"A história não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia", disse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux
247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou não acreditar que as Forças Armadas possam participar de um golpe e disse que “a história não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia”. “Quem ganhar as eleições vai levar”, disse Fux em entrevista ao jornal O Globo.
“O que pude depreender das conversas que tive com o ministro da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira) e com os demais integrantes das Forças Armadas é que eles têm afirmado que são garantidores da democracia. Porque a história não vai perdoar aqueles que não defendem a democracia. Então, em todas as reuniões que tivemos, eles disseram ser democratas e que vão garantir o resultado das eleições. É o que tenho colhido das manifestações de todos eles: que vão respeitar o resultado das eleições, e que as eleições vão transcorrer normalmente”, afirmou.
Ainda segundo ele, o discurso de posse do ministro Alexandre de Moraes ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “demonstrou muita firmeza. Nunca tivemos um caso em que se demonstrasse qualquer tipo de fraude nas urnas. Achei importantíssimo o momento dessa posse. E eu faria a mesma defesa que ele fez. O simbolismo (do evento) é que o Brasil vai realizar as eleições através de urnas hígidas, de um sistema eleitoral insuspeito e acima de tudo num clima de paz. Quem ganhar as eleições vai levar”.
Na entrevista, Fux também ressaltou que não existe mais espaço para os constantes ataques à corte feitos por Jair Bolsonaro e seus apoiadores. “Entendo que houve ataques visíveis ao STF, ataques absolutamente inaceitáveis, porque não é admissível mais, depois de tantos anos de uma conquista civilizatória que elevou a democracia e consequentemente o Supremo ao patamar da defesa dos direitos fundamentais. Não há mais lugar para esses arroubos de autoritarismo contra as instituições brasileiras. Isso é realmente uma violação frontal à Carta da República”, destacou.
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