247 - Jair Bolsonaro afirmou quinta-feira (12) que as Forças Armadas “não estão se metendo nas eleições”, após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin dizer que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”.
Durante transmissão semanal nas redes, Bolsonaro voltou a dizer que os militares foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar do processo de outubro deste ano. “Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas. […] Não se refira dessa forma às Forças Armadas. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro disse ainda que Fachin, agora como presidente, tem poder para revogar a medida de Barroso. “Não estou pedindo para o senhor fazer isso, não. Mas o senhor pode revogar a portaria. Enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas estão convidadas. Não existe interferência. Ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Nada disso”, afirmou.
Apesar das declarações de Bolsonaro, um inquérito da Polícia Federal mostra que o general Luiz Eduardo Ramos e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), ligada ao Gabinete de Segurança Institucional chefiado pelo general Augusto Heleno, atuaram na busca de informações contra as urnas eletrônicas desde 2019.