Equipe do futuro governo, porém, teme que o julgamento pautado para quarta não seja concluído neste ano e projeta uma liminar que possa acabar com o mecanismo
247 - Integrantes do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esperam que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube o orçamento secreto - utilizado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso - no julgamento sobre a constitucionalidade da medida, previsto para acontecer na quarta-feira (7). A expectativa é que a derrubada resulte na redução do poder do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), visto durante a gestão de Bolsonaro como uma espécie de "primeiro-ministro".
De acordo com a jornalista Andréia Sadi, do G1, aliados de Lula dizem que ele não tem problemas em negociar e dialogar com o presidente da Câmara, mas avaliam que “outra coisa é tratar com um primeiro-ministro, que tem 'poder imperial' – imagem usada pelo petista durante a campanha para se referir a Lira”. "A dinâmica de forças na política vai mudar completamente, vai ser um terremoto se o STF derrubar o orçamento secreto", disse um interlocutor do petista, segundo a reportagem.
Já fontes ouvidas pelo jornalista Valdo Cruz, do G1, dizem que “a expectativa é que Rosa Weber [presidente do STF] apresente um relatório mantendo o poder do Congresso na apresentação de emendas parlamentares, mas definindo que cabe ao governo federal a execução, não ao Legislativo”.
Ainda segundo ele, “o receio da equipe de Lula, contudo, é que o julgamento não termine neste ano. Neste caso, para que o Congresso vote o Orçamento de 2023 já sob novas regras, os assessores de Lula trabalham com um cenário em que Rosa Weber conceda uma liminar adotando o seu voto até a conclusão do julgamento".
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