Em texto, signatários ressaltam que ataques de Bolsonaro desrespeitam decisões judiciais nacionais e internacionais que enterraram os processos contra o ex-presidente
(Reuters) - Um grupo de 15 juristas, filósofos e cientistas políticos internacionais encaminhou uma carta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, questionando ataques da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o candidato à reeleição se refere ao ex-presidente como “criminoso” e “delinquente”.
No texto, os signatários ressaltam que ao fazê-lo Bolsonaro desrespeita decisões judiciais nacionais e internacionais que enterraram os processos contra o ex-presidente e que ele é hoje considerado inocente.
A carta chega a Moraes no momento em que a campanha de Bolsonaro faz seu ataque mais pesado a Lula. Em vídeo apresentando na noite de quinta-feira em que diz que a população precisa saber “a verdade”, a campanha usa antigas matérias de tevê para afirmar que Lula foi condenado por corrupção.
As acusações ao ex-presidente foram encerradas depois do STF concluir que o julgamento havia sido feito fora da vara adequada e do juiz Sérgio Moro, que o julgou em primeira instância, ter sido considerado parcial.
DIFERENÇA MENOR EM MINAS
A vantagem de Lula sobre Bolsonaro no Estado de Minas Gerais caiu para 10 pontos percentuais, em relação aos 17 pontos registrados no levantamento feito pelo Datafolha entre 30 de agosto e 1 de setembro.
O petista passou para 43% (ante 47%) das intenções de voto no segundo maior colégio eleitoral do país, enquanto o candidato à reeleição foi a 33% (ante 30%). O Datafolha entrevistou 1.212 pessoas entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
No levantamento nacional, Lula tem 45% contra 33% de Bolsonaro --a margem de erro aqui é de 2 pontos percentuais.
VANTAGEM AUMENTA EM SÃO PAULO
Já em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Lula ampliou sua vantagem para 10 pontos percentuais, em relação aos 5 pontos da sondagem anterior.
O ex-presidente foi a 43% (ante 40%), enquanto Bolsonaro oscilou para 33% (ante 35%). O Datafolha entrevistou 1.808 pessoas e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.
ESTABILIDADE NO RIO
No terceiro maior colégio eleitoral, a disputa se manteve estável.
Lula oscilou para 44% (ante 42%), enquanto Bolsonaro repetiu os mesmos 36% do levantamento anterior. O Datafolha entrevistou 1.202 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
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