"Uma esquerdista do PSOL, que quer a ideologia de gênero dentro da escola das crianças", disse uma mulher ao discutir com um padre em Jacareí (SP)
247 - Uma mulher interrompeu um padre e pediu que o religioso não falasse da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado em março de 2018 na capital. A discussão na igreja aconteceu em Jacareí, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do estado de São Paulo.
"O senhor não vai falar de Marielle Franco dentro da casa de Deus. Uma homossexual, envolvida com o tráfico de drogas. Uma esquerdista do PSOL, que quer a ideologia de gênero dentro da escola das crianças", disse.
A ex-vereadora foi assassinada pelo crime organizado em março de 2018. Os criminosos mataram a então parlamentar em um lugar sem câmeras na região central da cidade do Rio de Janeiro. Os responsáveis pelo homicídio perseguiram por cerca de quatro quilômetros o carro onde estava Marielle.
Dois acusados do crime foram presos. Um deles foi o ex-policial militar Ronnie Lessa, que morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro (PL) na capital e, segundo o Ministério Público (MP-RJ), deu os tiros que assassinaram Marielle. O outro acusado foi Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos e que, segundo as investigações, dirigia o carro no momento do crime. Ele também chegou a aparecer em uma foto com Jair Bolsonaro, que teve o seu rosto cortado na imagem.
Ativista de direitos humanos, Marielle fazia denúncias contra a violência policial nas favelas e criticava a atuação de milícias.
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