"A desfaçatez com que ele despreza um aliado de todas as horas, que esteve com ele nas eleições, um aliado que esteve com ele ofendendo o STF", disse Lula durante coletiva
247 - O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feria (24) a tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de se desvencilhar do ex-deputado e bolsonarista Roberto Jefferson, após o ataque com tiros e granadas contra policiais federais.
Durante entrevista coletiva, Lula lembrou que Roberto Jefferson sempre esteve ao lado de Bolsonaro. “O cidadão não pode achar que o Brasil é composto por 215 milhões de imbecis. Ele só pode pensar isso, porque a desfaçatez com que ele despreza um aliado de todas as horas, que esteve com ele nas eleições, um aliado que esteve com ele ofendendo a Suprema Corte, ofendendo a Justiça Eleitoral, e de repente ele [Bolsonaro] fala que não conhece, chama o rapaz de bandido, um cara que é um aliado dele", disse Lula.
"É um mentiroso compulsivo que não tem controle. A sociedade tem uma chance no dia 30 de outubro, que é tentar restabelecer a normalidade neste país. Um presidente que discuta os assuntos que são pertinentes à sociedade”, acrescentou o ex-presidente.
Desesperado após os possíveis danos à sua campanha com a reação violenta de Roberto Jefferson contra a Polícia Federal, Jair Bolsonaro voltou a dar declaração em que tenta se descolar do aliado de primeira hora: “não existe qualquer ligação minha com Roberto Jefferson”.
A nova afirmação foi feita em coletiva antes de sabatina da TV Record, na noite deste domingo (23), cerca de duas horas depois da prisão do ex-deputado federal. O aliado de Bolsonaro disparou tiros de fuzil e até granada contra os agentes da PF que foram lhe prender em casa, no Rio de Janeiro. Ele resistiu por cerca de oito horas.
Antes dessa declaração, Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais para também tentar se desvincular de Jefferson, de quem é próximo. Ele condenou a agressão aos policiais, se solidarizou com os agentes e chamou Jefferson de “bandido”. “O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido”, disse.
Na nova declaração, na Record, Bolsonaro defendeu até a ministra Cármen Lúcia, que foi chamada de “prostituta arrombada” por Roberto Jefferson. “Não se justifica se referir a uma mulher da forma como ele se referiu”, declarou Bolsonaro.
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