segunda-feira, 7 de novembro de 2022

MPF suspeita que arruaças bolsonaristas nas estradas tenham financiamento oculto

 “Ninguém abre mão de trabalhar por todo esse tempo se não há cobertura financeira por trás”, afirma Frederico Paiva, procurador que apura os bloqueios antidemocráticos nas estradas

 Manifestantes bloqueiam rodovia Castelo Branco, em Barueri, na Grande São Paulo 02/11/2022

247 - O procurador do Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal Frederico Paiva disse suspeitar que os bloqueios rodoviários feitos por bolsonaristas que não aceitam o resultado das urnas sejam custeados por “financiadores ocultos”. 
“Os caminhoneiros tinham cobertura por trás. Ninguém abre mão de trabalhar por todo esse tempo se não há cobertura financeira por trás”, afirmou Paiva nesta segunda-feira (7) em entrevista à Globonews, de acordo com o UOL
Segundo o procurador, que integra um grupo do MPF responsável por investigar os bloqueios e as interdições provocados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), a identificação dos supostos financiadores é mais
importante do que punir os motoristas que participaram das manifestações contra o resultado da eleição, que deu a vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"É de fundamental importância identificar quem fomentou esse movimento, e que sofra severa punição", afirmou. "Se não conseguir punir, vai acontecer de novo". destacou Paiva. Ainda
segundo o procurador, os indícios apontam a existência de crime eleitoral e de prevaricação por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"Em relação à PRF, o que a gente questiona é essa suposta falta de ação logo após o resultado eleitoral, quando começaram esses bloqueios em rodovias federais. A gente quer saber se
essa omissão da PRF tem alguma motivação política", afirmou. 
Segundo a PRF, ainda são registrados bloqueios e interdições em rodovias de Rondônia, Pará, Santa Catarina e Mato Grosso.

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