. Marcou 15 gols e sofreu 10.