terça-feira, 25 de outubro de 2022

Bandido bolsonarista Roberto Jefferson agiu de forma premeditada e com intenção de matar, diz delegado ferido

 Villela contou detalhes da operação deflagrada no último domingo para prender Jefferson

Roberto Jefferson e carro da Polícia Federal (Foto: Reprodução)

247 - O delegado da Polícia Federal Marcelo André Cortes Villela, ferido pelo bandido bolsonarista Roberto Jefferson no último domingo (23), disse em depoimento que a ação criminosa foi premeditada e tinha a intenção de matar os policiais. 

Ao narrar o episódio, Villela relatou que houve ao "menos três explosões de granada e muitos tiros", aponta a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no Globo.

Villela contou detalhes da operação deflagrada no último domingo para prender Jefferson. Segundo Villela, demorou algum tempo até Jefferson aparecer na sacada de sua residência. Quando surgiu, o aliado de Bolsonaro avisou que não iria se entregar de jeito nenhum.

O delegado disse à PF que informou Jefferson que estava cumprindo um mandado, mas, "de forma dissimulada", o bandido bolsonarista "puxou uma granada e a lançou na parte traseira da viatura". "Ele puxou um fuzil que estava escondido e começou a atirar", disse o delegado à PF.

O delegado se colocou na parte traseira da viatura, atrás da roda, para se proteger, mas Roberto Jefferson "continuou atirando e jogando granada". Em um momento, a agente Karina Lino Miranda, que também estava envolvida na apuração, "gritou, dizendo que havia sido alvejada".

Vilella contou no depoimento que em determinando momento sentiu o sangue descer de sua cabeça, atrapalhando a sua visão no olho direito, enquanto Karina, também atingida, começou a perder os sentidos.

Os dois acabaram enviados para um hospital no município de Três Rios (RJ). Lá, foi constatado que Karina tinha sido alvejada em cima do olho e na cintura, enquanto um raio-X constatou "dois fragmentos, possivelmente de estilhaços, no crânio" do delegado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário