O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio foi marcado hoje (22) em Apucarana com uma blitz educativa na Praça Rui Barbosa, organizada pela Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (SEMAF), com o apoio da Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal. A ação levou orientações, com o reforço de distribuição de panfletos, aos motoristas voltadas à prevenção e combate da violência doméstica.
Durante sua participação na ação, o prefeito Junior da Femac destacou que neste momento pós-pandemia mobilizações de enfrentamento a violência contra a mulher devem ser retomadas com mais força. Não podemos admitir a violência contra a mulher em Apucarana. Temos que combater esse crime, protegendo e valorizando cada uma das mulheres apucaranenses”, afirma Junior da Femac.
“Em nossa cidade, as mulheres têm todos os recursos públicos para atender, orientar, acolher e proteger nossas cidadãs. Somos uma das 15 cidades, entre as 399 do Estado, a dispor de órgão público executivo para elas e a rede de serviços permite que as denúncias de violência sejam plenamente atendidas”, destaca o prefeito.
Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres. De acordo com a secretária da SEMAF, Denise Canesin, toda a rede de serviços (semaf, delegacia da mulher, guarda municipal, fórum, defensoria pública e instituições de ensino) de atendimento a mulher de Apucarana tem trabalhado incessantemente para evitar que aconteçam mortes.
“Estamos buscando igualdade de direitos e oportunidades, garantindo o atendimento acolhedor, ampliando e aprimorando os serviços da rede. O município de Apucarana tem investido muito em mecanismos de proteção à mulher, como a implantação do projeto do Botão do Pânico desde 2019 e a instituição da Patrulha Maria da Penha em 2020, a qual tem desenvolvido um trabalho de excelência no acompanhamento e atendimento das mulheres que possuem medidas protetivas. Todo este empenho tem auxiliado para evitar mortes de mulheres”, relata Denise.
O dia 22 de julho foi escolhido pelo governo do Estado para lembrar a morte da advogada Tatiane Spitzer, de Guarapuava, assassinada pelo marido em 2018. O crime gerou comoção nacional e levou Luis Felipe Manvailer à condenação de 31 anos de prisão, em um julgamento considerado marco na luta contra o feminicídio.
Os números de feminicídios revelam que foram assassinadas mais 50 mil mulheres em uma década no Brasil, quinto colocado mundial no índice de violência fatal contra elas. No Paraná, até junho deste ano, o Tribunal de Justiça do estado (TJ-PR), teve conhecimento de 96 novos casos de feminicídio.
Ainda, segundo os dados do infográfico de feminicídio do Paraná, 291 mulheres foram vítimas de feminicídio no território do estado entre 2019 e 2021, 78% dos crimes foram cometidos na relação intima de afeto por ex ou atual companheiro.
Serviço
Central de Atendimento à Mulher – 180
Patrulha Maria da Penha – 153
Polícia Militar – 190
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