"O comando das Forças Armadas está muito tranquilo, me conhece e no momento certo vou indicar quem será comandante da Marinha, da Aeronáutica e do Exército", disse Lula
247 - O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que” nunca teve problemas em conviver com as Forças Armadas' e que espera tranquilidade por parte dos militares ao longo de seu governo.
"Nunca tive problema de conviver com as Forças Armadas. Nunca tive problema com nenhum militar. O comando das Forças Armadas está muito tranquilo, me conhece e no momento certo vou indicar quem será comandante da Marinha, da Aeronáutica e do Exército. Nunca pensei em ter problema e não acredito que eu tenha", disse Lula nesta sexta-feira (18), durante entrevista coletiva em Lisboa, capital de Portugal, de acordo com o IG.
"Não tenho receio e as coisas são criadas a seu tempo. A partir da semana que vem vou assumir a coordenação e criar grupos de transição que precisam ser criados. Nunca tive problemas de conviver com as forças armadas. Recuperamos o poder de alimentação dos nossos soldados. Porque soldado sem comer não vale nada. Nunca tive problema com militar nos meus governos e não tô preocupado com o que diz o general Braga Neto. Não me deixo basear com Twitter. Prefiro as notícias sérias", completou.
A declaração de Lula faz referência a uma fala do general da reserva do Exército Walter Braga Netto (PL), vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) que viralizou entre grupos bolsonaristas nas redes sociais. Na sexta-feira (18), após visitar Bolsonaro no Palácio do Planalto, Braga Neto conversou com apoiadores do presidente e pediu que “não perdessem a fé”, o que foi entendido pelos bolsonaristas como uma espécie de apoio às manifestações feitas em frente aos quartéis pedindo um golpe de Estado.
O grupo técnico da Defesa ainda não foi divulgado pela equipe de transição do governo eleito. "Teremos uma excelente composição no GT de Defesa, mas só vamos bater o martelo com o presidente. Como ele viajou, teve uma agenda muito pesada, muita coisa acontecendo e repercussão extraordinária da fala dele, vamos aguardar. Não faz diferença nenhuma. É uma instituição secular, organizada, diagnóstica, não tem maiores preocupações em relação a essa agenda", disse o ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos, Aloizio Mercadante.
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