O ex-deputado e aliado de Jair Bolsonaro atirou contra policiais federais que foram à casa do petebista cumprir uma determinação do STF
247 - O Ministério Público Federal denunciou nesta quarta-feira (7) o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) após o ex-parlamentar ter atirado contra policiais federais no dia 23 de outubro, quando agentes foram à casa dele em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio. O petebista afirmou ter dado mais de 50 tiros de fuzil na direção dos agente. A informação foi publicada pelo portal G1.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes hacvia determinado a prisão de Jefferson. De acordo com o juiz, o petebista descumpriu determinações do Judiciário para o cumprimento de prisão domiciliar - o ex-parlamentar é investigado por suposto envolvimento em esquemas de produção de fake news contra o Estado Democrático de Direito. Uma das medidas que ele deveria obedecer na prisão domiciliar é não participar de redes sociais, mas apareceu em um vídeo com ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do STF.
De acordo com a denúncia do MPF, "consta nos autos ter sido preso em flagrante, no dia 23 de outubro de 2022, por volta das 19h15, em sua residência localizada em Comendador Levy Gasparian-RJ, o ora denunciado Roberto Jefferson, porque, dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, tentou matar 4 Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum".
"Usou como meio recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função descritos no artigo 144 da Constituição Federal e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade", acrescentou.
A denúncia foi assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.
Outro lado
A defesa do ex-parlamentar pediu a suspeição do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) de Alexandre de Moraes em todos os processos contra o ex-deputado, inclusive a ação contra policiais federais.
A ministra Rosa Weber, presidente do STF, vai ser a nova relatora do caso.
Segundo os advogados de Roberto Jefferson, Moraes agiu de forma parcial no processo. "Surge patente parcialidade para funcionar como investigador do Excipiente e condutor do INQ 4874, e, por consequência, não só da PET 9844, mas para apreciar todo e qualquer requerimento referente ao Sr. Roberto Jefferson", disse.
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