O criador do site é o filósofo curitibano Gabriel Baggio Thomaz: "estou exercendo minha liberdade de expressão e fazendo uso da minha propriedade privada"
247 - O Ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu que a Polícia Federal, segundo a Veja, instaure um inquérito para investigar o site "bolsonaro.com.br", que agora veicula conteúdos críticos a Jair Bolsonaro (PL)
No requerimento enviado ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, Torres afirma que “diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente”, faz-se necessário pedir a “instauração imediata de inquérito".
O ministro alega que o site atenta contra a “honra do presidente”. O autor poderia, diz ele, estar cometendo injúria e “eventuais crimes conexos”.
O criador do site é, ainda segundo a Veja, o filósofo curitibano Gabriel Baggio Thomaz, 29. Ele comprou o domínio do endereço virtual em janeiro deste ano.
Thomaz conta que descobriu que o domínio "Bolsonaro" estava inativo enquanto vasculhava o Registro.br — responsável pelas atividades de registro e manutenção de páginas com “.br”. O endereço foi adquirido por meio de leilão entre 20 interessados.
Reportagem de novembro de 2020 da Folha de S. Paulo mostra que o mesmo domínio - registrado em nome de uma empresa do Distrito Federal, a Supermercado da Construção - abrigava antes materiais de divulgação pró-governo. "O chefe do Executivo mantém link para o site em suas redes sociais", informou à época a matéria. Internautas apontam que os antigos administradores do site, bolsonaristas, não renovaram o domínio e perderam o endereço.
O filósofo conta estar "atordoado" com a repercussão e a possível judicialização do site, mas reafirma não ter feito nada de errado. "Eu estou exercendo a minha liberdade de expressão e fazendo uso da minha propriedade privada".
Ele relata já ter sofrido ameaças desde que o site ganhou notoriedade. “Muita gente me disse que eu tinha tudo a perder. Eles têm essa estratégia do medo, mas é importante a sociedade civil se manifestar. Não podemos tolerar nenhum tipo de golpismo. A mensagem era muito importante, tinha de ser dita. A gente não pode ficar quieto”.
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