O Judiciário determinou urgência à polícia por causa de informações que ainda faltam sobre o assassinato de Marcelo Arruda, como a avaliação do celular do autor dos tiros
247 - A Polícia Civil do Paraná recebeu de volta nesta terça-feira (19) o inquérito sobre a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), no último dia 9.
O Judiciário atendeu pedido feito pela Promotoria e determinou urgência à polícia por causa de informações que ainda faltam, como a avaliação do celular do autor dos tiros, o policial penal Jorge Guaranho, indiciado sob a suspeita de homicídio duplamente qualificado, informa a Folha de S.Paulo.
"A interferência da Justiça no pedido de urgência do Ministério Público não é comum em investigações, mas é possível. Segundo despacho do juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, a Polícia Civil deve apresentar com urgência as provas periciais solicitadas", diz a reportagem.
O bolsonarista invadiu a festa de 50 anos de Marcelo e o matou. O petista baleou o policial, que está internado em estado grave. Segundo a Folha, a Justiça não interpretou o assassinato como crime de ódio, político ou contra o Estado democrático de Direito.
No inquérito apresentado no último dia 15, a Polícia indiciou Jorge Guaranho por homicídio qualificado. De acordo com os investigadores, o crime teve motivo torpe e, tecnicamente, não será enquadrado como crime de ódio, político ou contra o Estado democrático de Direito, por falta de elementos para isso. A motivação torpe pode elevar a pena de prisão ao máximo previsto na legislação brasileira, que é de 30 anos.
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