Decisão aconteceu nesta quarta-feira (13); início da vacinação depende do Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (13), o uso emergencial
da vacina contra a covid-19
Coronavac em crianças de 3 a 5 anos, não
imunocomprometidas. Como os adultos, as crianças receberão duas doses da
vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, com um
intervalo de 28 dias.
Mesmo com a aprovação, ainda não há
uma data para o início da vacinação das crianças. A compra e distribuição de
doses depende do Ministério da Saúde, que ainda não se pronunciou.
Relatora do processo, a diretora da
Anvisa Meiruze Freitas seguiu a recomendação dos técnicos da agência pela
aprovação da vacina na faixa etária entre 3 e 5 anos. Freitas defendeu a
liberação, avaliando que os benefícios de imunizar a população infantil superam
os riscos.
"Apesar de as crianças não serem
o rosto da pandemia, elas podem estar entre as maiores vítimas. Sabemos que
todas as crianças de diversos países estão sendo afetadas, mas os efeitos
nocivos serão maiores para as mais vulneráveis, tanto economicamente, quanto
para as com saúde mais debilitada", afirmou.
Processo lento
O pedido de autorização foi entregue
pelo Butantan no último dia 1º de junho,
junto com documentos e estudos solicitados pela Anvisa anteriormente. A agência
pediu ao instituto o esclarecimento de seis pontos sobre a proteção,
efetividade, imunogenicidade, segurança e dados atualizados sobre a fase 3 de
estudos clínicos em países que já aplicam o imunizante nessa população.
Foi a terceira vez que o instituto
deu entrada no processo. O primeiro pedido de aprovação da Coronavac para
crianças e adolescentes foi realizado em julho de 2021, mas rejeitado em
agosto. Na época, a Anvisa cobrou estudos de fase 3, que demonstram a eficácia
da vacina.
Em dezembro de 2021, o Instituto
Butantan pediu novamente a aprovação da Coronavac para a população entre 3 e 11
anos, aprovado em janeiro de 2022, mas apenas para crianças de 6 a 11 anos. A
agência considerou que não havia dados suficientes para a aprovação do
imunizante em crianças menores.
Edição: Nicolau
Soares
Fonte: Brasil de
Fato
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