O manifesto diz ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo"
247 - Um grupo de intelectuais, políticos e advogados lançará na terça-feira, 5, um manifesto suprapartidário de defesa à chapa Lula-Alckmin, intitulado "Judeus e judias com Lula e Alckmin". As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
O manifesto defende a eleição de Lula já no primeiro turno e diz que Jair Bolsonaro acena para a possibilidade de um golpe militar. As lideranças judias dizem ainda ser necessário "derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo".
Entre os signatários estão os professores da USP André Singer e Raquel Rolnik, o advogado Alberto Toron e o vereador Daniel Annenberg (PSDB).
Confira:
De outra parte, muitos de nós, judeus, não se deixaram enganar pelo canto da sereia. Estivemos na porta do clube Hebraica-RJ, gritando em alto e bom tom, "não em nosso nome", quando ele pronunciou um de seus discursos mais abertamente racista e preconceituoso. Impedimos que fizesse o mesmo antes na Hebraica-SP.
Fizemos a campanha #elenão e criamos a plataforma Judeus contra Bolsonaro, que reuniu mais de 11 mil assinaturas e participou dos atos contra a candidatura extremista.
Perdemos as eleições e a barbárie tomou conta do país. Foram anos de trevas e desconstrução de direitos humanos, arrocho salarial e carestia, desprezo pela ciência, que oficialmente ceifou a vida de quase 700.000 pessoas. A fome voltou ao dia a dia de 33 milhões de brasileiros; mais de 6 mil militares foram colocados no comando de ministérios e cargos importantes do governo. O Centrão assumiu o orçamento federal e substituiu políticas públicas pela distribuição de verbas parlamentares a seus apaniguados. A Amazônia está sendo destruída e os filhos da floresta, seus defensores, assassinados. A imprensa, paulatinamente estrangulada.
Venham com a gente.
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