sábado, 1 de outubro de 2022

Junior da Femac destaca força da economia de Apucarana


 Apucarana liderou a geração de empregos em toda a região, com mais de 800 vagas criadas entre janeiro e agosto deste ano. A melhor marca foi alcançada por Apucarana, entre os 29 municípios da região – Vale do Ivaí mais arapongas -, de acordo com apuração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que acaba de ser divulgado pelo Governo Federal.

“Apucarana se destaca pela vitalidade e diversificação da sua economia que, neste ano, foi responsável por 30% das vagas de emprego criadas com carteira assinada na região centro-norte do Paraná”, enaltece o prefeito Junior da Femac.

Segundo ele, esse é um trabalho feito por muitas mãos. “Em primeiro lugar cumprimentamos os empresários e empreendedores, que acreditam e investem em Apucarana. Também destacamos os trabalhadores que buscam estas vagas nas nossas indústrias, lideradas principalmente pelo nosso pólo de confecções”, avalia Junior da Femac.

O prefeito lembra ainda o papel da Prefeitura de Apucarana neste processo de geração de emprego e renda. “Estamos investindo pesado na compra de diversas opções de cursos técnicos, visando capacitar e aumentar a empregabilidade dos trabalhadores”, assinala ele, acrescentando que nos últimos meses foram ofertadas gratuitamente 1.820 vagas em cursos profissionalizantes.

A maior parte destas 800 vagas de empregos em Apucarana foi gerada na indústria (345), seguida pelo setor de serviços (330), construção civil (60), Comércio (39) e setor agropecuário (28).

PT reserva Avenida Paulista para festa da vitória de Lula

 Em decisão liminar nesta sexta-feira (30), Justiça libera ato de comemoração na Avenida Paulista

Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

247 - O diretório estadual do PT de São Paulo conseguiu aval da Justiça para usar a Avenida Paulista no próximo domingo, após o horário de votação. Em decisão liminar nesta sexta-feira (30), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) autorizou o partido a reunir apoiadores no dia das eleições a partir das 20h30min.

A decisão é válida caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a disputa presidencial em primeiro turno ou a eleição se estenda para o segundo turno. No entanto, a presença do ex-presidente no local é esperada apenas na hipótese de ele liquidar o pleito no domingo.

A utilização da Paulista também vinha sendo cobiçada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que só terão direito de se manifestar em uma das mais importantes vias da capital se o ocupante do Palácio do Planalto for reeleito no domingo, cenário improvável, segundo todas as pesquisas.  

"Lula fez muito pela economia e fará de novo", diz Henrique Meirelles

 Ex-presidente do Banco Central explica por que decidiu apoiar Lula no primeiro turno

Henrique Meirelles e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O ex-ministro Henrique Meirelles, que também presidiu o Banco Central durante oito anos no governo Lula, explicou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, por que decidiu apoiar o ex-presidente já no primeiro turno. "Sou movido por resultados. O governo Lula criou 10 milhões de empregos, a média de crescimento foi de 4,5% ao ano e o Brasil foi o país que mais rapidamente saiu da crise de 2008. Além disso, houve muita responsabilidade fiscal e controle da inflação. Se Lula fez uma vez, pode fazer de novo", afirma.

Na entrevista, Meirelles defendeu o polêmico teto de gastos, contestado por Lula, e disse que o auxílio Brasil é uma política social necessária que deve ser mantida. "Apesar da opinião de Lula sobre o teto de gastos, mantive o apoio, até porque o crescimento brasileiro sob Bolsonaro está muito baixo", afirma. Segundo Meirelles, a reação do mercado a Lula vai depender muito do que ele anunciar.

Meirelles também falou sobre o quadro global. "O cenário internacional será desafiador. Haverá uma recessão internacional em 2023, mas o Brasil tende a ser menos afetado", aponta. "No primeiro governo Lula, políticas fiscal e monetária caminharam na mesma direção. Hoje, o Banco Central está sozinho no controle da inflação", acrescentou.

A um passo de voltar ao poder, Lula reedita a versão paz e amor

 Lula construiu a frente ampla que a chamada terceira via pretendia formar. Reuniu 10 partidos, com um ex-tucano como vice, Geraldo Alckmin

Lula e Alckmin em Itaquera (Foto: Ricardo Stuckert)

SÃO PAULO (Reuters) - Na última terça-feira, quando se reuniu para jantar com mais de uma centena de empresários em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou um recado final: "O Lulinha Paz e Amor, e o Geraldo, estão de volta."

Foi aplaudido por nomes como Rubens Ometto (Cosan), Abilio Diniz, um dos principais sócios do grupo Carrefour no Brasil, e André Esteves (BTG) pelo que significa a evocação do personagem que ocupou a campanha de 2002 quando, pela primeira vez, Lula foi eleito presidente: o conciliador, o negociador e, na economia, o responsável, que não pretende propor loucuras.

A reunião com o PIB foi a chancela final de que Lula, que em 20 anos foi do céu ao inferno, havia voltado, com toda força. Se deixou a Presidência com 87% de aprovação, foi condenado por corrupção, passou 580 dias preso e teve processos anulados, o petista está, agora, próximo de retornar ao Planalto.

Líder nas principais pesquisas de opinião, é possível que o petista garanta sua volta por cima digna de telenovela já neste domingo, se conseguir liquidar a disputa presidencial no primeiro turno.

O uso do "Lulinha paz e amor" na conversa com os megaempresários não é por acaso. Não foram poucas as vezes que o mercado e outros setores de peso economia se perguntaram se esse Lula atual é o que assinou a Carta aos Brasileiros de 2002, comprometendo-se a manter os fundamentos da economia, ou um Lula magoado e mais radical pelos infortúnios dos últimos anos?

Desde o 2021, quando decidiu ser novamente candidato, o petista tem tentando demonstrar que não, não tem mágoa ou desejo de vingança. "Tenho 76 anos de idade, já vivi tudo que um homem poderia ter vivido na vida. Eu não tenho espaço para ódio, não tenho espaço para vingança, não tenho espaço para não acreditar que o amanhã vai ser melhor", disse, em uma das suas propagandas de campanha.

Formado como liderança no sindicato de metalúrgicos do ABC Paulista, o ex-presidente fez sua primeira campanha presidencial em 1989 ainda com o perfil de líder sindical, mas conseguiu agregar a seu lado a social-democracia do então tucano Mario Covas e o PDT de Leonel Brizola em um segundo turno contra Fernando Collor de Mello.

Nas duas eleições seguintes, perdeu no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na esteira do Plano Real, que resolveu décadas de inflação descontrolada no país.

Ao ser eleito em 2002, Lula se beneficiou do desgaste de oito anos de governo tucano e diversas crises econômicas internacionais, mas também de um novo figurino, conciliador, e onde deixou de lado os pensamentos econômicos de esquerda mais radicais e se moveu para o centro.

No governo, manteve a base econômica da administração anterior, com as metas de inflação e superávit primário da política econômica mais ortodoxa, mas com uma preocupação em erradicar a fome, criar empregos e fazer o país crescer --beneficiado pelo boom das commodities, em 2010, seu último ano de governo, o país cresceu 7,5%, maior alta em 24 anos.

Foi depois de deixar a Presidência que Lula perdeu seu espaço político. A crise econômica internacional enfrentada por sua sucessora Dilma Rousseff, aliada a políticas equivocadas, balançaram a credibilidade do partido, que deixaria o poder num impeachment. Somada à operação Lava Jato, que revelou o esquema de corrupção na Petrobras --e no qual o ex-presidente foi acusado e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro-- sua biografia parecia enterrada para sempre.

Preso no dia 7 de abril de 2018, impedido de concorrer à Presidência em 2018, Lula foi solto em 8 de novembro de 2018, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) rever uma decisão prévia, de 2016, e derrubar a autorização de prisão de condenados em segunda instância.

Hoje, o petista não deve nada à Justiça. Duas outras decisões do STF, uma que concluiu que os julgamentos não deviam ter ocorrido em Curitiba, e outra que considerou o então juiz Sergio Moro parcial, anularam os processos.

Ao ser libertado, Lula começou a reconstruir seu espaço e, nessa eleição, líder nas pesquisas desde que apareceu como candidato novamente, despontou como único nome capaz de bater Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

Nos últimos meses, construiu a frente ampla que a chamada terceira via pretendia formar. Reuniu 10 partidos, principalmente de esquerda, mas agregou uma mudança histórica: um ex-tucano como vice, Geraldo Alckmin. O ex-governador de São Paulo, que foi seu rival na disputa pela Presidência em 2006, agora no PSB era "O Geraldo" que ele citou aos empresários como sinal de moderação ao lado de sua alcunha "paz e amor".

Além disso, foi angariando apoio de nomes como os ex-ministros Marina Silva e Henrique Meirelles, manifestos de intelectuais, economistas e artistas em defesa de um voto menos para eleger Lula e mais para tirar Bolsonaro.

FALAR COM TODOS

Em suas conversas, Lula deixa claro que sabe que, se for eleito, o será para tentar curar um Brasil dividido, onde a fome e a miséria cresceram no pós-pandemia e a violência política tomou as ruas como poucas vezes no passado recente. A seu favor pesa a capacidade de falar com todos os lados.

Hoje um dos seus mais ferrenhos defensores, o deputado federal André Janones (Avante-MG) conta que, pré-candidato à Presidência, foi convidado a conversar com Lula --por quem acabou desistindo da candidatura-- e foi avisado pelo presidente do seu partido: "Não encontra com ele, se você encontra já era. O cara seduz todo mundo que conversa com ele, estou avisando", contou Janones em suas redes sociais.

Em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, um então senador com trânsito político em Brasília explicou a diferença entre Lula e sua sucessora, e o que tinha levado à queda de Dilma: "Lula podia até não gostar de você, mas você sai de uma reunião com a certeza que ele era teu melhor amigo. Dilma pode até gostar de você, mas você sai de lá com a certeza que ela te odeia."

E foi esse charme que Lula acionou ao conversar com os empresários na noite de terça-feira. No encontro estavam nomes tradicionalmente ligados ao bolsonarismo, como Flávio Rocha, das lojas Riachuelo, e líderes que, mesmo tendo amizade com Lula, como Abilio Diniz, haviam se inclinado em simpatia menos por Bolsonaro e mais por seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ainda assim, Lula foi aplaudido diversas vezes. Mais do que falar, pediu aos empresários que dissessem o que precisavam e o que queriam. Ouviu que é preciso paz para tocar os negócios, mas também uma reforma tributária para facilitar a vida dos que pagam impostos, e previsibilidade.

Não prometeu manter o teto de gastos, o que ninguém esperava, já que o mecanismo foi driblado várias vezes no atual governo, mas um teto de responsabilidade fiscal, onde não se gaste mais do que se arrecade, em que não se venda ativos ou faça dívidas para pagar custeio. Prometeu ainda que vai recuperar o prestígio internacional do Brasil para que o país volte a fazer negócios e atrair investimentos.

Nada diferente do que tem dito em dezenas de discursos e entrevistas mas que, dito diretamente ao grupo de 137 empresários, abriu pontes que o PT ainda buscava nessa corrida eleitoral.

Aos 76 anos --a menos de um mês de completar 77-- Lula diz estar na sua última campanha. Tem repetido que se for eleito, aos 81 anos não será candidato a uma reeleição. Apesar das caminhadas de seis quilômetros e a musculação diárias e o novo casamento com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, Lula admite que a idade "cobra seu preço".

Acusado por vezes de ser centralizador, tenta criar dentro do PT novas lideranças, como o ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo paulista, Fernando Haddad, um de seus braços-direitos. Se o fomento vai dar certo, ainda está por ver-se. Hoje, ainda, o PT e toda a centro-esquerda vivem à sombra do nordestino de Garanhuns, criado em São Paulo e, como sempre destaca, o único operário a jamais chegar à Presidência da República.

Pesquisa CNT/MDA aponta Lula com 48,3% dos votos válidos, perto da vitória no 1º turno

 Foi publicada neste sábado (1º) nova pesquisa sobre as eleições presidenciais, com base em entrevistas realizadas entre 28 e 30 de setembro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - De acordo com sondagem CNT/MDA, o ex-presidente Lula está muito próximo de vencer as eleições em 1º turno.

A pesquisa aponta que Lula (PT) tem 48,3% dos votos válidos, Bolsonaro aparece com 39,7%, Ciro Gomes com 4,9% e Simone Tebet com 4,7

Os demais candidatos têm somados menos de 2%.

Foram feitas 2.002 entrevistas, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. 

Registro no TSE: BR 02944/2022

Às vésperas do 1º turno, ministro do TSE acusa partido de Bolsonaro de tentar desacreditar eleição

 O ministro também acionou o MPE (Ministério Público Eleitoral) para apurar irregularidades no documento da legenda bolsonarista

TSE, Jair Bolsonaro e a urna eletrônica (Foto: ABR)


247 - O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, afirmou que a auditoria divulgada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, tenta desacreditar o pleito às vésperas do primeiro turno.

Em despacho assinado nesta sexta-feira (30), o ministro também acionou o MPE (Ministério Público Eleitoral) para avaliar se foram divulgadas informações sabidamente falsas para atingir o sistema eletrônico de votação, informa a Folha de S.Paulo.

Gonçalves afirma que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é responsável pelo documento. Em ofício enviado ao tribunal, o dirigente partidário havia dito que apenas a equipe contratada na auditoria deveria responder pelo trabalho.

O IVL (Instituto Voto Legal) recebeu ao menos R$ 225 mil da sigla de Bolsonaro para elaborar o documento.

Segundo o ministro Gonçalves, o partido decidiu realizar "atividade paralela aos procedimentos de fiscalização" previstos pelo TSE.

Caso haja 2º turno, estrategistas de Bolsonaro preveem derrota se diferença a favor de Lula for maior que 10 pontos

 De acordo com seus principais auxiliares e ministros, derrota de Bolsonaro é praticamente inevitável mesmo se houver 2º turno

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em São Paulo 24/09/2022 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A previsão de estrategistas de Jair Bolsonaro é de que o ocupante do Palácio do Planalto  enfrentará dificuldades enormes para vencer o petista na segunda rodada da eleição.

De acordo com alguns de seus principais auxiliares e ministros, caso a distância entre os dois nas urnas, no primeiro turno, seja maior do que dez pontos percentuais, será praticamente impossível alcançar uma virada na segunda fase, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na quinta (29), Lula teria 48% dos votos, contra 34% de Bolsonaro, uma distância de 14 pontos percentuais.

TSE adota postura mais rígida contra fake news na reta final da campanha eleitoral

 A questão não é só a inverdade, a mentira, a notícia falsa, mas também a utilização, o desvirtuamento na finalidade da divulgação", disse Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Foto: LR Moreira/Secom/TSE)

247 - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passou a adotar na reta final da eleição uma postura mais rígida na análise de conteúdos associados à desinformação.

Além de restringir fake news evidentes ou acusações infundadas como a que ligou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao caso Celso Daniel, o tribunal tem adotado interpretação restritiva em relação a afirmações deturpadas, ilações e conteúdos visuais que possam induzir o eleitor a erro, inform a Folha de S.Paulo.

O novo entendimento da corte eleitoral tem como pano de fundo resolução de 2021 que veda não só a veiculação de fatos "sabidamente inverídicos" contra o processo eleitoral, mas também os "gravemente descontextualizados".

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em sessão no último dia 1º, fez um duro pronunciamento: "Me parece muito importante o Tribunal Superior Eleitoral fixar a partir de hoje essa diretriz, a questão não é só a inverdade, a mentira, a notícia falsa, a notícia fraudulenta, fake news, mas também a utilização, o desvirtuamento na finalidade da divulgação [de notícia]", disse.

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 20 mil por reunião com embaixadores

 Decisão é do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

Bolsonaro em encontro com embaixadores (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro por unanimidade a pagar multa de R$ 20 mil por "prática de propaganda antecipada irregular", ao realizar no Palácio do Planalto, em julho, reunião com embaixadores.

A corte eleitoral considerou que o ataque ao órgão e ao sistema eletrônico de votos “são pautas da campanha eleitoral de Bolsonaro e, por isso, evidenciam o caráter eleitoral e a propaganda eleitoral antecipada”. Além disso, os ministros afirmaram que houve ofensa à resolução do TSE porque o candidato “promoveu a desinformação e desacreditou o sistema eletrônico de votação”. O julgamento foi realizado por meio do plenário virtual, informa o Metrópoles.