Um dos principais aliados de Lula na área econômica, o ex-ministro da Fazenda afirmou que não integrará grupo ministerial. “Eu saio da vanguarda e fico na retaguarda”
247 - Ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma Rousseff, Guido Mantega, que integra a comissão de Planejamento, Orçamento e Gestão do grupo de transição para o novo governo eleito, afirmou que não será ministro e que a equipe atual não é um grupo ministerial.
“A questão do grupo de transição está sendo superestimada”, afirmou em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, 11. “É para ajudar o novo governo a conhecer a estrutura e modificar a estrutura do governo”, destacou.
“As pessoas que estão lá não são do grupo ministerial. Claro, poderão ser escolhidas que estão lá, mas eu, por exemplo, não vou ser ministro, já vou adiantando”, disse Mantega, que acrescentou: “eu saio da vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos”
Pressionado para falar sobre a indefinição do ministro da Fazenda do governo Lula, algo que tem sido cobrado pela imprensa corporativa e pelo chamado “mercado”, o ex-ministro afirmou que “o mais importante não é definir o ministro, mas definir a política econômica”, pois “o ministro da Economia tem que se enquadrar na política que é definida pelo governo e pelo Lula”. Ele, no entanto, lembrou que o programa eleito nas urnas é de um governo de coalizão do PT com mais 10 partidos aliados da coligação, além de outras legendas que decidiram apoiar o candidato petista depois.
“O mercado pode ficar tranquilo”, afirmou, destacando que Lula, foi o “presidente mais responsável” em termos fiscais. “O período que eu fui ministro da Fazenda, tanto no Lula, quanto na Dilma, a dívida pública diminuiu, a dívida externa diminuiu, e nos tornamos credores líquidos [quando se tem mais reservas do que a dívida externa]”, declarou, ressaltando que essa situação se complicou com o governo Jair Bolsonaro, que utilizou muitos fundos da reserva para tapear a situação caótica criada na economia nacional.
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