terça-feira, 13 de setembro de 2022

'Assim como fez no 7 de Setembro, Bolsonaro vai usar dinheiro público para fazer campanha no exterior', diz Eliane Cantanhêde

 "As viagens, assim como o 7 de Setembro e a PEC reeleitoral, serão incapazes de alterar as pesquisas e a realidade no Brasil", afirma a jornalista Eliane Cantanhêde

Eliane Cantanhêde e Bolsonaro no 7 de setembro (Foto: Reprodução/Youtube | Alan Santos/PR)

247 - A jornalista Eliane Cantanhêde afirma que Jair Bolsonaro (PL) utilizará as duas viagens internacionais, pagas com recursos públicos  para fazer campanha na reta final das eleições, a exemplo do que fez no dia 7 de setembro. “O que ele vai fazer no velório da rainha Elizabeth II em Londres? E o que vai dizer de importante na abertura da Assembleia-Geral da ONU em Nova York? A resposta é fácil: o único intuito é gerar fotos, vídeos e áudios para a propaganda na TV. Ou seja: como no 7 de Setembro, ele vai usar a Presidência, paga com o seu, o meu e o nosso rico dinheirinho, para campanha”, destaca Cantanhêde em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo

“É com essas imagens que Bolsonaro imagina, ou sonha, apagar a dura realidade de que ele e seu governo foram um absoluto fiasco no plano internacional desde o início, quando ele foi ao Fórum Econômico de Davos e não foi sequer capaz de ocupar todo o tempo de discurso a que tinha direito para defender as maravilhas do seu país para o mundo – que é o que qualquer presidente faz”, observa.


“Depois disso, uma coleção de desastres, como a ausência na COP26 e o isolamento, o desconhecimento dos temas e dos personagens e a conversa sem pé nem cabeça com o presidente da Turquia no G-20. Sem contar a imagem dele e sua comitiva comendo pizza em pé nas ruas de Nova York, porque, sem vacina, ele foi rechaçado pelos restaurantes”, relembra.

“São muitos exemplos, além das agressões e grosserias do presidente, seus filhos e ministros contra China, França, Alemanha, Suécia, Noruega, Argentina, Chile, os EUA de Joe Biden... E, por último, as queimadas da Amazônia torraram a simpatia internacional pelo Brasil. As viagens, assim como o 7 de Setembro e a PEC reeleitoral, serão incapazes de alterar as pesquisas e a realidade no Brasil”, finaliza.

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