A iniciativa deixará o presidente da Câmara, Arthur Lira, sem capacidade de honrar os acordos feitos para ter mais apoio à sua reeleição ao comando da Casa
Arthur Lira (Foto: Divulgação)
247 - Jair Bolsonaro (PL) mandou suspender o pagamento das emendas do orçamento secreto após seus aliados no Congresso fecharem alianças com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto determinou que não haverá mais pagamentos este ano, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A medida deixará o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem capacidade de honrar os acordos feitos para ter mais apoio à sua reeleição ao comando da Casa. A inciativa do atual governo aconteceu após o PT e mais três partidos anunciarem apoio a Lira. O PP integrou a coligação de Jair Bolsonaro (PL) na eleição junto com o Republicanos.
O esquema do orçamento secreto foi criado por Bolsonaro para a compra de apoio no Congresso Nacional. Deputados ou senadores poderiam decidir o que fazer com bilhões do orçamento da União (dinheiro dos impostos). Os presidentes da Câmara e do Senado indicam que ocupará a relatoria do orçamento. Só recebe o dinheiro o parlamentar que votar de acordo com eles.
O orçamento secreto foi o nome dado a emendas parlamentares chamadas emendas de relator, que, diferentemente, das emendas individual, de bancada ou de comissão, não têm a obrigatoriedade mostrar qual parlamentar pediu o dinheiro nem em quais projetos ou áreas será investido. Dos R$ 16,5 bilhões reservados para o orçamento secreto neste ano, R$ 7,7 bilhões não foram liberados e estão bloqueados pelo governo federal.
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