Para uma ala dos bolsonaristas, Bolsonaro poderá ficar ainda mais isolado e sem tempo para reverter as possíveis consequências dos ataques à democracia no feriado
247 - Se por um lado Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais fanáticos enxergam o 7 de setembro como a última possibilidade de virar o jogo eleitoral e colocar em campo um golpe, por outro lado personagens ligados ao ocupante do Paládio do Planalto avaliam com cautela o ato que está por vir.
Uma ala dos aliados bolsonaristas acredita, de acordo com a Folha de S. Paulo, que um novo 7 de setembro golpista comandado por Bolsonaro pode consolidar de vez sua rejeição, deixando-o ainda mais longe da reeleição.
"A avaliação entre aliados do mandatário é que usar o Bicentenário da Independência para tentar repetir os ataques contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e para espalhar teorias da conspiração sobre o sistema eletrônico de votação pode ser um novo tiro no pé", diz a reportagem.
Um exemplo citado é a reunião de Bolsonaro com embaixadores no último mês para supostamente denunciar - sem provas - fraudes nas urnas eletrônicas. O evento foi duramente criticado pelos mais variados setores da sociedade. Os bolsonaristas mais cautelosos lembram que foi a reunião que motivou uma ampla adesão à carta em defesa do Estado de Direito, organizada pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) e que já tem mais de 760 mil assinaturas.
Se novos ataques forem feitos no 7 de setembro, pode não haver tempo para que Bolsonaro reverta as possíveis consequências.
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