quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Estudantes aderem aos atos em defesa da democracia neste 11 de agosto

 No Dia dos Estudantes, movimentos vão ocupar as ruas de ao menos 23 capitais, ao lado dos trabalhadores, contra as ameaças de Bolsonaro ao processo eleitoral

(Foto: Reprodução)


RBA - A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) estão entre os diversos segmentos sociais que vão ocupar as ruas, nesta quinta-feira (11), contra as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL) à institucionalidade e ao processo eleitoral, e em defesa da democracia brasileira. Até o momento, ao menos 23 capitais já têm atos confirmados. Cidades do interior do Brasil também estão se organizando em resposta à escalada golpista do mandatário.

As manifestações de rua começam ainda pela manhã e seguem até o final do desta quinta. Também estão previstas a leitura do manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça, de iniciativa da Fiesp e subscrito pelas centrais sindicais e diversas entidades da sociedade civil. E da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito que será lida, na sequência, por ex-alunos do Largo do São Francisco. O documento já conta com mais de 845 mil assinaturas.


Esta quinta, 11 de agosto, também marca do Dia Nacional dos Estudantes. De acordo com os movimentos estudantis, além de catalisar o desejo da maioria pela garantia de lisura nas eleições e desarmar as pretensões do atual presidente de não reconhecer eventual derrota nas eleições de outubro, os estudantes também vão bradar em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, como todos os anos. 

Corte de verba

Os movimentos estudantis também vão denunciar “a crueldade do boicote de verbas às universidades e institutos federais”. Assim como o que classificam em manifesto, publicado nesta terça (9), da “vergonhosa destruição do Ministério da Educação (MEC) – com seus putrefatos esquemas de corrupção e deploráveis barras de ouro”. Entre as reivindicações, eles também protestam contra a aniquilação das bolsas de pesquisa científica e o desmantelamento dos fundos de desenvolvimento tecnológico. 

“Sabemos que não haverá como superar a quadra de retrocessos que hoje cinge nosso país sem a prioridade absoluta das políticas de educação e da recuperação de uma agenda voltada à juventude e ao desenvolvimento humano. Essa é a grande contribuição que o movimento estudantil, a partir de suas três máximas entidades, oferece à ampla frente democrática que se congrega”, destacam a Ubes, UNE e ANPG no documento ratificado pelos seus respectivos presidentes, Jade Beatriz, Brunna Brelaz e Vinícius Soares. 

Descaso de Bolsonaro com a juventude

Nesta quarta (10), a secretaria nacional da Juventude do PT, Nádia Garcia, reforçou as manifestações neste dia dos Estudantes, destacando que o governo Bolsonaro deixará como único legado para as juventudes brasileiras “o total descaso. Ele vai ser reconhecido como inimigo das juventudes, dos estudantes e da educação”. No mais recente ataque, o Ministério da Economia anunciou, no último dia 25 de julho, o bloqueio de mais R$ 6,73 bilhões nos orçamentos da Saúde e da Educação. 

Um contingenciamento que deve piorar a situação dos estudantes mais pobres que já perderam o ano letivo por conta da pandemia de covid-19 sem nenhuma política pública voltada a sanar esses prejuízos. “São muitos os estudantes que tiveram que abandonar as escolas e as universidades porque ou não tinham acesso a internet, celulares e computadores e, com isso, não conseguiram acompanhar as aulas desde a pandemia. Ou (deixaram) porque, com o desemprego em alta, esse estudante teve que abandonar a escola e a universidade para começar a trabalhar e ajudar nas contas de casa para não se somar ao imenso número de famílias que passam fome no Brasil”, descreve.

“Então o legado que Bolsonaro deixa é de total desprezo pela juventude, de uma juventude sem perspectiva de futuro, em que mais de 60% dos jovens brasileiros pensam em sair do país porque não conseguem enxergar um futuro no Brasil caso Bolsonaro continue na presidência”, lamenta Nádia. 

Confira os locais dos atos:

Alagoas

Maceió – Praça do Centenário, 8h

Amazonas

Manaus – Praça da Saudade, às 15h 

Bahia

Salvador – Praça do Campo Grande, às 9h

Ceará

Fortaleza – Praça da Bandeira, às 9h; Gentilândia, às 16h; e Casa do Estudante, às 19h

Distrito Federal

Brasília – às 15h, ato no Congresso Nacional.

Espírito Santo

Vitória – Praça Costa Pereira, 10h

Goiás

Goiânia – Praça Universitária, às 17h

Maranhão

São Luiz – Praça Deodoro, às 16h

Minas Gerais

Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h

Mato Grosso 

Cuiabá – Liceu Cuiabano, às 19h

Mato Grosso do Sul

Campo Grande – Câmara Municipal, às 10h

Pará

Belém – Mercado São Braz, às 17h

Paraíba

João Pessoa – Lyceu Paraibano, às 14h

Paraná

Curitiba – Praça Santos Andrade, às 15h30

Pernambuco

Recife – Rua da Aurora, às 15h

Piauí

Teresina – Praça Rio Branco, às 8h30

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – Candelária, às 16h

Rio Grande do Norte            

Natal – Midway Mall, às 14h30

Rio Grande do Sul

Porto Alegre – Colégio Júlio de Castilhos, às 8h; Faculdade de Direito da UFRGS, às 10h; e Palácio Piratini, às 12h

Rondônia

Porto Velho – Unir Centro, às 17h (concentração às 16h30)

Santa Catarina

Florianópolis – Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), às 10h

Chapecó – saguão da Reotira da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), às 10h

São Paulo

São Paulo – Às 11h, será lida a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP

Às 9h e às 17h, atos no vão livre do Masp

Campinas – Largo do Rosário, às 10h

Ribeirão Preto – Faculdade de Direito, às 10h; e Esplanada do Teatro Pedro II, às 17h

Santos – Praça dos Andradas, às 10h

Sergipe

Aracaju – Praça Getúlio Vargas, Bairro São José, às 15h

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