segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Perícia da PF conclui que gases tóxicos causaram colapso no pulmão de Genivaldo após prisão em viatura da PRF

 De acordo com a perícia, Genivaldo de jesus Santos ficou 11 minutos e 27 segundos em contato com os gases após a detonação de uma bomba de gás lacrimogêneo no interior da viatura.

Genivaldo de Jesus Santos (Foto: Reprodução)

247 - Uma perícia realizada pela Polícia Federal (PF) concluiu que a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado em uma espécie de câmara de gás improvisada no fundo de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em maio deste ano, no município de Umbaúba, em Sergipe foi causada por gases tóxicos que resultaram no colapso do pulmão da vítima. O laudo foi divulgado pelo programa Fantástico, exibido pela rede Globo, na noite deste domingo (9).

Os agentes da PRF Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia foram indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado (asfixia e impossibilidade de defesa da vítima). Eles respondem em liberdade pelos crimes de que são acusados. 

De acordo com a perícia, Genivaldo ficou 11 minutos e 27 segundos em contato com os gases tóxicos, como monóxido de carbono e ácido sulfídrico, após os policiais detonarem uma bomba de gás lacrimogêneo no interior da viatura. Genivaldo, que foi preso por dirigir uma moto sem o capacete, sofria de esquizofrenia e, de acordo com familiares, não possuía histórico de violência. 

“Segundo a investigação, o policial William começou a abordagem e mandou Genivaldo colocar as mãos na cabeça. Ele obedeceu, mas mesmo assim recebeu spray de pimenta no rosto. A perícia mostra que o policial Kleber jogou spray de pimenta ao menos cinco vezes na vítima. O policial Paulo, segundo a PF, foi quem jogou uma granada de gás lacrimogêneo no compartimento da viatura, quando Genivaldo já havia sido colocado na parte de trás, local reservado para suspeitos de crimes”, ressalta o jornal Folha de S. Paulo. Ele também foi pressionado pelos policiais no pescoço e nos joelhos durante a abordagem. 

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