Por meio de um contrato de prestação de serviço firmado com a APAE de Apucarana, a prefeitura começou a garantir há seis meses tratamento de pacientes, com recursos municipais, pelo Protocolo PediaSuit de Terapia Intensiva.
O Protocolo do PediaSuit é utilizado em pacientes com distúrbios neurológicos, como Encefalopatia Crônica não Progressiva (Paralisia Cerebral), Síndrome de Down, Mielomeningocele, Microcefalia, atrasos de desenvolvimento motor , lesões cerebrais traumáticas, entre outras condições que afetam as funções motoras e/ou cognitivas de uma criança. “É um tratamento a longo prazo, de mais de um ano, destinado a pacientes com grave comprometimento na parte motora. No início deste ano, após a parceria com a prefeitura, iniciamos o tratamento de 5 crianças, todas alunas da APAE, que estão tendo uma boa evolução. Algumas já estão se locomovendo sozinhas”, relata a diretora da APAE, Izabel Ortega.
O tratamento, detalha Izabel, é conduzido por fisioterapeutas com especialidade no curso de PediaSuit, lembrando que no momento existem 6 pacientes na lista de espera para este atendimento especializado que vem realizado com recursos municipais.
“Utilizando um colete (suit) e a gaiola (spider) é possível criar um suporte para alinhar o corpo o mais próximo do fisiológico, permitindo uma melhora da postura, ajuste de movimentos e fortalecimento dos músculos”, explica Lorena Vieira, fisioterapeuta da Apae.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Emídio Bachiega, o tratamento Protocolo PediaSuit não é oferecido pelo SUS. “Com uma demanda de pacientes para se beneficiar deste atendimento na nossa cidade, o prefeito Junior da Femac firmou uma parceria com a APAE para que eles tivessem acesso a essa terapia intensiva de forma gratuita”, informa Bachiega.
Anna Sofia, de 5 anos, com diagnóstico de encefalopatia crônica não evolutiva, é prova da evolução física e motora que o tratamento PediaSuit pode proporcionar aos pacientes. A mãe Rosiane Nogueira Tosatti conta que o atendimento da sua filha teve início em janeiro na Apae de Apucarana. “Minha filha, que foi diagnosticada para levar uma vida vegetal em uma cama, hoje já troca passos com um andador. A oferta gratuita deste tratamento é um gesto de humanidade do prefeito Junior da Femac. Agradecemos a ele e a Deus pela grande melhora na qualidade de vida da Anna Sofia”, manifesta Rosiane.
A parceria da prefeitura com a Apae, de acordo com Rosiane, interrompeu uma rotina exaustiva de viagem para Maringá. “Iniciamos o tratamento em Maringá, numa clínica particular. O custo é muito caro, em torno de R$ 14 mil por mês, e só pudemos pagar com a realização de promoções para arrecadar o dinheiro e doação de um casal amigo. Contar com esse tratamento gratuito em nossa cidade é uma conquista que merece nosso eterno agradecimento”, afirma Rosiane.
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