"Só um fato extraordinário poderia inverter a posição dos concorrentes", afirma o cientista político
Segundo Lavareda, "estabilidade é a marca" do levantamento. "A cinco dias da votação uma reviravolta é muito difícil. Nunca houve na última semana numa eleição presidencial no Brasil. Só um fato extraordinário poderia inverter a posição dos concorrentes".
Ele aponta que nos próximos dias diversos fatos devem surgir, como denúncias das duas campanhas, além do debate de sexta-feira (28) na TV Globo. Nada disso, porém, deve ter força para mudar o placar.
Por outro lado, o especialista destacou que Lula poderá sair prejudicado se a abstenção no segundo turno for alta. "Entre os 19% da amostra que enfrentam maior dificuldade para votar, porque ou moram longe (14%) ou muito longe (4%), e mais os que não souberam responder à questão (1%), a dianteira de Lula sobre Bolsonaro é muito maior: 54% X 41%. Além do grau de interesse e da distância, incluímos uma terceira variável - certeza de comparecimento - também extraída do modelo PerryGallup utilizado para cálculo de prováveis eleitores (likely voters). Dos eleitores de Bolsonaro 89% declararam ter certeza de que irão votar, número que cai para 82% entre os eleitores de Lula. Optamos por apresentá-las de per si ao invés de compor um índice para melhor ilustrar os efeitos de cada uma delas".
Na avaliação do eleitorado, conta Lavareda, Lula “se saiu melhor” na campanha no segundo turno, mencionado por 48% contra 40% que indicaram Bolsonaro. "O atual presidente é quem 'está atacando mais o adversário' para 46%, enquanto 35% apontam Lula. Entre os diversos meios, Lula fica à frente de Bolsonaro 'nas notícias de Televisão e Rádio' (47% X 33%); 'aparecido melhor nas notícias de jornais, portais e blogs' (48%X 33%); na 'propaganda de TV e Rádio' (45%X 37%); e em quase empate no item 'tem se saído melhor nos debates' (41%X 40%). Já Bolsonaro fica à frente nos tópicos 'melhor comentado nas conversas de WhatsApp' (40% X 37%); e 'melhor presença na redes sociais' (41%X 39%)".
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