sábado, 28 de maio de 2022

Maioria da população acredita que ameaças de Bolsonaro devem ser levadas a sério, diz pesquisa

 Cerca de 56% da população acredita que as ameaças golpistas do presidente não devem ser ignoradas pelas instituições

Maioria dos brasileiros acredita que ameaças de Bolsonaro devem ser levadas a sério, segundo o Datafolha. Imagem: Reprodução

Como mostra a pesquisa feita pelo Datafolha, cerca de 56% da população acredita que as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), como ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além das constantes ameaças sobre as eleições, devem ser levadas a sério pelas instituições.

Contudo, uma porcentagem de 36% acredita que as afirmações de Jair não terão consequências, e 8% afirmam não saber opinar.

Na última quarta (25) e quinta-feira (26), a pesquisa ouviu 2.556 eleitores, acima de 16 anos em mais de 150 cidades do país. A margem de erro é dois pontos percentuais, para mais ou menos. O resultado está registrado no TSE, número BR-05166/2022.

Entre os entrevistados que nasceram após a redemocratização no Brasil, de 16 a 24 anos, os quais correspondem a 14% da análise, a conclusão de que as ameaças golpistas do presidente devem ser levadas a sério chega a 67%, contra 26% que não acreditam no risco e 8% que não opinam.

Já no caso de 60 anos ou mais, os números são mais ”balanceados”, em que 46% vê necessidade de atenção, 45% não acredita que precisam se preocupar, e 9% não sabem.

Todavia, neste aspecto da pesquisa, tanto os que votam em Bolsonaro, quanto os que votam em Lula, chegam a 57% os que acreditam que as instituições precisam se posicionar, chegado a visões parecidas nos dois polos, diferente do que é visto em outros âmbitos da análise.

Fonte: DCM

Governo dará reajuste de 5% a servidores e bloqueio no Orçamento deve superar R$15 bi: Reuters

 O decreto para bloquear esse valor dos ministérios está em finalização

(Foto: Esplanada dos Ministérios)

Reuters - O governo ampliará o bloqueio no Orçamento deste ano de 10 bilhões de reais para um valor total que pode superar 15 bilhões de reais, informaram à Reuters duas fontes do Ministério da Economia, justificando que o corte é necessário para incluir nas contas reajuste geral de 5% aos servidores públicos federais.

De acordo com as fontes, que falaram sob condição de reserva, o decreto para bloquear esse valor dos ministérios está em finalização.

Segundo um dos membros da pasta, a trava nos gastos atingirá com mais força os ministérios da Saúde, Educação, Defesa e Ciência, Tecnologia e Inovações.

Após fazer um corte de 1,7 bilhão de reais em emendas parlamentares há dois meses, o governo havia indicado na semana passada a necessidade de fazer um bloqueio adicional de 8,2 bilhões de reais, atingindo patamar de quase 10 bilhões de reais.

O valor não incluía a previsão de reajustes salariais. Com a decisão de incorporar esse novo gasto, a conta foi refeita, segundo as fontes.

O corte adicional, portanto, deve passar de 8,2 bilhões de reais para pouco menos de 14 bilhões de reais. Somado ao bloqueio de 1,7 bilhão de reais já realizado, a trava total deve superar 15 bilhões de reais.

O bloqueio do Orçamento é um mecanismo usado para evitar que o governo estoure a regra do teto de gastos, que limita as despesas públicas.

O reajuste de 5% a partir de julho para todos os servidores ainda não foi anunciado oficialmente. O custo da medida para o Poder Executivo é estimado em 6,3 bilhões de reais apenas para os seis meses de vigência deste ano.

Em abril, quando o percentual de 5% passou a ser ventilado pelo governo, representantes de carreiras do serviço público demonstraram insatisfação. Algumas categorias pedem aumentos superiores a 20%.

As mobilizações de servidores em busca de reajuste são observadas em órgãos como Controladoria-Geral da União, Receita Federal, Tesouro Nacional e Banco Central. As paralisações estão afetando serviços nos órgãos e a divulgação de indicadores pelo governo.

Além da despesa com o reajuste, o bloqueio das contas será necessário por causa de aumentos nas estimativas de gastos com sentenças judiciais (4,8 bilhões de reais), Proagro (2 bilhões de reais) e Plano Safra (2,3 bilhões de reais).

Luciano Hang celebra chacina e diz que Bope diminui número de eleitores de Lula

 Postagem do empresário causou a revolta de internautas

(Foto: Reprodução)

 247 - O empresário bolsonarista Luciano Hang foi criticado por fazer uma "piada" sobre a chacina da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que deixou 26 mortos. 

Negacionista das pesquisas eleitorais que apontam a vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno, Hang associou os mortos na chacina a eleitores do petista e celebrou a matança. 

"Você sabe a diferença do IBOPE para o BOPE? O IBOPE aumenta o número de eleitores do Lula e o BOPE diminuiu", escreveu Hang no Twitter.

Um internauta rebateu: "vc está fazendo piada com a chacina no Rio de Janeiro? Sua falta de humanidade parece não ter limites. Nunca esperei nada de bom de vc ou do Salles, mas vcs se superam".

"Quem mesmo sendo milionário sonega imposto comete crime ou não?", questionou outro.

"A quantidade de cabelo é proporcional a quantidade de vergonha na cara", criticou um internauta.

"Outubro está logo ali, vai acabar a mamata do Zé Carioca", escreveu um usuário do Twitter.


Covid: Ministério da Saúde recomenda dose de reforço para adolescentes

 Imunizante deve ser aplicado quatro meses após segunda dose

(Foto: GovSP)


Agência Brasil - Em nota divulgada na noite de sexta-feira, 27, o Ministério da Saúde ampliou para adolescentes, entre 12 e 17 anos, a recomendação para a dose de reforço da vacina contra covid-19. A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente. Se houver indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser usada.

A recomendação também vale para adolescentes gestantes e puérperas. Tanto o imunizante da Pfizer quanto a Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser utilizada.

Estudo

Em abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas alertou para a importância da dose de reforço em todas as pessoas. Uma pesquisa conduzida pela fundação mostrou o reestabelecimento da proteção após a aplicação da segunda dose.

Após a aplicação dessa dose, o nível de anticorpos presentes no organismo cai. Com a dose de reforço, a proteção é restabelecida. As análises mostraram que a chamada taxa de soropositividade passou de 98%, após 30 e 60 dias da aplicação da vacina, para 69%, no período que compreendeu entre 91 e 180 dias após a vacinação. Com a aplicação do reforço da Pfizer, esses índices foram restabelecidos, chegando a 100% de soropositividade 15 dias após a aplicação

"Se tentarem privatizar a Petrobrás, este governo vai enfrentar a maior greve da história", diz Deyvid Bacelar

 “Isso não é um blefe, uma ameaça com palavras ao vento”, afirmou o sindicalista da FUP à TV 247

Deyvid Bacelar (Foto: Reuters | Reprodução/Facebook)

247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse em entrevista à TV 247 que a categoria vai cruzar os braços no que ele chamou de “maior greve da história” caso Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros decidam avançar nos estudos para um projeto de lei que viabilize a privatização da Petrobrás.

“Nós já estamos com aprovações de assembleias. Desde dezembro do ano passado a categoria vem dizendo que se Bolsonaro, Paulo Guedes [ministro da Economia] e Adolfo Sachsida [ministro de Minas e Energia] e o novo presidente da Petrobrás tiverem a audácia e ousadia de colocar um projeto de lei de privatização da Petrobrás, esse governo, em ano eleitoral, vai enfrentar a maior greve da história da categoria petroleira”, alertou.

Bacelar ressaltou que diferentemente do que vem pregando - que a culpa da alta de preços dos combustíveis é dos governadores -, Bolsonaro é sim o principal responsável pela disparada dos preços. 

“Ele tenta se eximir da responsabilidade, mas a culpa do aumento dos preços dos combustíveis é de Bolsonaro. Ele indica os presidentes da Petrobrás e a maioria dos membros do Conselho de Administração. Se o preço está aumentando é porque o governo federal não quer ir de encontro, se desgastar com os acionistas minoritários, a quem ele [Bolsonaro] deve favor”, complementa.

O sindicalista também fez comentários sobre a nova indicação de Bolsonaro à presidência da Petrobrás, na tentativa de “fechar o cerco” para privatizar a estatal.

“Além de dois ministros [Economia e Minas e Energia], Bolsonaro coloca na presidência da Petrobrás alguém que é ‘lacaio’ deles [Paulo Guedes e Adolfo Sachsida], da área de TI [Tecnologia da Informação], que já ganhou muito dinheiro com as privatizações feitas no sistema de telecomunicações aqui no Brasil, com o argumento de ‘baratear’ o acesso à internet com os grandes provedores em toda a América Latina”, finalizou. 

Bolsonaro nega a realidade, contesta pesquisa e acusa Datafolha de cretinice

 Em sua live, Bolsonaro insinuou que o Datafolha estaria atuando de forma parcial

(Foto: Reprodução)


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira pesquisa Datafolha que apontou uma ampliação da vantagem de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e considerou uma "canalhice" os dados que apontaram uma divisão do eleitorado evangélico entre os dois adversários.

Na live semanal realizada pelas redes sociais, Bolsonaro também voltou a carga de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e acusou as medidas de combate às chamadas fake news de tentativas de levar os cidadãos a uma "prisão fora da cela".

Bolsonaro insinuou que o Datafolha estaria atuando de forma parcial.

"Será que o Datafolha está jogando, fazendo tabelinha com uma instituição por aí que diz que lá tudo é inexpugnável? O que está acontecendo?", disse o presidente, sem entrar em detalhes.

Bolsonaro também citou dado do levantamento segundo o qual os eleitores evangélicos estariam divididos entre ele e Lula. "Isso aqui não é fake news, isso é uma canalhice", disse o presidente.

Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira apontou que Lula abriu 21 pontos de vantagem sobre Bolsonaro ao registrar 48% da preferência dos eleitores, ao passo em que o atual mandatário registra 27% de intenção de voto. Pelos números apresentados, o petista alcançaria vitória ainda no primeiro turno, com 54% dos votos válidos ante 30% do atual presidente.

Na espontânea, o petista também ampliou sua liderança e é o nome citado por 38%, enquanto Bolsonaro é lembrado por 22% dos entrevistados. Segundo o Datafolha, este é o melhor índice obtido pelo pré-candidato do PT desde o início da atual série histórica do instituto.

No recorte entre os evangélicos, a pesquisa demonstrou uma divisão no eleitorado: 39% responderam que irão votar no atual presidente, enquanto 36% disseram preferir Lula. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, se levado em conta apenas o recorte evangélico, segundo o Datafolha.

Brasileiros querem decidir eleição no primeiro turno, diz Gleisi Hoffmann

 Isso explica, na sua visão, a pesquisa Datafolha, que aponta vitória de Lula na primeira volta da disputa presidencial

Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – A deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), atribuiu os excelentes resultados da mais recente pesquisa Datafolha, que apontam vitória do ex-presidente Lula em primeiro turno, à catástrofe econômica de Jair Bolsonaro e ao desejo dos brasileiros de resolver a disputa em primeiro turno. "As pessoas querem decidir logo, porque isso tem a ver com a vida delas", disse ela, em entrevista a Julia Chaib e Bruno Boghossian, na Folha de S. Paulo. "O eleitor está querendo antecipar o resultado. Nós tivemos um estudo que mostra uma consolidação muito grande de votos, de mais de 70% tanto em Lula como em Bolsonaro. Mostra uma vontade do eleitor de decidir logo. É uma eleição polarizada, são dois campos distintos, e as pessoas querem resolver", acrescentou.

Gleisi disse ainda que o PDT não deve retirar a candidatura de Ciro Gomes. "Eu não tenho conversado com o presidente do PDT, Carlos Lupi, até em respeito à decisão do PDT de ter candidatura. Não tem pressão nossa sobre Ciro Gomes. Nunca teve, isso não é uma diretriz da campanha. Nós mostramos disposição de conversar. Eles não têm disposição, e nós respeitamos", disse ela, que também não acusou o pedetista de ser linha auxiliar do bolsonarismo. "Nós nunca falamos isso. Agora, que a militância do Bolsonaro tem utilizado o Ciro para tentar atingir o Lula, isso tem", afirmou.


Aneel mantém bandeira tarifária verde para o mês de junho

 De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, não haverá cobrança extra na conta de luz no próximo mês

IBGE: reajuste na tarifa de energia pressiona inflação (Foto: Divulgação)


Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu acionar a bandeira verde no mês de junho para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com a agência, dessa forma, não haverá cobrança extra na conta de luz no próximo mês.

É o segundo anúncio de bandeira verde realizado pela Aneel desde o fim da Bandeira Escassez Hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril deste ano. Em maio, a agência já havia acionado a bandeira verde. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.

Bandeiras Tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras
vermelha ou amarela, a conta sofre um acréscimos, que variam de R$ 1,874 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumido a 9,492 por 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A
demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Governo Bolsonaro corta mais de R$ 3 bilhões do orçamento do MEC

 O objetivo do corte é atender ao teto de gastos, regra fiscal que proíbe investimentos públicos

Ministério da Educação (MEC) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)


247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) determinou um corte de R$ 3,23 bilhões do orçamento do Ministério da Educação de 2022. O bloqueio também atinge todos os órgãos ligados à pasta, como institutos e universidades federais. O objetivo do corte é atender ao teto de gastos, regra fiscal que proíbe investimentos públicos e limita o crescimento das despesas à variação da inflação. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (27) pelo jornal Folha de S.Paulo

O dinheiro também faltará no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). 

Presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Claudio Alex Jorge da Rocha afirmou que o bloqueio "vai agravar ainda mais a delicada situação orçamentária que já nos encontramos, e deverá ter impactos em todas as nossas áreas, desde o custeio da instituição, como limpeza e segurança, até nas atividades essenciais de ensino, pesquisa e extensão, com cortes de bolsas e comprometimento das visitas técnicas e dos laboratórios".