quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Empresária do Agro que defendeu demitir eleitores de Lula faz retratação

 Empresária havia assinado termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho se comprometendo a publicar retratação e custear campanha de esclarecimento sobre o tema

Empresária do agronegócio, Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins (Foto: Reprodução)


247 - A empresária bolsonarista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, que havia gravado vídeo pedindo a colegas do agronegócio que demitissem "sem dó" empregados que declarassem voto no ex-presidente Lula (PT), publicou uma retratação nas redes sociais nesta quarta-feira (21).

"Venho a público para me retratar e pedir desculpas a toda sociedade brasileira por ter orientado, através de um vídeo, empresários do agro a demitir pessoas que fossem votar em determinados candidatos nas eleições gerais deste ano. Assédio eleitoral é crime e nenhum empregador, seja ele do agro ou de qualquer outro setor, tem o direito de intervir no voto de seus empregados. Também não é admissível que uma entidade de classe oriente seus associados a votar ou não votar em determinado candidato", declarou a empresária.

"O trabalhador que se sentir coagido a votar ou deixar de votar deve denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho. E o empregador que cometer essa ilegalidade deverá responder judicialmente por esse ato. O voto é livre. Pela compreensão de todos, muito obrigado", concluiu.



Ela havia assinado, no dia 19 de setembro, um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) se comprometendo a publicar uma retratação e custear uma campanha de esclarecimento sobre o tema. Além disso, Roseli concordou em não praticar qualquer outro ato de incitação ao assédio eleitoral, sob pena de multas de R$20 mil por cada item descumprido e a cada descumprimento constatado.

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