sábado, 24 de setembro de 2022

Agregador de pesquisas do Estadão mostra pela primeira vez Lula com 52% dos votos, reforçando vitória no 1º turno

 Petista já tem índice maior que o mínimo para vencer a eleição no primeiro turno

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT)


247 - O agregador de pesquisas eleitorais do jornal O Estado de S. Paulo, que traça o desempenho geral dos candidatos à presidência com base em resultados de 14 institutos diferentes, foi atualizado neste sábado (24) e mostra que Lula (PT) aumentou suas intenções de votos válidos, isto é, quando se desconsidera os brancos e nulos, e já tem índice maior que o mínimo para vencer a eleição no primeiro turno, atingindo 52% dos votos válidos pela primeira vez.

Veja: 

Lula: 52%

Jair Bolsonaro: 36%

Ciro Gomes: 7%

Simone Tebet: 5%

Para que um candidato vença a eleição já no primeiro turno, basta conseguir 50% e mais um voto. 

Como funciona

De acordo com o jornal, o agregador de pesquisas não soma simplesmente os resultados e os divide pelo número de pesquisas. "O agregador controla diversos parâmetros e dá pesos diferentes aos levantamentos para impedir que números destoantes ou desatualizados puxem um dos concorrentes para cima ou para baixo".

"Nosso modelo considera que, na média, as pesquisas presenciais são mais precisas ao atribuir a taxa de intenção de votos de cada candidato. Por outro lado, as pesquisas telefônicas são feitas com maior frequência e podem captar melhor eventuais mudanças de tendência", explica ainda o periódico.


Pesquisa Ipespe para presidente: Lula tem 46%; Bolsonaro, 35%

 Pesquisa reforça que petista tem grandes chances de vencer o pleito eleitoral já no 1º turno

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)


247 - Pesquisa Ipespe/Abrapel para as eleições presidenciais de 2022, divulgada neste sábado (24), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 46% das intenções de voto no primeiro turno, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 35%. 

O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro e o petista tem grandes chances de vencer o pleito eleitoral nesta primeira etapa das eleições.

No levantamento anterior com parceria com a Abrapel, publicado em 17 de setembro, Lula aparecia com 45%, e Bolsonaro, com 35%, que aponta o crescimento do petista e a estagnação do atual postulante do Planalto.

Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 4%. Felipe D’Avila (Novo), e Soraya Thronicke (União Brasil), Vera, Constituinte Eymael, Leo Péricles, Sofia Manzano foram citados, mas não chegaram a 0,5% das citações. Padre Kelmon constava na lista, mas não foi citado por nenhum respondente. Roberto Jefferson constava na lista apenas da primeira rodada e Pablo Marçal, da primeira e segunda.

  • Lula (PT) — 46%
  • Jair Bolsonaro (PL) — 35%
  • Ciro Gomes (PDT) — 6%
  • Simone Tebet (MDB) — 4%
  • Felipe D’Avila (Novo) — 0%
  • Soraya Thronicke (União Brasil) — 0%
  • Vera Lúcia (PSTU) — 0%
  • José Maria Eymael (DC) — 0%
  • Léo Péricles (UP) — 0%
  • Padre Kelmon (PTB) – 0%
  • Sofia Manzano (PCB) — 0%
  • Branco/Nulo/Não vai votar – 5%
  • Não sabe/Não respondeu – 4%]

  • O Ipespe/Abrapel também simulou um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Em relação à pesquisa anterior, de 17 de setembro, o petista oscilou um ponto para cima, para 54%, e o atual presidente ficou estável, com 38%.

    Intenção de voto estimulada para presidente

    • Lula (PT) — 54%
    • Jair Bolsonaro (PL) — 38%
    • Branco/Nulo/Nenhum — 6%
    • Não sabe/Não respondeu – 2%

    A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 1.100 pessoas de 16 anos ou mais em todas as regiões do país, de 21 a 23 de setembro de 2022 e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-01897/2022.

APUCARANA: BR-369 terá bloqueios neste domingo para a instalação de defensas

 


O Instituto de Desenvolvimento, Pesquisas e Planejamento de Apucarana (IDEPPLAN), órgão da Prefeitura de Apucarana, informa que, neste domingo, dia 25 de setembro, haverá um bloqueio total de um trecho da BR-369. O acesso a Apucarana, para quem vem no sentido de Arapongas, na altura do viaduto do Contorno Norte, no Parque Industrial Norte, estará bloqueado das 7 às 18 horas.

O bloqueio, com apoio da Polícia rodoviária federal, conforme explica o diretor-presidente do Idepplan, Carlos Mendes, será necessário para a instalação de defensas. A Prefeitura de Apucarana está implantando um moderno sistema de iluminação com padrão LED na rodovia, no trecho que vai da divisa com Arapongas até o viaduto do Contorno Norte. “Estas barras de aço, fixadas ao lado da rodovia são exigidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para posterior instalação de postes de iluminação pública”, explica Mendes.

O dirigente do Idepplan informa ainda aos condutores de veículos que circularem neste trecho da BR-369, que o acesso a Apucarana para quem vem de Arapongas, será feito na altura da Sociedade Rural de Apucarana. “Teremos duas equipes no local, com sinalização especial, fiscalização e orientação aos motoristas”, alerta Carlos Mendes.

Governo Biden deve reconhecer rapidamente a vitória de Lula nas eleições

 A mensagem foi transmitida por diplomatas estadunidenses ao ex-presidente

Lula e Joe Biden (Foto: Stuckert | Reuters)


BRASÍLIA (Reuters) - Diplomatas norte-americanos informaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que os Estados Unidos pretendem reconhecer rapidamente o vencedor das eleições brasileiras, em uma tentativa de desencorajar questionamentos dos resultados que possam levar a uma crise institucional ou a caos no país, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.

Na última quarta-feira, durante a reunião em São Paulo entre Lula, que lidera a corrida eleitoral para voltar à presidência, e Douglas Koneff, o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, o tema foi um dos assuntos centrais.

O ex-presidente, de acordo com uma das fontes, comentou que o reconhecimento do resultado seria um movimento importante para tentar minimizar o ímpeto de contestar a eleição do presidente Jair Bolsonaro, que tem insistido, sem provas, que o sistema de votação eletrônico é passível de fraude.

Lula ouviu do diplomata norte-americano que a intenção de Washington é reconhecer o vencedor das eleições, independentemente de qual o resultado, assim que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizer o anúncio oficial.

Na última quinta-feira, durante encontro com embaixadores de cerca de 20 países da América Latina e Caribe, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional de Lula, ouviu de vários diplomatas da região a mesma garantia de um reconhecimento rápido do resultado das eleições.

O recado foi passado a Amorim em conversas laterais ou nas despedidas da reunião que, oficialmente, foi marcada para apresentar aos embaixadores as ideias de Lula sobre política externa em um eventual novo governo.

De acordo com uma fonte que presenciou as conversas, a mensagem dos diplomatas foi a de que seus países consideram importante um posicionamento internacional para ajudar a evitar questionamentos sobre o processo eleitoral.

EFEITO CAPITÓLIO

Ainda sob os efeitos do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por partidários do ex-presidente republicano Donald Trump, o governo do democrata Joe Biden tem revelado crescente preocupação com as acusações de Bolsonaro a respeito de riscos de fraudes nas eleições, feitas sem qualquer fundamento.

Em visitas ao país de assessores de alto escalão, o governo norte-americano fez chegar a Bolsonaro que tentativas de perturbar o processo não eram bem vistas em Washington.

Como mostrou a Reuters em maio, o diretor da CIA, William Burns, disse a auxiliares próximos do presidente, durante visita ao Brasil, que o mandatário brasileiro deveria parar de questionar o sistema de votação. O recado não foi bem recebido no Palácio do Planalto.

A nove dias das eleições, Lula voltou a aumentar a vantagem em relação a Bolsonaro e está na frente nas pesquisas de intenção de voto com diferenças que vão até 16 pontos percentuais. De acordo com o Datafolha desta quinta-feira, o petista mantém a chance matemática de liquidar a eleição no primeiro turno.

Já Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral com mais intensidade nos últimos dias, depois de um período de relativa calmaria.

No mais recente episódio, afirmou que, se não vencer as eleições no primeiro turno, estaria acontecendo "algo muito errado no TSE" --apesar de não haver nenhum indício nas pesquisas de que possa estar liderando a contenda, nem no primeiro nem no segundo turno.

Bolsonaro estrebucha e ameaça promover golpe de estado

 "Nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse ele

(Foto: Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira, durante comício em Divinópolis (MG), que é preciso colocar um "ponto final" no que chamou de abuso de outro Poder, em uma nova ameaça indireta ao Judiciário a nove dias do primeiro turno das eleições.

"Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro Poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse.

A despeito de as pesquisas mostrarem que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro voltou a dizer que vai vencer a corrida eleitoral no primeiro turno, que seus apoiadores são maioria e que após a eleição todos terão de jogar dentro das quatro linhas, porque há limites. "O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos --sem exceção-- jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui, eu não mando na Presidência da República, eu tenho limites. O prefeito aqui não manda na cidade, tem limites", disse.

  "Assim é dentro de cada Poder, ninguém manda na República a não ser o nosso povo e a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", emendou.   Em várias oportunidades, Bolsonaro tem se referido às quatro linhas em meio a críticas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

BANDIDOS

Bolsonaro também disse que o Brasil tem bandidos no lugar da oposição.

"Hoje nós não temos uma oposição, nós temos bandidos que querem o mal da sua população e nós vamos derrotar este pessoal nas urnas agora no próximo dia 2 de outubro", disse Bolsonaro no interior de Minas Gerais.

Lula sobre suposta anistia a Bolsonaro: 'se tiver processo judicial, ele terá a presunção de inocência que eu não tive' (vídeo)

 O candidato do PT ao Planalto disse que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança"

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Carla Carniel)

247 - O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a suposta anistia a Jair Bolsonaro e, de acordo com vídeo publicado nesta sexta-feira (23), o petista afirmou que, se for eleito, não irá tomar posse com "espírito de vingança". "Se tiver algum processo, posso garantir que ele terá a presunção de inocência que eu não tive", disse. 

O ex-presidente criticou sigilos de 100 anos determinados por Bolsonaro. "Me inquieta ele transformar em sigilo de 100 anos qualquer resquício de algo contra ele?", questionou. 

Em outra ocasião, o candidato do PT havia criticado também a censura determinada pela Justiça do Distrito Federal contra o portal Uol por causa de matérias sobre a compra de imóveis avaliados em R$ 26 milhões feita pela família Bolsonaro com dinheiro em espécie. 

Bolsonaro foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment durante o governo. Ele foi acusados de interferência na Polícia Federal, estímulos a golpes de Estado, defesa de tortura e da Ditadura Militar (1964-1985) e corrupção relacionada à pandemia do coronavírus.

Intenções de voto

A pesquisa telefônica Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (23), mostrou Lula perto de vencer no primeiro turno. Números divulgados pelo Datafolha nessa quinta-feira (22) apontaram que o ex-presidente aumentou as chances de ganhar a eleição no primeiro turno e continuou com mais de 15 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. 


Eleitores de Ciro e Tebet consideram voto em Lula, segundo Datafolha

 A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial

Simone Tebet e Ciro Gomes (Foto: Reuters | Ney Xavier/ALEAM)


GGN - A possibilidade de voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerada por um entre cinco eleitores dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), como mostra a última pesquisa Datafolha.

A mudança de voto é levada em conta como forma de apoio a quem estiver à frente na corrida presidencial: segundo a pesquisa, Lula tem 47% das intenções de voto totais, contra 33% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

A pesquisa mostra que 11% dos eleitores ouvidos consideram o voto útil – sendo 21% entre os eleitores de Ciro, e 22% entre os eleitores de Simone Tebet.

Leia a íntegra da matéria no portal GGN

Aliados de Bolsonaro temem novo ataque de raiva em debate no sábado

 No último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães

Vera Magalhães e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Band)

247- Aliados de Bolsonaro têm receio do temperamento do presidente no debate deste sábado (24) no SBT, organizado por um pool de veículos. A torcida é para Bolsonaro “não estourar”. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Há apreensão pelo fato de haver dois blocos de perguntas de jornalistas – no último debate, na Band, Bolsonaro atacou a jornalista Vera Magalhães.

Aliados desejam que ele “defenda o seu legado”.

Marina turbina "Lula verde" e pode integrar futuro governo

 "É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero", disse a ex-ministra do Meio Ambiente

Marina Silva e Lula (Foto: Reprodução/Youtube)

SÃO PAULO (Reuters) - Ícone da luta ambiental do Brasil, a ex-senadora e candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) acredita que um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem ela acaba de se reconciliar, será capaz de zerar o desmatamento da Amazônia, mesmo partindo dos atuais elevados índices de destruição da floresta sob a gestão Jair Bolsonaro.

"É perfeitamente possível chegar ao desmatamento zero, recuperando o plano que já deu certo, atualizando esse plano, recompondo os orçamentos e recompondo as equipes, fortalecendo as instituições de fiscalização, monitoramento, gestão", disse à Reuters a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula.

A ex-senadora de 64 anos não esconde o contentamento do reencontro "pessoal" e "programático" com Lula após deixar o posto de ministra do petista em 2008 frustrada com o pouco apoio para sua agenda no governo. Em 2014, ela seria ainda duramente atacada pelo PT quando concorreu à Presidência pela segunda vez.

Agora, Marina, diz que Lula é o único capaz tanto de derrotar Bolsonaro, que ela considera uma ameaça à democracia, como de implementar uma política ambiental à altura dos compromissos que o Brasil deve assumir no âmbito do Acordo de Paris.

"Nós conseguimos um passo à frente, que foi o compromisso do presidente Lula de dizer que a política ambiental será transversal e que estará no mais alto nível de prioridade do governo", afirmou.

A ex-ministra se refere ao endosso de Lula a uma proposta feita por ela com 20 pontos para área ambiental, no dia último dia 12. Muitos deles são ambiciosos, como a meta de desmatamento zero, medida que, segundo a ex-ministra, será capaz, sozinha, de reduzir as emissões de carbono do país em 70%.

Ela admite, no entanto, que a situação da Amazônia é mais complexa do que quando ela foi ministra, entre 2003 e 2008, mas afirma que é possível deter as ilegalidades.

"Temos um agravamento da situação em relação ao que tínhamos em 2003. Hoje é um cruzamento de várias formas de criminalidade. É o garimpo ilegal, é exploração ilegal de madeira, é a questão do crime organizado, tráfico de droga, tráfico de armas, a pesca ilegal. São vários componentes que ali se cruzam", disse.

PORTA ABERTA

Marina também propôs a criação de uma autoridade nacional para o risco climático, com poder de transitar entre ministérios.

Ela estaria disposta a ocupar esse novo posto de "czarina do clima"? A ex-ministra diz que não é o momento de discutir cargos, mas deixa a porta aberta: "Isso é uma decisão do presidente da República. Neste momento tudo o que nós não precisamos é ficar falando de ministério antes de ganhar."

Após quase 15 anos de hiato, Lula e Marina se aliam em um momento estratégico para o ex-presidente, que lidera as pesquisas eleitorais contra Bolsonaro.

No período em que estiveram distantes, a questão climática ganhou ainda mais espaço na agenda global e a ex-senadora, de origem amazônica e premiada no mundo pelo trabalho ambiental, virou um ativo importante para que o ex-presidente fortaleça suas credenciais verdes tanto internamente, com ativistas e ambientalistas, como no exterior.

Os primeiros frutos já aparecem. "O apoio de Marina tornou o programa de governo do petista automaticamente o mais verde entre os candidatos do campo democrático", analisou nesta semana a organização não governamental Observatório do Clima.

Se o começo dos anos petistas registrou queda do desmatamento, a saída de Marina marcou um enfraquecimento da agenda, com aprovação de obras como a hidrelétrica de Belo Monte no governo de Dilma Rousseff, levando uma crise humanitária e ambiental para o coração da Amazônia na década passada.

Questionada se vê a possibilidade de que obras como essa voltem a ser implementadas por Lula no poder, Marina citou declaração do ex-presidente dizendo que, agora, megaprojetos como o de Belo Monte já não são mais necessários, considerando a queda dos custos de outras fontes de energia renovável.

Quanto a um possível risco de não implementação de sua agenda ambiental, dada a aliança de Lula com importantes lideranças ruralistas no Congresso, como o deputado Neri Geller (PP-MT), Marina joga com o peso público dos compromissos assumidos pelo ex-presidente e cita a proposta, revelada pela Reuters, de criar um programa de crédito agrícola “verde”.

"Não conheço que tenha sido feito um compromisso com um setor atrasado do ruralismo”, rebate, em referência a Geller, autor de propostas para afrouxar a legislação ambiental.

É justamente para se contrapor no Legislativo a esse poderoso grupo do agronegócio, que majoritariamente apoia Jair Bolsonaro, que Marina Silva diz ter escolhido ser candidata a deputada federal por São Paulo.

Foi por esse motivo, explica, que ela declinou do convite para ser candidata a vice-governadora em São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT) --Haddad, aliás, foi um dos artífices da reaproximação entre a ex-ministra e Lula.

"Existem riscos de que eles (bolsonaristas e aliados) queiram fazer uma série de irregularidades e ilegalidades antes que ele (Bolsonaro) saia do governo. Inclusive, uma das coisas que muito me preocupa é tentar mudar a legislação", diz Marina. "É uma tentativa que o centrão e o Bolsonaro estão fazendo", diz, em relação a projetos em tramitação no Congresso.

O outro objetivo de Marina com a candidatura de deputada, mais ou menos declarado, é tentar salvar a Rede de Sustentabilidade, a legenda que fundou há 7 anos. Com uma grande votação em São Paulo, a acreana pretende ajudar seu partido a escapar da chamada cláusula de barreira, que regula o funcionamento das siglas no país.

A regra só permite que funcionem como partidos com todos os direitos, inclusive fundo eleitoral e propaganda na TV, aqueles que alcançarem nas eleições deste ano 2% dos votos válidos nacionais, ou a eleição de pelo menos 11 deputados federais em ao menos nove Estados.

Também para escapar da restrição, a Rede se uniu em federação com PSOL. As duas siglas funcionarão juntas no Congresso pelos próximos quatro anos.

Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert declaram apoio a Lula em suas redes sociais (vídeo)

 Ao som de "All you need is love", do grupo inglês Beatles, os dois simularam um coração com as mãos

(Foto: Reprodução Twitter)

247 - O casal de apresentadores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert postou em suas redes sociais, nesta sexta-feira (23), um vídeo no qual reproduz a letra "L" com os dedos, demonstrando apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições para presidente em 2 de outubro.

Ao som de "All you need is love", do grupo inglês Beatles, os dois simularam um coração com as mãos, seguido do "L"., inicial de Lula. 

O casal se junta a onda de artistas que estão se mobilizando para promover o chamado "voto útil" para eleger Lula já no primeiro turno e afastar de vez o bolsonarismo do poder.


Na reta final, campanha de Bolsonaro tem “climão” e troca de acusações

 Troca de farpas inclui até frases de falso apoio a Jair Bolsonaro: “Ele nunca esteve com o presidente"

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O aviso de férias do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), a uma semana da eleição, irritou membros da campanha de Jair Bolsonaro (PL) que repetiram, nos bastidores, o que Paulo Guedes soltou na Rede TV: “Esse cara não apoia o Bolsonaro”, disse Guedes ao abandonar uma entrevista.

De acordo com reportagem do jornal Estado de S.Paulo, nesta sexta (23), o tom era o mesmo entre bolsonaristas: “Ele nunca esteve com o presidente”, afirmou um membro da equipe sobre Nogueira. O ministro disse a aliados querer se dedicar à campanha no Piauí, onde seu candidato Silvio Mendes (União) apareceu 14 pontos à frente do rival Rafael Fonteles (PT) na última pesquisa Ipec. O argumento é que Fonteles está crescendo na esteira de Lula (PT), o que fortalece a oposição contra ele em seu próprio território.

Nogueira suspendeu as férias, segundo aliados, em razão da repercussão negativa do episódio, que projetou uma sensação de desânimo no front bolsonarista. Mesmo tendo cancelado as férias, Nogueira avisou que deve estar na próxima semana no Piauí. Aliados minimizam o caso e dizem que o ministro tem contribuído engajando seguidores nas redes sociais, e pode continuar fazendo isso a distância.

Um dos aliados de Bolsonaro aproveitou o episódio para lembrar que o PP de Nogueira apoia Rodrigo Garcia (PSDB), adversário de Tarcísio de Freitas em São Paulo. Outro bolsonarista se queixou que, no Piauí, Bolsonaro tem uma das piores marcas – Lula aparece com 61% no Ipec, ante 20% de Bolsonaro.

Ofensiva de Alckmin rende apoio de 20 prefeitos do interior de São Paulo a Lula

 O movimento se deve à possibilidade de Lula vencer já no 1º turno

20.08.2022 – Lula e Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, fazem ato pela democracia no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Participam do evento Fernando Haddad e Márcio França, além de lideranças e candidatos dos partidos que apoiam Lula e Alckmin. (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Vinte prefeitos do PSDB do interior de São Paulo disseram a Geraldo Alckmin (PSB) e Márcio França (PSB) que devem apoiar Lula no 1.º turno. Nesta sexta (23), Alckmin anunciou no Twitter o apoio do prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB). O movimento, segundo França, se deve à possibilidade de Lula vencer já no 1.º turno. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Os prefeitos de Carapicuíba, Taubaté, Santo André, Jundiaí e Mairiporã, tucanos, fizeram a mesma sinalização. Aliados esperam, com isso, que Lula obtenha vantagem de oito pontos sobre Bolsonaro em SP.

 O apoio a Lula, no entanto, não veio com a adesão a Fernando Haddad (PT). Nesse caso, os prefeitos dizem manter aliança com Rodrigo Garcia. A campanha do petista torce, porém, para que esses prefeitos possam aderir em eventual 2.º turno contra Tarcísio.

"Censura nunca mais", diz Juliana Dal Piva, após cair censura sobre mansões compradas com dinheiro ilegal pelo clã Bolsonaro

 Família Bolsonaro comprou 51 imóveis em dinheiro vivo

(Foto: Reprodução)


247 – "Quero agradecer ao trabalho da equipe de advogados do UOL e a todos os colegas jornalistas de diferentes veículos que hoje noticiaram e defenderam o nosso trabalho. Quem ganhou no fim desta sexta foi o jornalismo e a democracia do Brasil. Muito obrigada. Censura nunca mais!", escreveu a jornalista Juliana Dal Piva, após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, derrubar a censura à reportagem sobre mansões compradas com dinheiro ilegal pelo clã Bolsonaro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça derrubou a decisão da Justiça do Distrito Federal e liberou a reportagem do Uol sobre imóveis avaliados em R$ 26 milhões e comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro. A medida vale até que a reclamação do portal Uol seja julgada pelo Supremo, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (23) pelo portal G1. 

Na decisão que está em sigilo, Mendonça disse que, no Estado Democrático de Direito, deve ser assegurado o amplo exercício da liberdade de expressão. Afirmou que a censura não encontra amparo na Constituição.

Tico Santa Cruz manda recado a Ciro: "perder com dignidade seria mais honrado"

 Pedetista passou a agredir até seus aliados

Ciro Gomes e Tico Santa Cruz (Foto: Br | Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados)

247 – "Ciro está deixando de ouvir quem estava ao seu lado na trincheira e passou a se juntar com gente que não só ajudou a criminalizar a esquerda, como está usando suas falas e não lhe dará voto, ainda  cuspirão em  no seu projeto.  Eu lamento. Perder com dignidade seria mais honrado", escreveu o cantor e compositor Tico Santa Cruz, em suas redes sociais.

Nos últimos dias, o candidato do PDT intensificou as agressões ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode vencer as eleições no primeiro turno, e passou a atacar até ex-aliados, como Caetano Veloso e o próprio Tico Santa Cruz.

Jovem é agredida na cabeça com madeira após crítica a Bolsonaro em bar: 'Vai apanhar que nem homem'

 Bolsonarista foi localizado em uma rua próxima, ainda com sangue de Estefane no rosto e nas mãos, após ser contido por moradores

(Foto: Reprodução/Twitter)

247 - "Uma jovem de 19 anos foi agredida em um bar de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, depois de, em uma conversa com amigos, serem feitas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relato de testemunhas, outro cliente do estabelecimento, ao ouvir os comentários, saiu em defesa do candidato à reeleição e deu início a uma discussão, que acabou culminando em sua expulsão do local pela proprietária. Em seguida, porém, ele retornou com um pedaço de madeira e atacou o grupo, atingindo Estefane de Oliveira Laudano com um golpe na cabeça", informa reportagem do jornal O Globo.

A jovem relata que estava conversando sobre política no local. "Nesse momento, esse homem, que eu nunca vi na vida, já se intrometeu dizendo que era Bolsonaro, perguntando qual era o problema. Respondi que nenhum, que ele estava no direito, mas que ninguém havia falado com ele". 

Esther afirma que o agressor insistiu nas ofensas, aos gritos, até que a dona do bar pediu para que ele se retirasse. De acordo com a jovem, o homem parecia alterado, como se estivesse embriagado. "Ele me chamou de 'maria-homem' e disse que era "gente que nem a gente que vota no Lula". Depois, foi embora, mas não demorou para voltar com esse pedaço de madeira. Começou a berrar que, "se eu era homem, então iria apanhar que nem homem". Eu parei na frente dele e falei: 'Então bate'."

"Estefane teria, então, entrado no meio da discussão, tentando afastar o agressor. O homem, no entanto, revidou, e ela acabou atingida pela quina do pedaço de madeira, que fez o corte em sua cabeça.Toda a confusão aconteceu em um bar no Centro de Angra dos Reis, por volta das 16h. Ferida, Estefane foi levada no colo de um amigo para a Santa Casa de Angra do Reis, situada a poucos metros do local do incidente. Depois, ela foi transferida para o Hospital Municipal da Japuíba, na mesma cidade, onde levou sete pontos na região do corte e permanece internada, com quadro estável.", relata a reportagem.

A reportagem ainda informa que, "depois de se certificar que a irmã estava bem, Esther conseguiu localizar dois policiais militares, que passaram a fazer uma ronda na região em busca do agressor. Ele foi localizado em uma rua próxima, ainda com sangue de Estefane no rosto e nas mãos, após ser contido por moradores. As testemunhas e o homem foram conduzidos para a 166ª DP, onde ele foi autuado em flagrante por lesão corporal. De acordo com o delegado Vilson de Almeida Silva, titular da unidade, o bolsonarista responderá em liberdade por se tratar de um crime de menor potencial".