quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Janones: transiçao fará pente-fino na Secom para rastrear patrocínio ao “gabinete do ódio”

 "Estamos tendo acesso a contratos extremamente suspeitos e a ideia é seguir o fio desse dinheiro para tentar chegar aos verdadeiros financiadores", disse André Janones

 Lula e André Janones (Foto: Reprodução/Youtube/Lula)

Agenda do Poder - O deputado federal e membro do grupo de transição de Comunicação Social, André Janones (Avante-MG), afirmou nesta quinta-feira que a equipe fará uma “ressonância” na Secretaria de Comunicação (Secom) do governo para tentar rastrear possíveis ligações da estrutura com o financiamento do chamado “gabinete do ódio”.

O pente-fino pretende identificar se a Secom usou dinheiro público para financiar veículos responsáveis pela disseminação de fake news e ataques à democracia. O “gabinete do ódio” é a milícia digital associada a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

— Ontem a gente já teve acesso a uma série de contratos extremamente suspeitos. O presidente Lula usa a expressão “ressonância” né? É fazer uma ressonância do gabinete do ódio. Ao que tudo indica, quem financia, quem estrutura o gabinete do ódio é a Secom. Estamos tendo acesso a uma série de dados, de contratos extremamente suspeitos, e a ideia é seguir o fio desse dinheiro para tentar chegar aos verdadeiros financiadores dos gabinetes — afirmou o deputado. A notícia é do Globo online.

Janones classificou o atual presidente como “um bandido” e disse que um dos objetivos é desconstruir o discurso anticorrupção do governo.

— A gente está fazendo alguns levantamentos de alguns contratos. Está tirando essa sujeira debaixo do tapete para acabar com essa falsa narrativa do Bolsonaro se colocando como o pai da ética, da moral, contra corrupção. Não passa de um bandido, um ladrão. Ficou quatro anos roubando dinheiro público e jogando a sujeira para debaixo do tapete — disse.

O deputado federal afirmou ainda que a Secom gastou cerca de R$ 4,7 milhões com a compra de bandeiras para os atos de 7 de setembro. No dia do bicentenário da independência o presidente Jair Bolsonaro convocou apoiadores para se manifestarem em todo país. Parte dos protestos pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.

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