Ex-presidente não baixou o tom nas críticas, mesmo depois de a Justiça Eleitoral ter determinado a retirada de vídeos que chamavam Bolsonaro de “genocida”
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve o tom das críticaxs a Jair Bolsonaro (PL) em seu primeiro ato de campanha nesta terça-feira (16), mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) censurar o petista ao determinar que ele não use a palavra "genocida" para se referir ao oponente. Em discurso na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o ex-presidente afirmou que Bolsonaro é "fajuto".
"Quero dizer a você, presidente genocida. A gente não quer um governo que distribua armas, a gente quer um governo que distribua livros. A gente não quer um governo que alimente o ódio, mas o amor. Você não derramou uma lágrima para as 680 mil pessoas que morreram de Covid-19. Você foi negacionista, não acreditou na Ciência, na Medicina, nos governadores, mas acreditou na sua mentira", disse o candidato do PT à presidência.
Lula também falou mirando os evangélicos: "Ele é um fariseu e está tentando manipular a boa-fé de homens e mulheres evangélicos que vão à Igreja tratar da sua fé, da sua espiritualidade. Eles ficam tentando contar mentira o tempo inteiro. Mentiras sobre o Lula, sobre a mulher do Lula, sobre vocês, sobre índios e quilombolas".
"Não haverá mentira e nem fake news que manterá você governando esse país, Bolsonaro", acrescentou Lula. Se tem alguém que é possuído pelo demônio é esse Bolsonaro", completou.
Início de campanha
"Resolvi fazer o lançamento da candidatura na porta de fábrica no ABC porque foi aqui que tudo aconteceu na minha vida. Foi aqui que eu aprendi a ser gente e que eu tomei consciência política. Tudo que eu vivi na vida, que aprendi na política, nas vitórias e nas derrotas, eu devo aos metalúrgicos do ABC. Foi na porta da Volkswagen, da Ford, que a gente conseguiu fazer com que a classe trabalhadora brasileira se politizasse e fizesse as greves pela democracia", acrescentou.
O ex-presidente também prometeu "reajustar a tabela do Imposto de Renda". "Vocês não vão ver mais criança pedindo esmola. Esse País tem que ter vergonha na cara. Vamos fazer a maior transformação… volta do emprego, do salário".
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