quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Golpismo de Bolsonaro e aliados não pode ser tratado como piada, diz Vera Magalhães

 É de extrema gravidade que o partido de Bolsonaro tente melar as eleições, escreve a jornalista

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Marcelo Camargo/Agência Brasil | Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - "A cada nova casa avançada pelos que intentam questionar o resultado das eleições, o lugar-comum ouvido entre políticos, juízes, advogados e analistas políticos é: 'Esquece, isso não vai dar em nada'", escreve Vera Magalhães no Globo.

A jornalista contesta: "Mas já deu em muita coisa, e parece haver pouca consciência por parte de todos esses segmentos do grau de radicalização operado pelo bolsonarismo não mais nas franjas da extrema-direita, mas em amplos espectros da sociedade".

"Com exceção do Judiciário, todos os demais responsáveis por preservar o Estado Democrático de Direito de acordo com a Constituição tocam a bola de lado, ora se omitindo, ora fingindo trabalhar. É o caso da Procuradoria-Geral da República, da aparelhada Polícia Rodoviária Federal e do Congresso, cujos líderes até aqui não deram uma única palavra sobre a escalada golpista em curso".

"Além das manifestações antidemocráticas mantidas à custa de incentivos explícitos e velados de Jair Bolsonaro e aliados e de financiamentos escusos, há ações efetivas para tumultuar a transição e tentar instaurar um clima de anormalidade que justifique alguma medida extrema — aliás, a cantilena desfiada pelos pseudodemocratas".

"É de extrema gravidade que o partido do presidente da República tente melar as eleições", escreve a jornalista referindo-se à representação do PL contra as urnas eletrônicas.

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