quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Randolfe pede ao STF investigação contra o clã Bolsonaro por compra de 51 imóveis em dinheiro vivo

 Petição encaminhada ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, pede a realização de oitivas e busca e apreensão de computadores e celulares, além do bloqueio de contas bancárias

Randolfe Rodrigues, fachada do STF e família Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado | STF | Reprodução


247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de uma investigação contra Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares em função das denúncias de compra de 51 imóveis com dinheiro em espécie. As transações, registradas desde a década de 1990, somam cerca de R$ 25,6 milhões, em valores atualizados. 

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, na petição encaminhada ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, Randolfe pede que sejam tomados os depoimentos de diversos familiares de Bolsonaro, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filhos do atual ocupante do Palácio do Planalto. O documento ressalta, ainda, a necessidade de autorização de busca e apreensão de computadores e celulares, além do bloqueio das contas bancárias. 


Na terça-feira (30), ao ser questionado sobre o assunto, Jair Bolsonaro disse não ver “problemas” em comprar imóveis com dinheiro vivo. "Qual o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel? Eu não sei o que está escrito na matéria", comentou na ocasião. "Ouvi falar que tem uma imprensa falando aí que a minha família toda, pegando a sua variação patrimonial desde 1990... Por que eu?", disse ele em outra oportunidade.

A ação impetrada por Randolfe foi feita na esteira de uma reportagem do UOL que revelou que o clã Bolsonaro realizou 107 transações imobiliárias desde a década de 1990, tendo sido quase metade delas mediante o pagamento com dinheiro vivo.

Os negócios somam R$ 13,5 milhões, cerca de R$ 25,6 mi em valores atualizados pelo IPCA.

Segundo especialistas, o pagamento em espécie em transações do gênero pode ser uma forma de ocultar a origem dos recursos utilizados nos negócios, além de ser um sistema utilizado para lavar dinheiro obtido por meio de esquemas ilegais.



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