segunda-feira, 14 de novembro de 2022

PGR pede arquivamento de investigações contra Bolsonaro antes que ele perca o foro privilegiado

 Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras, solicitou o arquivamento de dez investigações e inquéritos criminais abertos contra Bolsonaro

Jair Bolsonaro cochicha com procurador-geral da República, Augusto Aras (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - A Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras, solicitou novos pedidos de arquivamento de dez investigações e inquéritos criminais abertos contra Jair Bolsonaro (PL)  desde setembro. A movimentação foi feita antes de Bolsonaro perder o foro privilegiado a que tem direito em função de sua derrota eleitoral no pleito de outubro. 

“Em pelo menos cinco destes inquéritos relacionados ao relatório final da CPI da Covid, as solicitações foram negadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em três deles, a Corte deu à Polícia Federal o protagonismo de parte das investigações”, diz o jornal O Estado de S. Paulo

Ainda segundo a reportagem, as investigações serão enviadas pelo STF ao Ministério Público Federal (MPF) em primeira instância, caso não sejam encerradas até o último dia de dezembro.

Além da inação na pandemia de Covid-19, o atual ocupante do Palácio do Planalto também é alvo de três inquéritos sob relatoria do ministro  do STF Alexandre de Moraes que tratam da disseminação de fake news. Em dois casos, a PGR também solicitou o arquivamento dos processos. 

Uma outra investigação sobre uma suposta interferência política do governo na Polícia Federal (PF) também tece o seu pedido de arquivamento solicitado pela PGR.  A PF também se manifestou de forma favorável pelo fim do inquérito. 

“Após deixar o governo federal, o presidente também voltará a responder por ações penais pelos crimes de injúria e incitação ao crime, referentes a uma queixa-crime movida pela ex-ministra Maria do Rosário (PT)”, ressalta a reportagem. 

Após deixar o Planalto, Bolsonaro também poderá ser investigado em função de denúncias envolvendo um esquema de rachadinha que teria funcionado em seu gabinete à época em que era deputado. 

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