segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Compra de imóveis em dinheiro vivo pela família Bolsonaro será analisada por Lindôra Araújo, aliada de Aras

 "Já passou da hora de a Procuradoria-Geral da República deixar de atuar como órgão de defesa do presidente da República", afirma Priscila Pamela Santos, do grupo Prerrogativas

Bolsonaro e Lindôra Araújo (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247 - A jornalista Mônica Bergamo afirma, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, que “o encaminhamento de uma denúncia contra os irmãos de Jair Bolsonaro (PL) por suposta prática de lavagem de dinheiro na aquisição de imóveis 'frustrou aqueles que esperam que os familiares do presidente sejam investigados'". "A representação foi recebida na última semana pelo gabinete da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Braço direito do procurador-geral da República, Augusto Aras, ela tem se notabilizado pelo arquivamento de apurações que envolvem Jair Bolsonaro e seus aliados”, destaca.

"Já passou da hora de a Procuradoria-Geral da República deixar de atuar como órgão de defesa do presidente da República e passar a exercer as atribuições que lhe foram conferidas pela Carta Magna", disse a advogada Priscila Pamela Santos, do grupo Prerrogativas, que representa Paulo Teixeira (PT-SP) na denúncia apresentada ao Ministério Público Federal (MPF). 

Apesar de nenhum dos denunciados possuir foro especial, a procuradora da República em São Paulo Ana Carolina Yoshii Kano Uemura, entendeu que a conexão dos parentes com eventuais crimes praticados por Bolsonaro e seus filhos parlamentares “levam a investigação à PGR”.

A denúncia apresentada ao MPF tem como base reportagens do UOL que apontaram que quase metade do patrimônio em imóveis da família Bolsonaro foi comprada nas últimas três décadas com dinheiro em espécie. Desde 1990, o clã Bolsonaro negociou 107 imóveis. Deste total, ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo. Os valores atualizados somam cerca de R$ 25,6 milhões. 

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