sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

PT entrega a Lula lista de ministérios dos quais não abre mão de comandar e entra em disputa com aliados

 Uma das pastas é a de Desenvolvimento Social, cortejada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), por exemplo

Alckmin, Gleisi Hoffmann, Lula, Mercadante e Randolfe Rodrigues (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

247 - Em encontro com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (1), a bancada do PT apresentou uma lista de ministérios dos quais não abre mão de comandar a partir de 2023. São eles: Fazenda, Casa Civil, Articulação Política, Desenvolvimento Social, que cuida do Bolsa Família, Saúde e Educação. 

Segundo o jornal O Globo, os desejos do PT entram em rota de colisão com os de aliados. A pasta de Desenvolvimento Social, por exemplo, é cortejada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi aliada importante de Lula no segundo turno da eleição presidencial e é dada como certa no anúncio do ministério do novo governo.

Um integrante da cúpula do PT explicou que o partido organizou os ministérios em em três categorias: os da cota pessoal de Lula (Articulação Política, Justiça, Fazenda e Casa Civil), os de órgãos de Estado (Itamaraty, Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União) e os demais, que poderão ser distribuídos entre os partidos aliados.

Líderes petistas acham pouco provável, mas pastas como Saúde e Educação poderão ficar sob o comando de legendas aliadas. Tudo depende do cenário de construção de governabilidade. "Cálculos iniciais apontam que o partido teria pelo menos 15 ministérios para legendas da base", diz a reportagem.

"O quebra-cabeça da nova Esplanada será construído por Lula também levando em conta o tamanho das bancadas na Câmara e no Senado. Por esse cálculo, legendas aliadas como PCdoB, PSOL e Rede ficariam com um ministério cada", afirma ainda.

Perguntado se o PT comandará menos pastas do que nas gestões petistas anteriores, o vice-presidente da legenda, deputado José Guimarães, declarou: "nós vamos ter menos na matemática, e mais no mérito", se referindo à importância das pastas que o PT deve administrar.

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