quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Aliados temem que discurso radical de Bolsonaro no 7 de setembro o faça perder de vez a eleição

 Pessoas próximas a Bolsonaro têm pedido que ele diminua o tom no feriado que deverá ter atos bolsonaristas pelo país. Tudo é visto, porém, como uma "incógnita"

Bolsonaro e militares (Foto: REUTERS/Adriano Machado | José Cruz/Agência Brasil)


247 - Auxiliares mais próximos de Jair Bolsonaro (PL) estão evitando falar sobre a postura do chefe do Executivo no 7 de setembro. O tema, tido com um dos mais indigestos da campanha, foi discutido durante reunião sobre a campanha pela reeleição de Bolsonaro, realizada nesta quarta-feira (10), em Brasília.

As alas política e de marketing temem que Bolsonaro utilize de seu discurso mais radical e extremista, podendo arruinar os planos da campanha informa a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. “Hoje a maneira como o presidente vai se comportar na data é descrita como uma ‘incógnita’”, diz a reportagem. 

Ainda de acordo com ela, o PL tem feito pesquisas e constatado que o discurso radical, como de ataque às urnas eletrônicas e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tira votos de Bolsonaro e também afasta o empresariado, que preza por um ambiente mais estável para melhorar os índices econômicos. 


A estratégia do grupo é que Bolsonaro deixe de lado o discurso radical e transforme as manifestações do 7 de setembro em um grande ato de campanha. Mas nos bastidores são poucos os que acreditam que Bolsonaro seguirá as orientações.

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