terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Haddad diz não ver dificuldade para trabalhar com Simone Tebet no Planejamento

 "A Simone é uma política muito qualificada, é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe", disse ele

Futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é qualificada e não haveria dificuldade em relação a seu nome para eventual indicação ao Ministério do Planejamento, disse nesta segunda-feira o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, depois de afirmar ter sugerido anteriormente nomes de ex-governadores para ocupar a função.

Haddad afirmou em entrevista a jornalistas que, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva perguntou há algumas semanas sobre nomes para a pasta, ele sugeriu a escolha de um ex-governador que tivesse "arrumado a casa" em seu Estado, citando Wellington Dias, Rui Costa, Camilo Santana, Jorge Viana e Renan Filho.

O ex-prefeito afirmou que esse quadro mudou na semana passada, com surgimento do nome de Simone Tebet nos últimos dias. Segundo ele, essa discussão está sendo feita diretamente por Lula.

"A Simone é uma política muito qualificada, é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe, uma pessoa que estava concorrendo à Presidência da República, tem muita respeitabilidade. Eu não vejo nenhuma dificuldade em relação a isso."

Ele acrescentou que o economista André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real e membro da transição de governo, declinou da possibilidade de assumir a pasta do Planejamento, dizendo a Lula que não tinha intenção de participar do governo.

No final de semana, Lula ofereceu a Tebet o Planejamento mas, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, ela não deve aceitar. Para fazê-lo, a senadora apresenta uma lista de exigências --entre elas, o controle dos bancos públicos, hoje com a Fazenda, e do programa de Parcerias em Investimentos (PPI)-- que já sabe ser inaceitáveis para o PT.

Na entrevista desta segunda, Haddad afirmou que não teve informação sobre eventual pedido de Tebet para ter os bancos públicos sob seu poder em eventual cargo de ministra.

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