No domingo (9), a ex-ministra afirmou que o governo Bolsonaro tem registros de crianças que “têm seus dentes arrancados para não morderem no sexo oral”
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de Damares apresentou três relatórios, sendo dois de CPIs de 2010. O jornal analisou o documento de 2.093 páginas e não encontrou os fatos que ela diz terem ocorrido na localidade paraense.
Do púlpito da igreja Assembleia de Deus, no Pará, Damares disse que teria recebido informações sobre crianças vítimas de tráfico humano. "Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”.
“A assessoria da ex-ministra enviou ao Estadão relatórios da CPI da Pedofilia, de 2010, com 1.696 páginas. Também foi apresentado como suposta prova para atestar a veracidade das palavras da senadora eleita relatório de uma CPI da Assembleia Legislativa do Pará, que foi criada em 2010 para apurar práticas de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes no Estado, inclusive na Ilha de Marajó. As 284 páginas deste relatório também não trazem nenhuma citação do que foi dito pela ex-ministra”, diz trecho da reportagem.
Um terceiro documento apresentado por Damares também não deu conta de comprovar a denúncia: relatório da CPI dos maus-tratos, concluída em 2018 pelo Senado. Em suas 113 páginas, não aparece nenhuma referência aos episódios.
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