Ameaça do médico bolsonarista Ricardo Rosa foi feita durante um ato de campanha da candidata a deputada federal Carol Dartora
247 - O médico bolsonarista Ricardo Rosa ameaçou disparar um tiro contra uma integrante da campanha da candidata a deputada federal Carol Dartora (PT-PR), em Curitiba (PR), na tarde da terça-feira (27). "Vou te dar um tiro na cara", teria dito o agressor após ser abordado durante uma panfletagem feita na rua XV de Novembro, na região central da capital.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o boletim de ocorrência feito por militantes do PT no 1º Distrito da Polícia Civil destaca que Rosa ainda teria dito que cuspiria "na cara" dos apoiadores do Partido dos Trabalhadores. Diante da reação, o médico buscou refúgio em uma barraca que distribuía material de campanha de candidatos que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
No local, ao ser abordado por populares que perguntaram o seu nome, o profissional de saúde respondeu: "Bolsonaro". Ele foi conduzido à delegacia por agentes da Guarda Municipal.
A candidata Carol Dartora afirmou, em nota, que "esse ódio é estimulado pela intolerância ao diferente e pelo inconformismo com os valores democráticos por parte de adeptos da ideologia do bolsonarismo. Querem nos amedrontar, nos impedir de exercer nossos direitos políticos, mas não terão êxito”.
De acordo com a reportagem, o advogado Milton Vernalha negou a acusação e disse, também em nota, que “Ricardo Rosa foi vítima de constrangimento ilegal e de uma cilada dos militantes políticos do PT, os quais se fizeram de vítima em verdadeira denunciação criminosa".
Ainda segundo ele, o médico teria sido alvo de uma retaliação após recusar receber o panfleto pela terceira vez e acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de agir "em apologia do crime". "A partir disso, os militantes do PT o cercaram e, prometendo lhe fazer mal injusto e grave, o acuaram", ressaltou.
O aumento dos casos de violência política tem causado preocupação entre os brasileiros. Quase 70% dos brasileiros dizem ter medo de serem agredidos fisicamente por causa de sua preferência política ou partidária, segundo pesquisa do Datafolha divulgada neste mês.
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