quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Quaest: Lula tem 54% dos votos válidos, contra 46% de Bolsonaro

 Em votos totais, o ex-presidente Lula tem 49% das intenções de voto totais, enquanto Bolsonaro tem 41%

Lula, Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Ricardo Stuckert | Clauber Cleber Caetano/PR | REUTERS/Amanda Perobelli | Agência Brasil)

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) oscilou 1 ponto  percentual para cima e agora soma 49% das  intenções de voto para o segundo turno da eleição presidencial contra  41% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que manteve o mesmo  patamar da semana passada, mostrou nesta quinta-feira nova pesquisa  Genial/Quaest.

Os indecisos somam 4%, ante 7% na sondagem  anterior, enquanto 6% disseram que votarão em branco ou nulo ou que não  irão votar, em comparação aos 4% anteriores. A margem de erro da  pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Em votos válidos, que não  contam os brancos e nulos e os indecisos da pesquisa, Lula tem 54%  contra 46% de Bolsonaro, de acordo com a pesquisa.


Quando esses  dados são ponderados em relação ao grupo de eleitores com maior  probabilidade de comparecer no dia da votação (modelo chamado de "likely  voter"), Lula aparece com 53% dos votos válidos contra 47% de  Bolsonaro, segundo nota divulgada pela Quaest. Na semana passada, por  esse modelo, o placar estava em 54% a 46%.

O diretor da Quaest,  Felipe Nunes, explicou no Twitter que esse tipo de modelo já é utilizado  por institutos norte-americanos há bastante tempo. Ele argumentou que  muitas pessoas afirmam que irão votar, mas acabam não votando.

"É  preciso criar um modelo que pondera o resultado pelas chances de cada  indivíduo ir votar. O nosso modelo de likely voter foi construído a  partir de dados do comparecimento real no 1º turno da eleição de 2022 e  de pesquisas anteriores da Quaest", disse Nunes no Twitter.


Depois  dos resultados oficiais do primeiro turno, os institutos de pesquisa  têm sido alvo de críticas, especialmente de Bolsonaro e aliados, por  terem subestimado os números do candidato à reeleição na primeira  votação.

De acordo com o levantamento divulgado nesta  quinta-feira, 93% dos eleitores de Lula disseram que seu voto é  definitivo, ante 92% uma semana atrás. No caso de Bolsonaro, se repetiu a  taxa de 94%.

Sobre os apoios conquistados pelos dois candidatos,  14% dos entrevistados disseram que eles fazem querer votar mais no  petista, enquanto 6% afirmaram o mesmo sobre o atual presidente. Já 77%  dos entrevistados disseram que os apoios não influenciaram na decisão de  voto.

Após a votação do primeiro turno, Lula garantiu o apoio da  senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na primeira  votação; do PDT, de Ciro Gomes, ainda que o quarto colocado na disputa  tenha se limitado apenas a acatar o apoio do partido; e de outras  personalidades políticas e econômicas, como o ex-presidente Fernando  Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-presidente do Banco Central Armínio  Fraga.

Já Bolsonaro conquistou o apoio do governador de Minas  Gerais, Romeu Zema (Novo) --o único dos três maiores colégios eleitorais  do país onde Lula venceu no primeiro turno-- e de outros governadores e  prefeitos, apostando mais na capilaridade desses aliados, assim como na  de parlamentares eleitos para o novo Congresso.

No tópico  rejeição, 50% disseram que não votariam em Bolsonaro, mesma taxa da  semana passada, enquanto 42% disseram que não votariam em Lula, ante  41%.

A pesquisa também apontou que 39% dos entrevistados avaliam o  governo Bolsonaro de forma negativa, contra 38% uma semana atrás, ao  passo que 33% o veem positivamente, ante 35% antes. Para 26% o governo é  regular, ante 25% há uma semana.

O levantamento do instituto  Quaest contratado pela corretora Genial Investimentos ouviu 2.000  pessoas em entrevistas presenciais entre segunda e quarta-feira.

Confira a pesquisa na íntegra: 



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