domingo, 26 de junho de 2022

"Mais do que um projeto político, a Lava Jato era um projeto político de viés totalitário", diz Gilmar Mendes

 “Hoje, estou absolutamente convicto disso, de que havia um projeto de poder", disse o ministro do STF

Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que a operação Lava Jato era “mais do que um projeto político, a Lava Jato era um projeto político de viés totalitário: uso de prisão para obter delação e cobrança para que determinadas pessoas fossem delatadas”.

“Hoje, estou absolutamente convicto disso, de que havia um projeto de poder. Os senhores vão se lembrar, por exemplo, de Curitiba. Sem nenhum menoscabo, mas está longe de Curitiba ser o grande centro de liderança intelectual do Brasil. Não obstante, Curitiba passou a pautar-nos. Tinha normas que praticamente proibiam o habeas corpus. Normas tão radicais quanto a do AI-5. Proibição de liminares e coisas do tipo”, disse o ministro. 

Ainda segundo ele, os desvios da força-tarefa judicial responsável pela operação e que foram revelados pela “Vaza Jato”, como ficaram conhecidas as reportagens sobre o assunto, “fizeram com que a Lava Jato saísse do status de maior operação de combate à corrupção para o maior escândalo judicial do mundo".


Sob pressão, ministro da Justiça nega ter vazado a Bolsonaro informações da operação da PF que prendeu Milton Ribeiro

 "Asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF ", disse Anderson Torres

Anderson Torres (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, negou que ter discutido com Jair Bolsonaro (PL) detalhes sobre o andamento da operação da Polícia Federal que resultou na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela suspeita de corrupção e tráfico de influência.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF.

Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem”, postou Torres no Twitter. 

A possibilidade de que o vazamento de detalhes da operação tenha sido feito por Jair Bolsonaro veio à tona após a divulgação do áudio de uma conversa telefônica, autorizada pela Justiça, entre Ribeiro e a filha. Na conversa, Ribeiro disse ter recebido uma  ligação do atual ocupante do Palácio do Planalto afirmando que havia tido “um pressentimento” de que ele seria alvo de mandados de busca e apreensão. 

O diálogo aconteceu no dia 9 de junho, um dia após Torres e outros integrantes do governo viajarem para os Estados Unidos. No dia 9, a comitiva participou da reunião da Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles.

Em outra conversa telefônica interceptada pelos investigadores com autorização da Justiça, a esposa de Milton Ribeiro, Myrian Ribeiro, disse a um interlocutor que o ex-ministro "tava sabendo" com antecedência da realização de uma operação contra ele. 

Veja a postagem de Anderson Torres. 


Aliados de Jair Bolsonaro montam 'operação abafa' para tentar barrar criação de CPI do MEC

 Foco central está em fazer com que parlamentares retirem seus nomes do requerimento que pede a investigação do escândalo envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro

(Foto: ABr)


247 - A crise deflagrada pela revelação de um telefonema interceptado pela Polícia Federal em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro menciona Jair Bolsonaro virou alvo de uma “operação abafa” por parte de aliados do Planalto. De acordo com o jornal O Globo, o foco central dos bolsonaristas é barrar a criação da CPI do MEC, que já conta com 27 assinaturas, número mínimo para que o colegiado seja viabilizado. 

Nesta linha, os aliados de Jair Bolsonaro já teriam identificado que o senador Giordano (MDB-SP), o último que registrou apoio à comissão, poderá retirar o seu nome da lista dos que assinaram o requerimento. “Segundo integrantes do governo, o parlamentar estaria insatisfeito com demandas não atendidas pelo Executivo. Giordano diz que não negocia a sua opinião, mas está disposto a ouvir o Planalto”, destaca o periódico.

Ainda segundo a reportagem, os articuladores políticos do Planalto também devem tentar reverter o apoio do senador Eduardo Braga (MDB-AM). O parlamentar, contudo, já disse publicamente que não irá retirar sua assinatura do pedido de abertura de uma investigação envolvendo o ex-ministro e liberação de recursos do Ministério da Educação por meio da formação de um gabinete paralelo formado por pastores mediante o recebimento de propinas. 

“Outra frente que aliados do presidente monitoram com cautela é a investigação envolvendo Milton Ribeiro. Três pessoas de confiança de Bolsonaro relataram ao GLOBO terem sido informadas de que, até o momento, não há vestígios de novas gravações com potencial de atingir o titular do Palácio do Planalto. Com isso, o governo pretende manter o discurso de que não há provas de que Bolsonaro interferiu no inquérito da PF, nem de que vazou informações sigilosas para alvos da operação que apura irregularidades no MEC”, diz o jornal. 

Ombudsman critica Folha por esconder vitória de Lula em primeiro turno

 O jornalista José Henrique Mariante observa que o jornal só "acordou horas depois" para a relevância do dado contido na pesquisa divulgada na quinta-feira

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O jornalista José Henrique Mariante, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou o jornal por esconder a notícia de que a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira  (23) não destacou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a disputa presidencial, pode ser eleito no primeiro turno.

“Entre os vários títulos publicados pela Folha na quinta-feira (23) sobre a nova pesquisa Datafolha (em fatiamento excessivo do levantamento, estratégia para ranquear melhor nos mecanismos de busca), um falava do que interessa: "Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos no 1º turno ante 32% de Bolsonaro". 

Perfeito, mas a notícia de verdade é que tais números fazem Lula levar no primeiro turno”, ressalta o ombusdman.  “O jornal acordou horas depois, alterando o enunciado para ‘Datafolha: Lula tem 53% dos votos válidos e poderia vencer no 1º turno’”, completa. 

"Vai pra trás, meu Deus do céu", diz Bolsonaro em 'chega pra lá' na vice-governadora de Santa Catarina (vídeo)

 Daniela Cristina Reinehr é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução/ Twitter @Adrieli_S)


247 - A passagem de Jair Bolsonaro (PL) pela cidade de Balneário Camboriú (SC), onde participou da Marcha para Jesus, realizada no sábado (25), foi marcada pela grosseria feita pelo atual ocupante do Palácio do Planalto contra a vice-governadora, Daniela Cristina Reinehr, que é do mesmo partido. Bolsonaro se aproximou de apoiadores na beira da praia de mãos dadas com o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ao perceber a aproximação de Reinehr, Bolsonaro disparou: “vai pra trás, meu Deus do céu”.

Surpreendida pela grosseria, a vice-governadora obedeceu a ordem imediatamente .No vídeo é possível ouvir uma mulher espantada com a atitude dizer: “meu Deus". 

Veja o vídeo.


"Nova onda progressista na América Latina será mais forte do que a anterior", diz Celso Amorim

 "Mas será uma esquerda social-democrata, disposta a dialogar com os Estados Unidos", destaca o chanceler

Celso Amorim, Lula e Gustavo Petro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)


247 – O embaixador Celso Amorim, ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a América Latina viverá uma nova onda progressista, ainda mais forte do que a anterior. "A vitória de Gustavo Petro na Colômbia é uma reação ao neoliberalismo, que está em franca decadência na América do Sul", diz ele.

O embaixador, no entanto, faz um alerta importante. "A extrema direita vai concentrar fogos no Brasil", avisa. Celso Amorim destaca que as reações à vitória de Petro foram civilizadas na Colômbia e também nos Estados Unidos. "Nunca houve golpe no Brasil sem apoio da grande mídia, da elite brasileira e dos Estados Unidos. Bolsonaro não tem nenhum dos três elementos", diz ele.

Ao reforçar a tendência de uma nova onda progressista na América Latina, ele diz que ela será protagonizada por uma esquerda social-democrata, disposta  a dialogar com os Estados Unidos, mas sem abrir mão da soberania. "A vitória de Lula vai fortalecer muito a América do Sul. E vai fortalecer o mundo multipolar", diz ele. "Mas o Brasil não pode sair do quintal americano e cair num pátio chinês", acrescenta. Amorim diz ainda que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) podem ser um elemento na pacificação do mundo.

"Bolsonaro e seu ministro da Justiça cometeram crime de obstrução judicial", diz Tereza Cruvinel

 Jornalista comentou caso Milton Ribeiro e o papel de Anderson Torres no vazamento de informações

(Foto: Roque de Sá/Agência Senado | Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - A jornalista Tereza Cruvinel, da TV 247, comentou os desdobramentos do caso Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação preso no âmbito da operação Acesso Pago, que investiga irregularidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Ela apontou os crimes cometidos por Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, ao terem supostamente vazado a Ribeiro informações sobre a realização de uma operação da Polícia Federal:

“No dia 9 de junho, quando Bolsonaro ligou para o Milton Ribeiro dizendo que estava com um pressentimento, ele estava ao lado do ministro da Justiça. Isso não pode acontecer, o presidente da República receber informação do ministro que chefia a Polícia Federal, e a investigação envolver um ex-ministro do governo. É inconcebível que um presidente da República faça isso. É um crime funcional e um crime de obstrução de justiça, cometido também pelo ministro da Justiça”. 

Bolsonaro estava ao lado do ministro da Justiça quando disse a Milton Ribeiro ter "pressentimento" sobre ação da Polícia Federal

 Ao ligar para o investigado, Jair Bolsonaro cometeu crime de obstrução judicial, em mais um motivo para impeachment

Jair Bolsonaro durante encontro com o Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Gustavo Torres. (Foto: Carolina Antunes/PR)


247 – O crime de obstrução judicial atribuído a Jair Bolsonaro, por ter alertado o ex-ministro Milton Ribeiro sobre uma ação da Polícia Federal, pode envolver também o ministro da Justiça, Anderson Torres. "O presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em viagem aos Estados Unidos quando, segundo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, ligou para alertar que ele poderia ser alvo de buscas na investigação sobre o gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação (MEC). Bolsonaro viajou a Los Angeles para participar da IX Cúpula das Américas. Ele também teve um encontro com o presidente americano Joe Biden. O ministro da Justiça, Anderson Torres, estava na comitiva brasileira. A Polícia Federal (PF), responsável pela operação que dias depois chegou a prender Ribeiro, integra a pasta. A PF mantém o ministro informado de suas missões diariamente. A própria agenda oficial de Torres cita a participação no evento", informam os jornalistas Fausto Macedo, Rayssa Motta, Pepita Ortega e Julia Affonso, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.

"Em uma conversa telefônica interceptada, o ex-ministro da Educação indicou ter sido alertado pelo presidente sobre o risco de abrirem buscas contra ele", prosseguem os jornalistas.

– Ele (Bolsonaro) acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa”, afirma. 

A ligação, com a filha, é interrompida tão logo ela informa que está ligando do “celular normal”.  

– Ah é? Ah, então depois a gente se fala”, responde Milton Ribeiro. 

Anitta diz que Bolsonaro não representa brasileiros em programa de maior audiência da TV francesa

 "Ele não representa de jeito nenhum os brasileiros, nós somos super respeitosos", disse Anitta ao ataque misógino endossado por Bolsonaro contra a primeira-dama Brigite Macron

(Foto: Reprodução)

RFI A cantora brasileira Anitta foi convidada para falar de seu novo álbum "Versions of me" no talk show de maior audiência da TV francesa, o Quotidien, do canal TMC-TF1, na noite desta sexta-feira (24).

No programa, Anitta foi perguntada sobre o presidente Jair Bolsonaro e, sem mencionar seu nome - "pois isso traz energias ruins", se apressou em dizer que ele "não representa os brasileiros". 

"Como vai Bolsonaro?", perguntou o apresentador do programa, Yann Barthès, em português. Anitta, que falou durante mais de dez minutos sobre vários assuntos, alternando entre o francês e o português, disse que não pronunciava o nome dele, que o chamava de Voldemort - em referência à saga Harry Potter -, "aquele que não deve ser nomeado". 

Barthès insistiu: "Mas eu posso dizer?". Anitta fez uma cara de descontente e disse: "Se você quiser (...) É que, para mim, a política é muito importante e eu, como celebridade, como cantora... o público sempre está vendo o que eu falo. Eu gosto de passar para o público o meu pensamento político também. E eu não concordo com muita coisa que esse presidente faz: acho que ele estimula o racismo, o preconceito, tudo de ruim", afirmou. 

"O preconceito é inaceitável, ao meu ver", continuou a cantora, que, em seguida, lembrou que Bolsonaro teve uma "questão com o presidente francês", Emmanuel Macron, e a primeira-dama, Brigitte Macron. Yann Barthès disse que "ele não foi muito elegante", fazendo referência ao episódio em que o brasileiro endossou o comentário de um internauta no Facebook que ironizava a esposa do chefe de Estado francês. Anitta se apressou em deixar claro: "Ele não representa de jeito nenhum os brasileiros, nós somos super respeitosos". 

Superstar mundial

No programa, Anitta, que foi apresentada como "superstar sul-americana que virou superstar mundial", defendeu a liberdade dos corpos - todos os tipos de corpos. E disse que ela mesma dirige os seus videoclips, que são uma extensão de suas músicas. 

O apresentador Yann Barthès apresentou vários clips da cantora no programa e comentou especificamente "Girl from Rio": "é meio louco para nós, franceses, um pouco travados, ver a relação incrível dos brasileiros com os corpos", disse.

"Nós, brasileiros, somos muito livres. Eu gosto de passar a mensagem que a gente pode fazer o que a gente quiser: homem, mulher... Existe uma cultura onde o homem pode tudo; quando as mulheres fazem as mesmas coisas que os homens, elas são julgadas, Então eu gosto de quebrar esse tabu", respondeu Anitta. 

Língua sexy

Anitta, que se disse admiradora da cultura francesa, contou que começou a aprender a língua durante o confinamento e que acha o francês uma língua "muito sexy". Yann Barthès rebateu dizendo também considerar a "língua brasileira" sexy.

A cantora disse que começou a estudar francês no Instagram com seus milhões de seguidores, para juntos aprenderem a língua de Molière.Ela disse ainda que seu filme preferido "da vida" é o francês "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", de Jean-Pierre Jeunet (2001). Ela teve o seu francês elogiado ao final de sua participação e foi convidada a voltar a Paris e ao programa. 

Anitta também foi questionada sobre Neymar e o PSG e disse: "Eu não entendo nada de futebol, são vocês que vão ter que me dizer. Se vocês gostam dele, vocês me dizem e eu levo a mensagem para o Brasil", disse.

 A artista começa neste mês uma turnê europeia com shows em Portugal, França, Itália e Suíça - incluindo o icônico Festival de Jazz de Montreaux -, entre outros. 

Renan diz que acordou com pressentimento: "Bolsonaro vai ser preso por aparelhar a PF"

 Senador reagiu com ironia à revelação feita por Milton Ribeiro de que Jair Boslonaro o alertou sobre a operação da PF

Renan Calheiros e Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL) ironizou a revelação de que Jair Bolsonaro avisou ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro que ele seria alvo de operação da Polícia Federal. 

"Hoje acordei com um pressentimento: Bolsonaro vai ser preso por aparelhar a PF. Eu sei, mas não posso dizer por que sei. Como ele mesmo diz, pressentimento não é crime. Mas às vezes se confirma", escreveu Renan pelo Twitter. 

Em conversa interceptada pela PF, Ribeiro diz para a filha que "isso pode acontecer, se houver indícios" e que Bolsonaro estava com um pressentimento de que queriam atingi-lo por meio do ex-ministro. No final, a filha alerta que ligou para o pai no "celular normal". O ex-ministro, então, desconversa e encerra a ligação.

Nas redes sociais, com a divulgação da conversa entre Ribeiro e sua filha, Bolsonaro ganhou o apelido de "sensitivo", numa crítica ao presidente que teria informações privilegiadas sobre a operação da PF.

Milton Ribeiro foi solto nesta quinta-feira (23), depois que o juiz federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), revogou a prisão preventiva do ex-ministro e de Gilmar Santos e Arilton Moura.






Aparecem comprovantes de depósitos para pastores picaretas no escândalo Milton Ribeiro

 Genro do pastor Gilmar Santos recebeu R$ 17 mil em negociação de evento com a presença do então ministro Milton Ribeiro

Arilton Moura e Gilmar Santos com Bolsonaro e Milton Ribeiro com Gilmar Santos (Foto: Reprodução)


247 - O genro do pastor bolsonarista Gilmar Santos, Wesley Costa de Jesus, recebeu R$ 17 mil em negociação de evento com a presença do ex-ministro Milton Ribeiro, no interior de São Paulo. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, em novas revelações sobre a corrupção no Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro. 

Comprovantes de depósitos realizados nas contas de parentes dos pastores suspeitos foram enviados à Controladoria-Geral da União (CGU) pelo empresário José Edvaldo Brito. Segundo informação divulgada no Jornal Nacional deste sábado (25), o comprovante de pagamento data do dia 05 de agosto de 2021. O depositante é a Sime Prag do Brasil LTDA ME (uma empresa de dedetização).

Gilmar dos Santos é um dos pastores que foram alvo da operação da PF nesta quarta (22). O outro é Arilton Moura. Os dois são investigados por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

O parecer do Ministério Público que serviu de base da operação contra os pastores e o ex-ministro menciona um relatório da CGU e cita que "Danilo Felipe Franco realizou três transferências bancárias a pessoas ligadas ao pastor Arilton Moura, totalizando R$ 67 mil. Os três depósitos, para Wesley, Musse e Helder, somam R$ 67 mil".

Segundo o JN, o evento do ministro Milton Ribeiro com prefeitos da região de Nova Odessa, aconteceu em 21 de agosto, 16 dias depois dos pagamentos. O evento foi organizado pelos pastores que estão sob investigação. 

Segundo as investigações da Polícia Federal, o pastor Arilton Moura pediu R$ 100 mil ao empresário José Edvaldo Brito, em troca da realização do evento em Odessa. O empresário disse que fez os depósitos a pedido do pastor Arilton Moura. Segundo ele, os recursos seriam para ações filantrópicas.