sábado, 2 de julho de 2022

Cristina Serra: governo Bolsonaro é um campeonato de cafajestice

 Jornalista afirma que Pedro Guimarães é "mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo"

Cristina Serra (Foto: Divulgação)


247 - "Eis que aparece mais um forte concorrente ao título de cafajeste-mor desse governo", escreve a jornalista Cristina Serra, na Folha de S. Paulo. Ela refere-se a Pedro Guimarães, cujas denúncias de assédio sexual levaram a sua exoneração da presidência da Caixa Econômica Federal. 

Cristina afirma que Guimarães não é um "bolsonarista qualquer" e que, provavelmente, ele teve "cúmplices". 

"Em novembro de 2018, na fase de montagem do governo, a jornalista Julia Duailibi, em seu blog no G1, revelou quem é o sujeito. Ela contou que, em 2017, Guimarães, na época sócio de um banco privado, levara Bolsonaro para um giro com investidores, nos Estados Unidos. Quando pouca gente apostava em um deputado medíocre, o banqueiro comprou a ação na baixa e soube a hora de realizar os lucros".

Lula a banqueiros: ‘para que acumular tanto dinheiro, imbecil?'

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Diego Vara)


247 - O ex-presidente Lula fez a crítica mais contundente da pré-campanha presidencial ao setor financeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) nesta sexta-feira, 1, Lula se referiu a banqueiros usando o termo "imbecil" e defendeu a distribuição de riqueza. 

“Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah... o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (...) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”, defendeu, após afirmar que, durante seus governos, promoveu a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro através da elevação do poder de compra.

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista. Essa classe não busca o desenvolvimento do país e se acostumou ao capitalismo entreguista e parasitário, decorrente das políticas neoliberais pós-golpe de 2016. 

“Na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gastos, em política fiscal”, criticou o petista, cobrando dos representantes do setor discussões sobre políticas sociais. 

“Parece que eles vivem em uma redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles”, disse, ao final da entrevista ao programa Jornal da Bahia.

 

Grupo de judeus lançará manifesto suprapartidário em apoio à chapa Lula-Alckmin

 O manifesto diz ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo"

Lula e Alckmin (Foto: REUTERS/Carla Carniel | GovSP)


247 - Um grupo de intelectuais, políticos e advogados lançará na terça-feira, 5, um manifesto suprapartidário de defesa à chapa Lula-Alckmin, intitulado "Judeus e judias com Lula e Alckmin". As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. 

O manifesto defende a eleição de Lula já no primeiro turno e diz que Jair Bolsonaro acena para a possibilidade de um golpe militar. As lideranças judias dizem ainda ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo".

Entre os signatários estão os professores da USP André Singer e Raquel Rolnik, o advogado Alberto Toron e o vereador Daniel Annenberg (PSDB).

Confira:

Há quatro anos, durante a campanha eleitoral, o ovo da serpente já era visível. O candidato Jair Bolsonaro deixava muito claro que não era um extremista qualquer. Em suas declarações, mostrava seu desprezo pelas mulheres, negros, indígenas, LGBT+, todas as minorias e sua disposição de combater —se possível destruir— tudo que não estivesse de acordo com o seu estilo de vida miliciano, saudoso do fascismo.
Lamentavelmente, muitos se deixaram seduzir por um discurso pro-Israel.

De outra parte, muitos de nós, judeus, não se deixaram enganar pelo canto da sereia. Estivemos na porta do clube Hebraica-RJ, gritando em alto e bom tom, "não em nosso nome", quando ele pronunciou um de seus discursos mais abertamente racista e preconceituoso. Impedimos que fizesse o mesmo antes na Hebraica-SP.

Fizemos a campanha #elenão e criamos a plataforma Judeus contra Bolsonaro, que reuniu mais de 11 mil assinaturas e participou dos atos contra a candidatura extremista.

Perdemos as eleições e a barbárie tomou conta do país. Foram anos de trevas e desconstrução de direitos humanos, arrocho salarial e carestia, desprezo pela ciência, que oficialmente ceifou a vida de quase 700.000 pessoas. A fome voltou ao dia a dia de 33 milhões de brasileiros; mais de 6 mil militares foram colocados no comando de ministérios e cargos importantes do governo. O Centrão assumiu o orçamento federal e substituiu políticas públicas pela distribuição de verbas parlamentares a seus apaniguados. A Amazônia está sendo destruída e os filhos da floresta, seus defensores, assassinados. A imprensa, paulatinamente estrangulada.

Enfim chegamos ao ponto em que tudo isto pode mudar, as eleições se avizinham, embora os milicianos —de rua ou digitais— se organizem para calar as urnas e a Justiça. As urnas serão o campo de batalha e nosso voto, nossa arma. Com ele podemos devolver o Brasil a civilização. Um país de todos e para todos.
As pesquisas indicam que a eleição será decidida entre as chapas Lula/Alckmin e Bolsonaro/Seu vice. Não existe terceira via capaz de alterar esse quadro. O voto em uma terceira via é o mote que Bolsonaro precisa para ir ao segundo turno. E se houver um segundo turno, o próprio candidato acena para a possibilidade de um golpe militar. E trabalha por ele.

Daí a importância de que todos os democratas, judeus e não judeus, votem de maneira a impedir um segundo turno. Temos a obrigação e o desafio de derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo.
Não se trata de um apelo partidário, muito pelo contrário, é um chamado civilizatório.
Nós, Judeus contra Bolsonaro, abaixo assinados, somos Lula e Alckmin no primeiro turno.

Venham com a gente.

Mendes dá mais cinco dias para União responder propostas de governadores sobre ICMS

 Na última terça-feira, Mendes havia dado 48 horas para o governo federal avaliar propostas dos estados sobre o imposto

(Foto: Carlos Moura/SCO/STF | Reuters)


247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta sexta-feira, 1, mais cinco dias de prazo para a União se manifestar sobre as propostas apresentadas pelos governos estaduais para a cobrança do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) que incide sobre os combustíveis. Mendes é relator de ações que discutem a tributação desse imposto.

Na última terça-feira, Mendes havia dado 48 horas para o governo federal avaliar propostas dos estados sobre o ICMS. Recentemente, os estados recorreram à Corte para que uma decisão do ministro André Mendonça segundo a qual as alíquotas do ICMS devem ser uniformes em todo o território nacional fosse anulada. 

“Diante das variáveis político-fiscal-orçamentárias, o papel do STF, no contexto autocompositivo, é reconstruir pontes para devolver à arena político-legislativa a solução final, como sendo o melhor caminho para se tutelarem os interesses envolvidos após o desenrolar da mediação/conciliação”, escreveu o ministro. (Com informações do Estado de S. Paulo). 

Deputado do PDT diz que Ciro erra ao criticar Lula: "melhor seria focar no Bolsonaro"

 Chico D’Angelo (PDT-RJ) avalia que "há um erro na condução" da estratégia de Ciro

(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)


CartaCapital - O deputado federal Chico D’Angelo (PDT-RJ) criticou a estratégia de campanha do pré-candidato de seu partido à Presidência, Ciro Gomes, por conta de declarações relacionados ao adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista nesta sexta-feira, 1, ao programa Direto da Redação, do canal de CartaCapital no YouTube, o parlamentar afirmou que o Ciro comete “equívoco” na “crítica contundente” a Lula, porque falha em “desconstruir”  a imagem da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A campanha propositiva é correta. Eu discordo da crítica mais contundente ao Lula. Acho que esse é um equívoco“, afirmou D’Angelo.  “Hoje, acho que a prioridade do cidadão brasileiro é tirar essa figura chamada Bolsonaro da Presidência da República. E o Lula está, nas pesquisas, bem à frente. A possibilidade do crescimento do Ciro se dá em cima do Bolsonaro, e não do Lula. Então, acho que há um erro na condução, no ponto de vista de desconstruir o Bolsonaro com a perspectiva de ter duas candidaturas progressistas no segundo turno”.

Leia a íntegra na CartaCapital

“Bolsonaro jogou a presidência da República numa vala de vulgaridade sem precedentes”, diz Liana Cirne Lins

 Segundo a vereadora e jurista, Liana Cirne Lins, a demissão de Pedro Guimarães “está sendo realizada à revelia da intenção do governo”

(Foto: Guga Matos | Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - A vereadora pelo PT do Recife e jurista Liana Cirne Lins comentou as revelações de crime de assédio sexual e moral cometidos pelo então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que pediu demissão após as denúncias.

Para Liana, o silêncio do Planalto sobre o escândalo não causa surpresa. “Como o governo ia dizer uma palavra contra o assédio sexual quando essa demissão está sendo realizada à revelia da intenção do governo”, afirmou a jurista.

Liana lembrou do caso 'chega pra lá' de Bolsonaro a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr. Um vídeo viralizou nas redes sociais que mostra Jair Bolsonaro dizendo "fica para trás" e acenando em direção a Daniela, durante a participação em um ato em Balneário Camboriú, no sábado (25). 

“Estamos falando de um presidente da República que no final de semana mandou uma vice-governadora do estado de Santa Catarina ficar atrás. Com Bolsonaro estamos vivendo uma situação sem precedente. O mais alto cargo do país não pode ser conduzido por uma pessoa que não tenha decoro. Hoje, o palavrão é utilizado nos discursos públicos do presidente da República. Bolsonaro vai entrar para o lixo da história como o presidente mais desqualificado”, frisou.

“Daqui há cem anos as pessoas vão estudar nem que seja uma linha do Bolsonaro apontando que ele fez uma ruptura de paradigma: ele trouxe o cargo mais importante da República para uma esfera de vulgaridade e falta de decoro sem precedentes”, completou.