A pasta não apenas 'fiscalizou' o processo eleitoral, mas realizou uma auditoria, o que desmonta a tese bolsonarista de que o sistema de votação não é auditável
247 - Apesar de negar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa fez sim uma auditoria nos sistemas de votação e fiscalizou o processo eleitoral deste ano, informa reportagem da Folha de S. Paulo.
Troca de emails obtida pelo jornal entre auxiliares do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, "mostram que as Forças Armadas realizariam uma 'auditoria dos códigos-fonte' utilizados pela Justiça Eleitoral. A ação é permitida pelo TSE e não representa uma infração às normas do tribunal", segundo a matéria.
Ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, a Defesa se negou a enviar os relatórios parciais com as conclusões das etapas do acompanhamento do processo eleitoral. Moraes havia determinado o envio de uma "cópia dos documentos existentes sobre eventual auditoria das urnas".
Auxiliares de Paulo Sérgio, na ocasião, afirmavam que não poderiam entregar os relatórios porque a Defesa não realizava esse tipo de inspeção do sistema eleitoral. Na resposta à decisão judicial, a pasta adotou o mesmo discurso, de que realizava somente a fiscalização do pleito.
"A diferença entre fiscalização e auditoria do processo eleitoral é relevante porque demonstra que, diferente do que disseram contestadores das urnas eletrônicas, é possível acessar os sistemas eleitorais e vasculhar possíveis irregularidades", explica o jornal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário