quinta-feira, 14 de julho de 2022

Após ser acusada de apologia ao estupro por expor cena de médico sem filtros, Jovem Pan luta para “passar pano” na denúncia

 O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto acionou o Ministério Público de São Paulo contra a Jovem Pan News

Câmeras no centro cirúrgico flagraram o momento em que Giovanni Quintella Bezerra coloca pênis na boca de mulher durante cesariana (Foto: Reprodução/Vídeo)


247 - A emissoa bolsonarista Jovem Pan se defendeu por meio de um editorial após ter sido acusada de apologia ao estupro. A emissora foi criticada pelo público após ter exibido nesta segunda-feira (11) parte do vídeo em que o anestesista Giovanni Quintela Bezerra estupra uma paciente durante seu parto em uma reportagem. O especialista acabou preso no mesmo dia.


O texto foi lido pela âncora Kallyna Sabino durante a edição do Jornal da Jovem Pan. "As imagens, que foram também exibidas por outros veículos de imprensa, mostram o abusador próximo à vítima, que em momento nenhum é identificada, ao contrário do que foi noticiado por alguns  portais de notícias", diz parte do comunicado.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto acionou o Ministério Público de São Paulo contra a emissora  por exibir, sem filtros, o estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra contra uma paciente no Rio de Janeiro.

“Ao fazê-lo de maneira insensível e oportunista, a equipe da Jovem Pan pode ter incorrido no crime de divulgação de cena de estupro de vulnerável, punido no Código Penal, na medida em que optou por não utilizar qualquer tipo de recurso que impedisse a visualização do rosto da vítima”, diz um trecho da notícia-crime, protocolada nesta quarta-feira 13.

A peça é assinada pela coordenadora estadual do MTST em São Paulo, Ediane Maria. Também nesta quarta, manifestantes do MTST protestaram em frente ao prédio da Jovem Pan, em São Paulo, contra a exibição das cenas de estupro.

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