quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Privatizada, Eletrobrás quer aprovar aumento retroativo de 130% a seus diretores

 Farra deve ser aprovada na última reunião do conselho antes da posse do novo governo

Logo da Eletrobras em painel na bolsa de Nova York 9/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid (Foto: Brendan McDermid)

247 – Privatizada sem nenhuma transparência no governo de Jair Bolsonaro, a Eletrobrás pretende aprovar um pagamento extra e milionário a seus diretores. "A assembleia geral extraordinária (AGE) da Eletrobrás que será realizada em 22 de dezembro prevê um reajuste da ordem de 130% na remuneração da administração da empresa, retroativo a abril deste ano, de acordo com a proposta da administração. De acordo com a proposta, a Eletrobras pagaria R$ 35,9 milhões a diretores, conselheiros de administração, conselheiros fiscais e integrantes de comitês estatutários de assessoramento ao conselho, relativos ao período entre abril deste ano e março de 2023. Em comunicado, a empresa justificou que não há reajuste desde 2015", informam Fábio Couto e Ana Beatriz Bartolo, no Valor Econômico.

"Em abril, o valor total aprovado para pagamento foi de R$ 15,441 milhões. Segundo a Eletrobras, a mudança no montante relativo ao período vigente se deu por causa da mudança no modelo de remuneração, a partir de estudo feito pela empresa de consultoria Korn Ferry, frente ao contexto da Eletrobras privatizada", acrescentam os jornalistas. Durante o processo eleitoral, o presidente eleito e lideranças do PT falaram em reverter a privatização, mas ainda não há sinalizações concretas a respeito.

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